Entre os anos de 1760 e 1766 foi admitido, graças ao poeta Michel Giuseppe Morei na Arcádia Romana, com o pseudônimo de "Termindo Sipílio". O fato de um poeta da Brasil Colônia ter sido admitido em uma agremiação tão importante quanto a Arcádia Romana pressupõe que, quase certamente, ele teria sido recomendado pelo clero jesuítico português.
No decorrer de 1768 está de novo no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, mas retorna à Europa, dirigindo-se para Coimbra. Nesta ocasião foi detido em Lisboa, acusado de simpatia para com os jesuítas. Em troca da liberdade, prometeu às autoridades ir viver em Angola. Logo em seguida, buscando evitar o degredo, capitulou diante do poder exercido pelo futuro Sebastião José de Carvalho e Melo, marquês de Pombal, responsável direto pela perseguição aos jesuítas.
Basílio escreveu então um epitalâmio, dedicado à filha do Marquês, exaltando-o, vindo a cair, em 1769, nas graças deste. No mesmo ano foi publicado o poema épico O Uraguai,[3] dedicado a Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão de Pombal, onde se percebe o intuito de agradar o homem forte de Portugal daquele tempo. Além dos guerreiros portugueses, os guaranis são tratados de maneira positiva pelo autor, cabendo unicamente aos jesuítas o papel de vilões, por serem contrários à política pombalina, retratados como interessados em ludibriar os indígenas.
Por essa época estreita-se a sua ligação com Pombal, de forma que se torna oficial administrativo e secretário deste. Com a queda política de seu protetor, Basílio passou a sofrer perseguições políticas, sendo obrigado a se deslocar da Corte para a Colônia do Brasil e vice-versa, como forma de se livrar de arbitrariedades cometidas contra si.
Num período em que estava em Lisboa veio a falecer, em 31 de julho de 1795, tendo sido sepultado na Igreja da Boa Hora.[4]
Obras
Epitalâmio às núpcias da Sra. D. Maria Amália (1770)
A declamação trágica (1772), poema dedicado às belas artes
Os Campos Elíseos (1776)
Relação abreviada da República e Lenitivo da saudade (1788)
Quitúbia (1791)
Referências
↑Behar, Eli; Schranck Peleias, Deborah. Vultos do Brasil: biografias, história e geografia : com 145 ilustrações. Hemus. pp. 35. ISBN 8528900061
↑Moura Lima, Renira Lisboa de; Fiúza Moreira, Fernando Otávio; Ribeiro Silva, Valéria. A anteposição do adjetivo em A Morte de Lindóia, fragmento de O Uraguai. UFAL. pp. 85. ISBN 8571773025
↑Brandão, Roberto de Oliveira. Poética e poesia no Brasil (Colônia). UNESP, 2001. pp. 263. ISBN 8571393109
↑Buarque de Holanda, Sérgio. Capítulos de literatura colonial. In: Antônio Cândido. Editora Brasiliense, 1991. pp. 133. ISBN 8511340017
Bibliografia
GAMA, Basílio da. O Uraguai. Rio de Janeiro: Editora Record.
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