Terceira capital mais antiga do Brasil,[2] João Pessoa surgiu em 1585, às margens do Rio Sanhauá, como "Cidade Real de Nossa Senhora das Neves". Em 1588, a cidade adquiriu o nome de "Filipeia de Nossa Senhora das Neves", em homenagem ao rei Filipe, que, na época, acumulava os tronos da Espanha e de Portugal. Durante a ocupação holandesa foi chamada Frederikstad, e foi uma das duas principais cidades da Nova Holanda, junto com Mauritsstadt (a atual Recife), na segunda metade do século XVII. Possui antigo e vasto patrimônio histórico, similar ao de Olinda. A denominação de João Pessoa foi aprovada em setembro de 1930[3] como uma homenagem ao político paraibano homônimo, assassinado em 26 de julho de 1930, na Confeitaria Glória, em Recife, por João Duarte Dantas (1888 – 1930), quando era governador da Paraíba e candidato a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas.
São tombados 37 hectares de área e estimadas cerca de 700 edificações, além de ruas, praças e parques históricos que integrem esse conjunto, compreendendo a maior parte dos bairros do Varadouro e do Centro da cidade. Suas edificações compõem um cenário de diferentes estilos e épocas cheio de sobrados, praças, casarios coloniais e igrejas seculares, sendo considerado o principal acervo arquitetônico da Paraíba, relatando as diversas fases da história local, e um dos maiores e mais importantes sítios históricos do Brasil.[4][5][6]
Em meio a casarões coloniais e edificações com características barrocas, também destaca-se o conjunto arquitetônico da Igreja de São Francisco e do Convento de Santo Antônio.[8] Administrada no passado por frades franciscanos, a Igreja de São Francisco possui adro com azulejos portugueses representando as estações da Paixão de Cristo.[8] À esquerda da igreja está a Capela Dourada, com imagem de Santo Antônio e talhas revestidas de ouro. No pátio externo, encontra-se um imenso cruzeiro de pedra calcária, sendo considerado o maior monumento em estilo barroco da América Latina.[7][8]
A Praça Rio Branco, é uma praça histórica da cidade de João Pessoa, durante a restauração foi descoberto que antigamente funcionou um pelourinho no local, que funcionou entre os séculos XVI e XVII. Naquela época a praça era muito movimentada pelos eventos públicos como venda, açoites de escravos, enforcamentos e pronunciamentos oficiais na época da Colônia e do Império.[9] Foi encontrada também, ossada humana e animal, restos de ostras, vários pedaços de garrafas de vidros e de louças portuguesas de porcelanas dos século XVII e XVIII. A base das casas era de calcário - o calcário era tão bom que os holandeses comparavam com o mármoreportuguês-; em uma das casas foi localizado um porão,[9] em outra foi localizada um antigo açougue-O primeiro açougue da Paraíba-, e uma edificação que abrigou uma barbearia da época.
Já na Praça Pedro Américo encontra-se o Teatro Santa Roza, inaugurado em 1889, é em estilo barroco com fachada greco-romana e um dos teatros mais antigos do Brasil.[10]
No Município de João Pessoa possui muitas praças históricas, como a Praça Dom Ulrico possui em sua composição arquitetônica vários artigos de origem estrangeira que dão charme e agregam elegância a sua ambientação. No centro da Praça, observa-se um pedestal com a imagem de Nossa Senhora de Lourdes, datada de 11 de fevereiro de 1922, cercada por um gradil de ferro, trazida da França pelo Monsenhor Francisco de Assis Albuquerque.[11][12][13] Encontra-se também um marco de pedra, que marca 43 metros de altura, acima do nível do mar, que foi colocado pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte em 1922.[14]
A Praça Rio Branco, é uma praça histórica, já funcionou o centro administrativo e sede da Capitania Real da Parahyba;[15] Conhecida, na época, como Largo do Erário, a área abrigava a Câmara, a Cadeia Pública, o Mercado Público, a Repartição dos Correios, o Erário Público, a casa do Capitão-mor (mandatário da Capitania), o primeiro açougue da Capitania da Parahyba e o Pelourinho;[16] que funcionou entre os séculos XVI e XVII, na época da Colônia e do Império.[9]
A praça Vidal de Negreiros aparece no contexto social de João Pessoa, quando começou a haver a confluência de três linhas de bondes elétricos, que serviam a população interligando os bairros Varadouro, Trincheiras e Tambiá. Devido a atividade desenvolvida, a praça começou a ser chamada de Ponto de Cem Réis, por causa do hábito dos condutores do bonde de gritar o valor das passagens.[17] Possui forte presença de empreendimentos comerciais e edificações históricas. Dentre elas, o Paraíba Palace, Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP), possui estilo art-noveau, pintado num amarelo marcante, é o único exemplar da arquitetura veneziana da capital paraibana.[18]
Na praça da independência, os ideais republicanos influenciaram o projeto arquitetônico do local e, por isso, cada elemento do local guarda um significado: os bancos, originalmente em número de cem (para cada ano do Centenário), o quadrante em referência às quatro regiões geográficas do País à época (em 1922 O Brasil possuía 4 regiões, pois o nordeste fazia parte da região Norte) e o obelisco, escolhido para simbolizar a luta pela Independência. Já os caminhos que cruzam a praça em X, reverenciam a bandeira da Inglaterra, berço do pensamentolibertário.[19] O logradouro tem grande valor simbólico para a capital do estado por representar a urbanização da capital em direção à orla marítima.