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The Social Network (bra/prt: A Rede Social)[2][3] é um filme estadunidense de 2010, do gênero drama biográfico, dirigido por David Fincher, com roteiro de Aaron Sorkin e Ben Mezrich, baseado no livro de não ficçãoThe Accidental Billionaires, escrito pelo próprio Mezrich. O filme retrata a fundação da rede social Facebook que, entre parcerias e processos judiciais, levou o criador Mark Zuckerberg (interpretado por Jesse Eisenberg) a ser, na época, o bilionário mais jovem do mundo. Nem Zuckerberg nem qualquer outro funcionário da empresa estiveram envolvidos na produção do longa, porém o brasileiro Eduardo Saverin, ex-diretor de finanças da instituição, foi um consultor para o livro que inspirou o drama.[4]
O filme apareceu em 78 listas de melhores filmes do ano, 22 delas como número um. Além disso recebeu oito indicações ao Oscar.
Enredo
Em Outubro de 2003, Mark Zuckerberg, um jovem acadêmico da Universidade de Harvard, fica indignado ao levar um fora da sua namorada, Erica Albright, após esta questionar o seu comportamento egocêntrico. Ao voltar para o alojamento estudantil, Zuckerberg escreve um post insultante sobre Albright em seu blog pessoal no LiveJournal. Após hackear e utilizar os servidores da universidade, este cria um site chamado Facemash, onde os visitantes do site votam e classificam a atratividade de estudantes do sexo feminino; o tráfego no site é tamanho que a rede de computadores de Harvard é desligada por sobrecarga. Zuckerberg é punido pela reitoria com seis meses de suspensão acadêmica, mas a popularidade do Facemash atrai a atenção dos gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, atletas e líderes de uma fraternidade na instituição, que juntos de seu parceiro de negócios Divya Narendra, convidam Zuckerberg para trabalhar no projeto Harvard Connection, um site de relacionamentos exclusivo para estudantes da instituição. Zuckerberg aborda seu amigo Eduardo Saverin, um brasileiro estudante de Economia, com uma ideia chamada The Facebook, uma rede social para universitários da Ivy League; Saverin aceita depositar 1.000 dólares em financiamento inicial para o projeto, permitindo que Zuckerberg construa o site, que rapidamente torna-se popular.
Ao descobrir sobre o The Facebook, Narendra e os gêmeos Winklevoss ficam furiosos, acreditando que Zuckerberg roubou sua ideia enquanto os enganava ao paralisar o desenvolvimento do Harvard Connection; ao levarem sua reclamação ao reitor Larry Summers, este desdenha da queixa, declarando que uma ação disciplinar ao The Facebook seria perda de tempo. Saverin e Zuckerberg conhecem uma colega de turma chamada Christy Lee, que os elogia pelo projeto e lhes diz "Facebook-me", uma frase que os deixam impressionados. À medida que a rede social cresce em popularidade, Saverin aumenta seu financiamento no projeto, permitindo que Zuckerberg expanda seu alcance para as universidades de Yale, Columbia e Stanford. Lee consegue que Saverin e Zuckerberg reúnam-se com Sean Parker, co-fundador do site Napster; este diz-lhes que a empresa tem potencial de valer um bilhão de dólares, também sugere renomear o site para apenas Facebook. Zuckerberg fica impressionado, mas Saverin considera-o alguém paranoico e narcisista. Zuckerberg transfere a empresa para a California, seguindo o conselho de Parker, enquanto Saverin permanece em Nova Iorque para obter parcerias e anunciantes para o negócio. Parker muda-se para a base de operações de Zuckerberg e envolve-se mais com a empresa, o que aborrece Saverin.
Na Inglaterra, enquanto representam Harvard na Regata Real Henley, os gêmeos Winklevoss descobrem que o Facebook expandiu-se para a Europa, obtendo usuários em Oxford, Cambridge e na LSE; juntos com Narendra, decidem processar a empresa por roubo de propriedade intelectual. Enquanto isso, cansados de Parker liderando as decisões de negócios para o Facebook, Saverin congela a conta bancária da empresa, mas muda de ideia quando Zuckerberg lhe informa que o megainvestidorPeter Thiel aceitou em participar do projeto, injetando um capital extra de 500 mil dólares. Saverin assina um novo contrato de sociedade, sob a promessa de participação de 34% nas ações do Facebook; ao descobrir que na realidade sua participação foi reduzida para apenas 0,03% e seu título de co-fundador retirado do site, Saverin fica furioso e confronta Zuckerberg e Parker, jurando processa-los por fraude antes de ser expulso do prédio. Após o site atingir a marca de 1 milhão de usuários, Parker e alguns estagiários são detidos em flagrante por posse de cocaína durante uma festa comemoração. Parker tenta culpar Saverin pelo incidente, mas Zuckerberg resolve cortar laços, dizendo-lhe para "ir para casa".
