Vogue é uma revista americana mensal de moda e estilo de vida que cobre muitos tópicos, incluindo moda, beleza, cultura, estilo de vida e passarela. Com sede na cidade de Nova York, começou como um jornal semanal em 1892, antes de se tornar uma revista mensal anos depois.
A Vogue britânica, lançada em 1916, foi a primeira edição internacional, enquanto a versão italiana Vogue Italia foi considerada a melhor revista de moda do mundo.[2] Hoje, são 26 edições internacionais.
História
Anos 1890- 1979
Vogue foi lançada em 1892 na cidade de Nova York, idealizada por Arthur Baldwin Turnure e Harry McVickar, como um pequeno folhetim de moda, com aproximadamente 30 páginas, destinado às mulheres da alta sociedade nova-iorquina no final do século XIX. Nesta época, poucos vaticinariam tão grande sucesso e uma vida tão longa a uma publicação semanal que tinha como tema a moda, a vida mundana e o design. A popularização da moda aconteceu com o seu lançamento, tendo em seus primeiros números personalidades como Gertrude Vanderbilt Whitney vestindo suas próprias roupas. O primeiro editor-chefe da revista foi Josephine Redding, que ficou no cargo até 1901. Devido ao aumento do conteúdo a revista se tornou uma publicação quinzenal em 1902.
A história da Vogue começou a mudar em 1909, quando foi adquirida pelo grupo Condé Nast Publications, que de um modo visionário, tornou a revista o ponto de partida de um império editorial internacional. A primeira edição sob o comando do novo proprietário foi lançada no dia 24 de junho, e mostrava, entre outras coisas, os vestidos usados pelas mulheres mais ricas dos Estados Unidos. A publicação, além de se tornar mensal, teve seu conteúdo reformulado para torná-la mais atraente, e transformou a moda em “objeto de desejo” e “sonho de consumo” para as mulheres. Condé Nast transformou a publicação, até então um pequeno semanário, em uma das revistas de moda mais influentes do século XX. A edição britânica da revista foi lançada em 15 de setembro de 1916, sendo a primeira fora dos Estados Unidos. Pouco depois, foi lançada a edição francesa, no dia 15 de junho de 1920, uma das mais importantes pelo sucesso internacional.
A revista começaria a ganhar status de “Bíblia da Moda” na década de 1960 quando Diana Vreeland tornou-se editora-chefe da publicação, a partir de então a revista começou a ter um apelo mais jovem, focada na revolução sexual da época, abordando mais a moda contemporânea, além de editorias que discutiam a sexualidade. Somente sob o comando de Vreeland a revista conseguiu ultrapassar sua principal concorrente a Harper's Bazaar, considerada até então a maior publicação de moda do planeta. Em outubro de 1964 foi lançada a edição italiana da Vogue. Em março de 1966 Donyale Luna tornou-se a primeira modelo negra a aparecer na capa da Vogue, na edição inglesa. Na década seguinte, sob o comando de Grace Mirabella, que assumiu o cargo de editora-chefe em 1971, a revista passou a apostar em editorias mais extensos e elaborados, adotando um estilo diferente para atender as mudanças de seu público alvo. Foi nesta década, em 1975, que a Vogue lançou sua edição brasileira.
Anos 1980-presente
A partir de 1988 Anna Wintour assumiu o cargo de editora-chefe e transformou radicalmente a publicação. Sob seu comando, vários estilistas, até então desconhecidos, e modelos novatas, viraram celebridades quase que do dia para a noite. Ela também foi responsável pelo lançamento de vários novos produtos segmentados, como a versão online, que foi ao ar pela primeira vez em 1996; Teen Vogue, uma revista voltada para jovens, que tinha como foco a moda e celebridades, mas também oferecendo informação sobre diversão e atualidades, lançada em março de 2003. Outros títulos como Men’s Vogue, voltada para o público masculino, Vogue Living, lançada em 2006, destinada a design e decoração de casas, além de outros suplementos especias como Vogue Passarelas, Vogue Noiva e Vogue Jóias chegaram a ser lançados, mas foram posteriormente extintos devido aos altos custos e à baixa vendagem.
A primeira edição brasileira da revista foi publicada em maio de 1975 sendo também a primeira edição na América Latina. Publicada pelo grupo Carta Editorial seu primeiro editor foi Luiz Carta que dirigiu a publicação de maio de 1975 até agosto de 1986 quando deixou a revista para dirigir, a convite da Editora Conde Nast, a versão espanhola da Vogue lançada em 1988. Em setembro de 1986, após a saída de Luiz, seu filho Andrea Carta assumiu a publicação, sendo o mais longevo editor da revista ficando por 17 anos a frente da publicação, de setembro de 1986 até outubro de 2003 quando faleceu.
Após a morte do irmão, Patrícia Carta assumiu a editoria chefe onde ficou de novembro de 2003 até outubro de 2010. Durante a gestão de Patrícia diversas mudanças foram implementadas entre elas a criação de diversas publicações derivadas do título principal como a RG Vogue destinada ao mundo das celebridades extinta em 2014. Também foram reeditadas as versões nacionais Homem Vogue (Men’s Vogue), Casa Vogue (Vogue Living), além da Teen Vogue e a Vogue Kids e os suplementos especiais Vogue Noivas, Vogue Passarelas e Vogue Jóias. Todas elas foram criadas por Luis Carta no início da publicação de Vogue no Brasil.
A partir de novembro de 2010 a edição brasileira passou a ser controlada pela Edições Globo Condé Nast após mais de 35 anos sobre a direção do Grupo Carta. A editora é fruto de uma joint venture do grupo norte-americano Condé Nast, proprietária da marca Vogue, com o grupo brasileiro Globo, desde então a editora tornou-se responsável pela publicação dos títulos da Condé Nast no Brasil. A editora brasileira detém 70% do capital e a empresa norte-americana os 30% restantes. Com as mudanças uma nova diretoria foi nomeada, Daniela Falcão, até então redatora-chefe da revista, tornou-se a diretora da publicação.
A empresa passou a gerir os títulos Vogue no país – que incluem, além da Vogue, as revistas Casa Vogue, Vogue Noivas e Vogue Passarelas, Vogue Kids, Teen Vogue e Homem Vogue e realizou mudanças nesses títulos. Com a chegada da edição brasileira da revista GQ, voltada para o público masculino, lançada em abril de 2011, a editora resolver extinguir a revista Homem Vogue. Vogue Kids, Vogue Noiva e Vogue Passarelas tornaram-se suplementos especiais editados esporadicamente. Teen Vogue Brasil fora extinta, para dar lugar a versão nacional da revista Glamour lançada em abril de 2012. Além das revistas, a joint venture começou desenvolver negócios no mercado digital brasileiro, com base nas marcas que detém. Em abril de 2016 Daniela Falcão deixou o cargo de editora-chefe da revista para assumir o cargo de diretora geral da Globo Condé Nast, seu lugar foi assumido pela redatora-chefe da revista Silvia Rogar que foi nomeada nova diretora da publicação cargo que permaneceu até outubro de 2018 quando foi substituída pela ex-editora-chefe da Glamour Brasil Paula Merlo.