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O filme mostra o drama vivido pelos passageiros do voo 93 da companhia aérea United Airlines no dia 11 de setembro de 2001, que teriam tentado tomar o controle da aeronave durante o voo e que acabou caindo antes de atingir seu alvo, possivelmente em Washington, DC.
O filme teve sua estreia na América do Norte em 28 de Abril de 2006. Dez por cento de sua receita nos três primeiros dias de exibição foram doados para a criação de um memorial as vítimas do voo United 93.[4][5]United 93 arrecadou um total de US$ 31 483 450 nos Estados Unidos, e US$ 76 700 659 mundialmente.[6]
United 93 foi o primeiro filme de Hollywood a extrair sua narrativa diretamente dos ataques de 11 de setembro de 2001. Os passageiros foram retratados no filme principalmente por atores profissionais, mas relativamente desconhecidos (o passageiro Tom Burnett, por exemplo, é interpretado por Christian Clemenson, que desde então apareceu em Boston Legal e CSI: Miami). Além disso, vários participantes dos eventos da vida real se retratam no filme, incluindo Thomas Roberts, Tobin Miller, Rich Sullivan, Tony Smith, James Fox, Shawna Fox, Jeremy Powell, Curt Applegate, Greg Callahan, Rick Tepper e notavelmente o gerente de operações da Administração Federal de Aviação Ben Sliney. Sliney esteve inicialmente envolvido no filme como consultor. Ele então foi escalado para um pequeno papel como controlador de tráfego aéreo. Mais tarde, o diretor Greengrass ofereceu a ele a oportunidade de interpretar a si mesmo, o que ele aceitou.[7] Os papéis de um dos comissários de bordo, dos dois pilotos e de muitos outros funcionários da United Airlines foram preenchidos por funcionários reais da companhia aérea.[8]
Durante a produção, os atores que representavam a tripulação e os passageiros do voo foram colocados em hotéis separados dos atores que representavam os sequestradores e faziam suas refeições separadamente, aparentemente para criar um ar de antagonismo no filme entre os dois grupos. As tomadas foram planejadas para darem um tom mais real às cenas. Durante as filmagens, muitos dos atores realmente se machucaram e o sangue visível em seus rostos durante as cenas da revolta dos passageiros é autêntico.[9] Terminando a primeira tomada, Jamie Harding, que interpreta o terrorista Ahmad al-Na'mi, ficou impressionado com o fato de vários atores estarem chorando.[10]
As filmagens ocorreram de outubro a dezembro de 2005, em um Boeing 757 recuperado de vinte anos, anteriormente operado pela MyTravel Airways, no Pinewood Studios perto de Londres. O cockpit foi construído pela Flightdeck Solutions.[11] O local foi escolhido tanto por seus incentivos financeiros quanto para proteger os atores do escrutínio público indesejado que poderiam ter recebido nos Estados Unidos.[12] A ação foi filmada com câmeras portáteis, escolhidas por sua versatilidade em cenários próximos e para criar uma sensação de imediatismo. As sequências externas do aeroporto foram filmadas no Aeroporto Internacional de Newark, enquanto as internas foram filmadas na Inglaterra, no Aeroporto de Londres Stansted. Algumas cenas também foram filmadas em Washington, DC e Boston. Além disso, uma sequência de abertura ambientada no Afeganistão foi filmada no Marrocos, mas foi cortada do filme antes do lançamento.[13]
Lançamento e recepção
