Iniciou sua vida política em 1960, no PTN, pelo estado da Guanabara. Dois anos depois, elegeu-se deputado constituinte pelo PTB. Cassado pela ditadura militar, viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968. Tornou-se um dos fundadores do PSDB e o líder da bancada tucana na assembleia constituinte de 1988, quando defendeu alterações nas concessões de emissoras de televisão para permitir que fossem criados canais vinculados à sociedade civil. No mesmo ano, concorreu, sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi presidente do PSDB entre 1995 e 1996. Exerceu mandatos de deputado federal de 1987 a 1995 e senador de 1995 a 2003. Em 2001, foi por nove meses secretário da Cultura na cidade do Rio. Em 1999, anunciou sua saída do PSDB devido à nomeação do ex-ministro do governo MédiciPratini de Moraes para o Ministério da Agricultura e à condecoração do presidente peruano Alberto Fujimori, acusado de crimes contra a humanidade, por Fernando Henrique Cardoso.[5] No entanto, não chegou a deixar o partido, permanecendo nele até seu falecimento em 2008.[6]
Távola apresentava o programa Quem tem medo de música clássica?, na TV Senado onde demonstrava sua profunda paixão e conhecimento por música clássica e erudita. No encerramento de cada programa, ele marcou seus telespectadores com uma de suas mais célebres frases:
“
Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão.
Filho de Paulo Moretzsohn Monteiro de Barros e Magdalena Koff. Seu avó materno, André Koff, era sírio, tendo imigrado para o Brasil em 1900 e se estabelecido em Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Junto de outros sírios, desenvolveu papel importante no comércio e na vida social daquela cidade.[8] Do lado paterno é descendente da tradicional família Monteiro de Barros, representante da nobiliarquia brasileira e com grande destaque na política e administração do país desde sua era colonial. Arthur da Távola era tetraneto de Romualdo José Monteiro de Barros, o barão de Paraopeba, e trineto de José Cesário de Miranda Ribeiro, Visconde de Uberaba.[9]
↑Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «PAULO ALBERTO ARTUR DA TAVOLA M. M. DE BARROS». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 2 de novembro de 2022
↑"Escritor ajudou a fundar PSDB", O Estado de S. Paulo, 10/5/2008, pág. A12
↑CLEMENTE e UNGARETTI (1993). História de Garibaldi. 1870 - 1993. Porto Alegre: EDIPUCRS. pp. 26–27
↑BROTERO, Frederico de Barros (1951). A família Monteiro de Barros. São Paulo: s.n.