Armando de Almeida Fernandes (Britiande (Lamego), 26 de Novembro de 1917 - 2002) foi um historiador português. Considerado um dos maiores estudiosos da época medieval portuguesa[1] e um paleógrafo de excepção.[2]
Era filho do Comendador Prof. João de Almeida Fernandes e de sua esposa, Aurora da Conceição Rodrigues, um dos mais novos dos dez filhos do casal. O seu pai era um homem culto, que apreciava os livros e o período greco-romano. Desde muito cedo o jovem Armando manifestou interesse pela história, e também pela música, pelo desenho e pelo retrato, tendo tido aulas de música, de latim e de inglês.
Frequentou o Colégio de Lamego até ao 5º ano, tendo seguido para Coimbra, onde cursou o 6° e o 7º anos, e os Preparatórios de Engenharia Civil. Acabaria por abandonar este curso, vindo a obter a Licenciatura em Engenharia Geográfica (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) e o Curso de Ciências Pedagógicas (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra).
A partir dos vinte e cinco anos de idade dedicou-se ao estudo da História de Portugal, interesse que manteve até ao fim da vida, nomeadamente pelo período que se estende do século VI ao século XIII, pela Toponímia e pela Antroponímia-Onomástica. Legou-nos ainda um número significativo de retratos e gravuras, assim como poemas e peças musicais: cânticos religiosos dedicados à Virgem Maria, poemas sinfónicos, missas e uma ópera.
Em 1947 desposou Elda dos Santos Carvalho, natural de Tarouca, com quem teve dois filhos.
O conjunto de sua obra é constituído por cerca de 70 publicações, às quais se somam um considerável número de inéditos, além de um acervo documental também inédito, primeiras versões, e outros.
É dos historiadores com maior número de entradas em obras de nomeada como a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, a Revista de Guimarães, a Caminiana, a Bracara Augusta, os Cadernos Vianenses, a Revista da Beira Alta, entre outras.
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