Antes do lançamento de United 93 houve pedidos para que a Universal Pictures retirasse os trailers do filme de circulação nos cinemas, devido a possibilidade de alguns espectadores se sentirem assustados, chateados ou constrangidos com o assunto do filme.[14] O estúdio não atendeu a esse pedido, embora um cinema em Manhattan tenha retirado voluntariamente o trailer do filme após reclamações do público.[15]
O ator Lewis Alsamari, nascido no Iraque e radicado em Londres, que interpreta o terrorista Saeed al-Ghamdi no filme, teve o visto negado pelas autoridades de imigração dos Estados Unidos quando se inscreveu para visitar a cidade de Nova York para assistir à estreia de United 93, apesar de já ter recebido asilo no Reino Unido desde década de 1990. O motivo relatado foi que ele já havia sido um membro recrutado do Exército iraquiano, embora esse também tenha sido o motivo de seu status de refugiado após sua deserção em 1993.[16] Outras fontes dizem que ele solicitou seu visto com atraso e que não foi negado.[17]
O filme recebeu "classificação R" da Motion Picture Association of America por conter "linguagem depreciativa e algumas sequências intensas de terror e violência".[18]
O filme teve suas primeiras exibições nos cinemas encerradas com a frase "A Guerra ao Terror na América começou", o que depois foi alterado para "Dedicado à memória de todos aqueles que perderam suas vidas em 11 de setembro de 2001".[19]
Desempenho comercial
O filme foi lançado nos cinemas dos Estados Unidos em 28 de abril de 2006 e estreou em segundo lugar nas bilheterias do fim de semana, atrás de RV, embora obteve uma média ligeiramente maior por tela.[4] O filme encerrou seu circuito nos cinemas arrecadando US$ 31 483 450 nas bilheterias estadunidenses e US$ 45 217 209 em outros países, perfazendo um total mundial de US$ 76 700 659, se tornando um sucesso comercial (comparado com seu orçamento estimado em US$ 15 milhões).[4] Dez por cento de sua receita bruta em seus três primeiros dias em cartaz foram doados pela Universal para um fundo de criação de um memorial às vítimas do Voo 93.
Recepção da crítica
United 93 foi um dos filmes mais aclamados pela crítica de 2006. Diversos críticos de cinema como James Berardinelli, Roger Ebert, Michael Medved e Peter Travers rasgaram elogios à produção, com Ebert chamando o filme de "magistral e comovente" e dizendo que "honra a memória das vítimas".[20] Travers o chamou de "um dos filmes mais comoventes do ano", em sua crítica na revista Rolling Stone. Chamando o filme de "doloroso e surpreendentemente probatório", o The A.V. Club incluiu United 93 em uma lista de "Grandes filmes dolorosos demais para assistir duas vezes".[21] Uma das poucas críticas negativas veio de Alex von Tunzelmann, do jornal britânico The Guardian, que deu ao filme uma nota C, argumentando: "United 93 é soberbamente bem feito e autêntico, mas as escolhas que ele faz sobre o que aconteceu no avião, e quem serão os heróis, estão abertas para discussão".[22]
Com uma taxa de aprovação de 90%, o filme possui o "certificado fresco" no site agregador de resenhas online Rotten Tomatoes, obtendo uma nota 8,2 de 10, com base em 212 comentários; seu consenso crítico diz: "Potente e sóbrio, United 93 trata o assunto com respeito, nunca recorrendo ao engrandecimento de Hollywood".[23] No Metacritic, United 93 possui a pontuação 90/100 com base em quarenta comentários, indicando "aclamação universal"[24] O público dos cinemas consultado pelo CinemaScore deu ao filme uma nota média "A-", numa escala de "A+" a "F".
Prêmios e indicações
O filme foi indicado aos prêmios Oscar de melhor direção e edição. No entanto, perdeu ambos os prêmios para The Departed. Venceu os BAFTA Film Awards de melhor direção e edição.