Em depoimentos separados na reunião judicial, os gêmeos Winklevoss alegam que Zuckerberg roubou sua ideia, enquanto Saverin afirma que sua participação do Facebook foi injustamente diluída durante construção da empresa. Após discussões entre os representantes das partes, Marylin Delpy, advogada de defesa de Zuckerberg, informa-o que será firmado um acordo com os requerentes, já que os detalhes sórdidos sobre fundação do Facebook e a atitude egocêntrica de Zuckerberg, o tornariam antipático diante de um júri popular, o que acarretaria em mais prejuízos. Sozinho na sala, Zuckerberg descobre o perfil de Albright no Facebook, envia-lhe uma solicitação de amizade e atualiza a página repetidamente. No final, é revelado ao espectador que os gêmeos Winklevoss assinaram um acordo de 65 milhões de dólares, incluindo um termo de confidencialidade, e remaram para os EUA nas Olimpíadas de Pequim, ficando em 6º lugar. Eduardo Saverin recebeu um valor desconhecido, mas seu nome foi restaurado nos registros públicos do Facebook como co-fundador. O Facebook chegou a 500 milhões de usuários em 207 países, com um valor na época de 25 bilhões de dólares, o que tornou Mark Zuckerberg o bilionário mais jovem do mundo.
O elenco começou a ser escolhido no início de agosto de 2009, e foram abertas audições em vários estados norte-americanos. Jesse Eisenberg foi o primeiro anunciado como parte do projeto, em setembro do mesmo ano. Em uma entrevista para o Baltimore Sun, o ator comentou, "Mesmo que eu tenha feito parte de vários filmes maravilhosos, esse personagem Mark Zuckerberg parece ser o mais evidentemente insensível em tantos sentidos que deve ser o mais real para mim. Eu não costumo interpretar pessoas insensíveis, estão é bastante confortável: novo e excitante, como se nunca tivesse que se preocupar com o público. Não que eu me preocupe de qualquer maneira - essa deve ser a menor coisa na sua cabeça".[5]Justin Timberlake e Andrew Garfield foram confirmados nos papéis de Sean Parker e Eduardo Saverin no mesmo mês.[6] Em outubro de 2009, Brenda Song, Rooney Mara, Armie Hammer, Shelby Young e Josh Pence também foram escolhidos, assim como Max Minghella e Dakota Johnson, mais tarde.[7]
Filmagens
As filmagens começaram em outubro de 2009, em Cambridge, Massachusetts.[8] As cenas foram filmadas no campus de duas escolas, a Phillips Academy e a Milton Academy.[9] Cenas adicionais foram filmadas na Wheelock College, que serviu de locação para o campus de Harvard.[10] A cena de abertura do filme, com Zuckerberg e sua namorada, levou 99 tomadas para ser terminada.[11] A cena das regatas foram filmadas em Newton e na Henley Royal Regatta.[12] Apesar de uma grande parte do filme se passar no Vale do Silício, os produtores decidiram filmar essas cenas em Los Angeles e em Pasadena.
Armie Hammer, que interpretou os gêmeos Winklevoss, atuou ao lado do dublê de corpo Josh Pence enquanto filmava suas cenas. Seu rosto foi digitalmente colocado sobre o rosto de Pence durante a pós produção, enquanto em outras cenas foi usado a técnica de divisão de tela.[13]
Em 1 de junho de 2010 foi anunciado que Trent Reznor e Atticus Ross, da banda de rock industrial Nine Inch Nails, iriam compor a trilha sonora do filme.[14] A trilha sonora foi lançada em 28 de setembro desse ano em diversos formatos. Antes do lançamento da trilha, um extended play com cinco faixas foi disponibilizado de graça para download.[15] A canção "Baby, You're a Rich Man", dos Beatles, aparece nos créditos finais do filme, o que é notável porque a banda raramente libera suas músicas para serem tocadas em filmes ou outras Mídias; ela não está presente na trilha sonora.[16]
Em 2011, Trent Reznor e Atticus Ross ganharam um Oscar e um Globo de Ouro de melhor trilha sonora original, para o filme A Rede Social.
Recepção
The Social Network foi aclamado pela crítica. No site Rotten Tomatoes o filme possui um índice de aprovação de 97%, baseado em 253 críticas. O consenso foi, "Com um roteiro impecável, bela direção e cheio de ótimas performances, The Social Network é um ambicioso exemplo do melhor do cinema moderno".[17] No Metacritic o filme recebeu uma média de 95/100, com base em 42 críticas, sendo classificado como "aclamação universal".[18]
Peter Travers, da revista Rolling Stone, disse "The Social Network é o filme do ano. Porém Fincher e Sorkin triunfam ao levá-lo além. Laçando suas sagacidades mordazes com uma dolorosa tristeza, eles definem a ironia negra da última década".[19]
Apesar disso, não foi apoiado pelo Facebook e seu diretor-executivo e cofundador Mark Zuckerberg, que é mostrado como um anti-herói; apesar do roteiro ter sido mostrado para os sócios da empresa e algumas edições terem sido feitas, eles não o aprovaram.[20]
Bilheteria
Debutou na primeira posição em seu primeiro final de semana nos cinemas dos Estados Unidos, arrecadando US$23 milhões.[21] Permaneceu nessa posição no final de semana seguinte, com US$15,5 milhões, acumulando 46 milhões em seus primeiros quinze dias.[22]