O seu pai, Eddie Irvine Sr. estava envolvido no automobilismo, e a sua irmã, Sonia, também. Mais tarde, foi ela que geriu a carreira do irmão na Fórmula 1. Eddie começou a guiar em 1983, na Fórmula Ford, e em 1987, ganha o campeonato birtânico, bem como o Fórmula Ford Festival, no circuito de Brands Hatch.
Em 1988 chega à Fórmula 3 inglesa, e no ano seguinte, passa para a Fórmula 3000. No ano seguinte, foi correr na Jordan de Fórmula 3000, e as suas prestações ao volante impressionaram Eddie Jordan, mas quando este foi montar a sua equipe de Fórmula 1, no ano seguinte, não levou Irvine com ele. Em vez disso, foi para o Japão, fazer carreira na Fórmula Nippon, onde lá ficou entre 1991 e 1993.
Jordan (1993 a 1995)
No GP do Japão de 1993, estreava Eddie Irvine no carro número 15 da Jordan. A prova ficou marcada pela sua competitividade com os demais competidores... e pelo soco que levou de Ayrton Senna após a corrida, que não foi maior porque o engenheiro da McLaren e o diretor comercial da Jordan afastaram o brasileiro do local. O fato do piloto norte-irlandês ter desafiado com manobras arriscadas quer Senna, quer o inglês Damon Hill, ou por ter colocado para fora da pista, o veterano inglês Derek Warwick da Arrows, criou má impressão no estreante piloto. Com tanto atrevimento, na sua primeira prova chega em 6º marcando 1 ponto e termina em 22º na classificação geral. No campeonato de 1994, na primeira etapa, o GP do Brasil, o abusado piloto foi protagonista de mais um enrosco, agora envolvendo três carros numa tacada: o Benetton do holandês Jos Verstappen, o Ligier do francês Eric Bernard e o McLaren do inglês Martin Brundle. Resultado: a FIA suspendeu-o em três corridas. Após cumprir o castigo, a pilotagem de Irvine foi mais moderada. Terminou o ano em 16º com 6 pontos. Em 1995, tendo novamente Barrichello como companheiro de equipe e com a vinda do motor oficial, o Peugeot para o time, Irvine consegue o seu primeiro pódio, um 3º lugar no Canadá.
No GP da Bélgica, Irvine levou um susto. Na 21ª volta, parou para trocar pneus e reabastecer, mas a válvula instalada na boca do tanque de seu carro deixou escapar combustível. O piloto chegou a arrancar, mas quando viu um dos mecânicos correr com um extintor, parou e desceu do carro, que já estava em chamas. O fogo foi debelado imediatamente e ninguém se feriu: Tive problemas para tirar o cinto. Mas um dos mecânicos me ajudou, afirmou Irvine.[1]
Dias após o GP de Portugal, a Ferrari anuncia a contratação de Irvine para a próxima temporada e tendo Michael Schumacher como companheiro de equipe e piloto número um. A notícia surpreendeu os bastidores da categoria na Europa, já que nada apontava, apenas remotas especulações, para o piloto que tinha renovado antes da prova portuguesa com o time de Eddie Jordan. A Ferrari, segundo especulações, pagou US$ 5 milhões à equipe irlandesa como multa rescisória para ter o piloto norte-irlandês.[2]. Em sua última passagem pela Jordan, finaliza o campeonato em 12º lugar com 10 pontos.[3]
Ferrari (1996 a 1999)
Em 1996, no primeiro ano de Ferrari, na corrida de abertura, é 3º no GP da Austrália, o melhor naquele ano. Termina em 10º com 11 pontos.
As coisas mudam um pouco em 1997, onde consegue cinco pódios, sendo o melhor um 2º lugar em Buenos Aires, na Argentina, depois de uma árdua luta pela liderança com o canadense Jacques Villeneuve da Williams; no final do ano, o 7º lugar e os 24 pontos registram a evolução do carro.
No ano de 1998, Irvine auxilia o companheiro de equipe em várias oportunidades, mas já mostra muito mais do que ser escudeiro do alemão. Com oito pódios, três 2º lugares, demonstra a evolução que ele teve durante esse ano. No final de uma temporada dominada pelos McLaren, Irvine consegue o 4º lugar com 47 pontos.
1999, Irvine vence pela primeira vez na carreira logo na abertura, o GP da Austrália, mas claro com os abandonos dos carros da McLaren e o problema na largada de seu companheiro de equipe. Contudo, tudo muda em Silverstone, quando Michael Schumacher bate na Curva Stowe, o GP da Grã-Bretanha fraturando uma das suas pernas, ficando de fora para o resto da temporada. Foi a grande chance de Irvine vencendo três provas. Na última corrida do ano em Suzuka, ele não consegue andar no ritmo do McLaren de Mika Hakkinen, que se tornou bicampeão do mundo. O norte-irlandês teve que se que contentar com o vice-campeonato com 74 pontos, quatro vitórias e nove pódios. Cansado de ser segundo piloto na Ferrari, Irvine fecha com a Jaguar (que comprou a Stewart) para a próxima temporada como primeiro piloto.[4]
Jaguar (2000 a 2002)
Em 2000, com altos investimentos, mas sem chances de acompanhar o ritmo dos carros da McLaren e da Ferrari, o piloto marca apenas 4 pontos e termina em 13º no campeonato.
O ano de 2001, o melhor que obteve foi o 3º lugar no GP de Mônaco. Irvine marca 6 pontos e termina em 12º no campeonato.
Em 2002, assim como nos anos anteriores brigando pelo pelotão intermediário, obtém o 3º em Monza, o GP da Itália, atrás novamente dos carros da Ferrari. Sem muito o que fazer e muitos abandonos, finaliza a temporada com 8 pontos e o 9º lugar no campeonato.[5] Após o termino da temporada, a Jaguar dispensa Irvine e seu companheiro de equipe, o espanhol Pedro de la Rosa, e substituídos para o próximo ano pelo australiano Mark Webber e o brasileiro Antonio Pizzonia.[6]
Em janeiro de 2003, Irvine desistiu de negociar com a Jordan, porque a equipe passava por grandes problemas financeiros e inviabilizou a sua contratação. O piloto norte-irlandês de 37 anos decidiu se aposentar do mundo das corridas.[7]