Carlos Roberto Gallo (Vinhedo, 4 de março de 1956) é um ex-futebolista brasileiro, que atuava como goleiro.
Considerado por muitos o maior goleiro da história da Ponte Preta[3], é recordista de partidas entre todos os atletas da posição que já passaram pelo clube.[4][5]
Carreira
Não pensava em ser jogador na infância, embora praticasse muitos esportes na cidade natal, como basquete e salto em altura.[3]
Goleiro
Ponte Preta
Descoberto por Lourival Ciene, organizador de times amadores em Vinhedo, fez testes na Ponte Preta, onde foi aprovado pelo treinador Mário Juliato, e começou sua carreira nos juvenis do clube em 1971.[3]
Em 1974, Carlos foi convocado pela primeira vez para as categorias de base da Seleção Brasileira de juniores, sendo titular na equipe campeã do Torneio de Cannes, na França.[3] Ainda em 1974, com 18 anos[4], o goleiro recebeu sua primeira chance entre os profissionais da Ponte Preta.[3]
Em 1975, continuou ganhando importância dentro da Seleção Brasileira, sendo titular na conquista do torneio de futebol no Pan-Americano da Cidade do México, pela Seleção Brasileira olímpica.[3][4]
Um ano depois, participou do título da Seleção Brasileira no Torneio Pré-Olímpico, no Recife, e foi titular da equipe que disputou os Jogos Olímpicos de Verão de 1976, terminando em 4º lugar.[3][4]
Fez parte da antológica equipe da Ponte Preta que foi vice campeã do Campeonato Paulista de Futebol de 1977, de 1979 e de 1981.[3] Conquistou a Bola de Prata da revista Placar em 1980 e 1982, sendo considerado o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro daqueles anos.[3]
Carlos disputou 437 jogos com a camisa da Macaca entre 1975 e 1983.[4]
Corinthians
No final de 1983 foi vendido ao Corinthians[6], chegando no início de 1984 para disputar a posição com o goleiro Solito.[3]
Perdeu a posição no time para Waldir Peres em 1987. O goleiro ficou na reserva até 1988, quando Waldir deixou o clube. Porém, após seu retorno, Carlos contundiu-se, pouco antes do final do Campeonato Paulista de 1988, onde foi campeão, e perdeu a posição novamente, agora para Ronaldo.[3]
Pouco antes da final do torneio, foi vendido para o Malatyaspor. Pelo Corinthians, Carlos fez 159 jogos, com 69 vitórias, 53 empates e 37 derrotas.[7]
Outros clubes
Na Turquia, Carlos não foi muito visto e perdeu a chance de estar na Copa de 1990.[3]
Em 1990, retornou ao Brasil para jogar no Atlético Mineiro, sendo titular da equipe que alcançou as quartas de final do Campeonato Brasileiro. Jogou mais um Brasileiro pelo Atlético em 1991, e logo depois se transferiu para o Guarani.[3]
Suas atuações no Guarani lhe renderam a volta à Seleção Brasileira, em 1992, para alguns amistosos, além de nova transferência, para o Palmeiras. Nesse clube Carlos foi titular durante a maior parte do ano, mas perdeu a posição para César, e então foi para a Portuguesa, em 1993[3], encerrando a carreira no clube no final daquele ano, aos 37 anos.[2]
Seleção Brasileira
Sua primeira convocação para a Seleção Brasileira profissional aconteceu na fase final das eliminatórias para a Copa de 1978, sendo reserva imediato de Leão nesta Copa.[3]
No Mundialito de 1981, na partida de estreia da Seleção na competição contra a Argentina, Carlos fraturou o cotovelo e ficou em recuperação por um longo tempo, perdendo a titularidade na equipe nacional para Waldir Peres.[3] Foi terceiro reserva na Copa do Mundo FIFA de 1982.[3]
Reestreou pela Seleção Brasileira em 1985, no jogo contra a Bolívia, pelas eliminatórias da Copa de 1986.[3] Foi titular na Copa do Mundo FIFA de 1986[3], disputando todos os cinco jogos da campanha da Seleção[4], apesar de uma lesão na mão sofrida dias antes da estreia.[3] Na disputa de pênaltis contra a França, nas quartas de final, a bola cobrada pelo atacante francês Bruno Bellone bateu na trave, mas também atingiu as costas de Carlos no retorno, voltando para o gol. O gol foi validado, o que contribuiu para que o goleiro fosse atingido pela pecha de “pé-frio”.[3]
Continuou titular da Seleção até 1988, quando foi transferido para a Turquia, perdendo espaço para o jovem Taffarel, dez anos mais novo.[2]
As más atuações de Taffarel - reserva no Parma - levaram o técnico Carlos Alberto Parreira a testar Carlos, aos 37 anos, como alternativa na Copa América de 1993, na qual atuou em uma partida contra o Chile.[3] Contudo, não participou do grupo que disputou as Eliminatórias para a Copa do Mundo FIFA de 1994.
Carlos foi o único jogador brasileiro que disputou duas edições de Copa do Mundo defendendo clubes do Interior[5] e também é até hoje o único atleta com convocações para a Seleção Brasileira representando os dois rivais do futebol campineiro: Ponte Preta e Guarani.[4]
Com a camisa principal da seleção nacional, Carlos disputou no total 44 jogos entre 1978 e 1993 (26 vitórias, 11 empates, 7 derrotas)[4] e sofreu 32 gols. Já pela seleção olímpica, foram 24 partidas (12 vitórias, 7 empates, 5 derrotas) e 23 gols tomados.[7]
Treinador
Trabalhou como técnico no Campo Grande e no Operário.[3] Posteriormente, se formou em Educação Física.[3]
Foi treinador de goleiros da Ponte Preta[3] de 2007 até o dia 9 de agosto de 2011.
Em março de 2012, foi ser treinador de goleiros da base do São Paulo, permanecendo até 2015, e posteriormente treinou os goleiros do time de cima[8] até 2019.[9]
Em 2022, foi contratado como auxiliar do Desportivo Brasil.[10]
Títulos
- Seleção Brasileira
- Corinthians
- Atlético Mineiro
- Palmeiras
Prêmios
Referências
Ligações externas
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