54th Motion Picture Sound Editors Golden Reel Awards
Best Sound Editing for Sound Effects and Foley in a Foreign Film
Oliver Tarney, Eddy Joseph, Harry Barnes, Richard Fordham, Paul Conway, Jack Whittaker, Martin Cantwell, Tony Currie, Simon Chase, Stuart Morton, Alex Joseph
Em United 93, vários eventos tiveram sua ordem cronológica alterada para dar um efeito mais dramático. No filme o líder dos terroristas Ziad Samir Jarrah faz uma ligação telefônica para sua namorada do saguão do aeroporto, quando na realidade ele fez isso ainda em seu quarto de hotel. Também é mostrado que a transmissão de Mohamed Atta dizendo "temos alguns aviões" é ouvida antes do choque do Voo 11 com o WTC, quando na verdade isso ocorreu depois.[26] Em uma entrevista, Ben Sliney disse que Greengrass exagerou outros detalhes para efeito dramático, como ele e vários controladores xingando e gritando quando, em sua memória, a maioria das pessoas falava baixinho na torre de controle de tráfego aéreo.[27]
O filme sugere explicações de por que os sequestradores esperaram 46 minutos após a decolagem para iniciar o sequestro, retratando Jarrah como hesitante e duvidoso, para consternação de seus companheiros sequestradores. O alvo pretendido pelos terroristas do Voo 93 jamais foi confirmado, mas o filme segue uma suposição comum de que seria o Capitólio dos Estados Unidos em Washington, D. C.[28]
A fita do gravador de voz da cabine do voo 93 da United nunca foi tornada pública; no entanto, uma transcrição foi tornada pública após a conclusão do filme, lançando mais luz sobre o que realmente aconteceu nos trinta minutos finais antes da queda do avião. Algumas partes contradizem as escolhas dos cineastas em relação a alguns diálogos e aspectos específicos do evento. Por exemplo, os pilotos, Jason Dahl e LeRoy Homer Jr., são mostrados no filme sendo mortos imediatamente durante o sequestro. Isso foi baseado em evidências documentais do Relatório da Comissão do 11 de setembro, que indica que pelo menos um passageiro relatou em uma ligação de celular ter visto duas pessoas, possivelmente os pilotos, mortos ou feridos no chão fora da cabine após o sequestro.[29] Embora Dahl seja mostrado emitindo um sinal de socorro, Melody Homer afirmou reconhecer a voz de seu marido LeRoy no S.O.S., dando a entender que foi ele quem emitiu o aviso em vez de Dahl.[30][31][32] Devido ao julgamento próximo de Zacarias Moussaoui, a esposa de Jason Dahl, Sandy Dahl, foi incapaz de dizer ao diretor do filme, Paul Greengrass, o que ela acreditava que realmente aconteceu em relação a seu marido.[33][34] Algumas declarações feitas pelos terroristas na transcrição do gravador de voz da cabine,[35] bem como gemidos ouvidos ao fundo no cockpit,[36] levantaram dúvidas de que ambos os pilotos estivessem realmente mortos antes da queda do avião.[37]
Há alguma controvérsia também entre alguns dos familiares dos passageiros e os oficiais de investigação sobre se os passageiros conseguiram arrombar a porta da cabine dos pilotos antes da queda do avião. O Relatório da Comissão do 11 de setembro concluiu que "os sequestradores permaneceram nos controles, mas devem ter julgado que os passageiros estavam a apenas alguns segundos de alcança-los", forçando-os a jogar a aeronave contra o solo. No entanto, muitos familiares dos passageiros, após ouvirem as gravações de áudio, acreditam que os passageiros conseguiram entrar na cabine[38] e lutaram contra os sequestradores pelo controle do manche até os últimos minutos.[39][40]
Retrato de Christian Adams
O filme foi criticado por retratar o passageiro alemão Christian Adams como um conselheiro de apaziguamento, a ponto de os passageiros o conterem quando ele tenta alertar os sequestradores, apesar da ausência de qualquer evidência de que o tenha feito. Também foi relatado que a viúva de Adams não cooperou com os cineastas devido à dor emocional.[41] O crítico do jornal britânico The Sunday Times, Cosmo Landesman, refletiu: "Certamente um dos passageiros não ligou para casa para apontar que havia um alemão covarde a bordo que queria ceder?"[42] Erich Redman, que interpretou Adams no filme, afirmou que não pretendia retratar Adams como covarde, mas como um homem que "nunca tomou decisões precipitadas e tudo o que ele fez foi sempre bem pensado".[43]
↑«United 93». The Times. 21 de maio de 2006. Cópia arquivada em 3 de junho de 2021. Its part of the most traumatic series of events in American history. So how do you make a film about 9/11s United 93 and keep it real, asks John-Paul Flintoff
↑Ebert, Roger (27 de abril de 2006). «United 93 Review». Chicago Sun-Times. Ebert Digital, LLC. Consultado em 7 de julho de 2013. Arquivado do original em 25 de junho de 2013