Rodolfo de Melo Machado (28 de fevereiro de 1884, Rio de Janeiro/RJ – 14 de dezembro de 1923, Rio de Janeiro/RJ.[1] Foi um poeta, contista, jornalista e crítico de artes plásticas.[2] Rodolfo casou-se em 1910, com a poetisa Gilka Machado.[3] e foram pais de dois filhos, Hélio, que morreu precocemente, e Eros, que se consagrou como bailarina com o nome de Eros Volúsia.
Pouco é sabido sobre sua vida. Nasceu Rodolfo em 1884 [2] na cidade do Rio de Janeiro e dedicou-se desde a juventude às letras, tornando-se um conhecido poeta, contista, crítico de artes plásticas e jornalista. Como poeta, dono de uma personalidade original,[4] era um sonetista e pertencia à segunda geração simbolista. Um simbolismo requintado, avançado e complexo.
Desde seus vinte anos (a partir de 1905), atuou nos meios de comunicação mais badalados de sua época, [nota 1] publicava seus trabalhos poéticos em periódicos (jornais) e revistas cariocas e, profissionalmente, atuou em vários deles. Foi diretor de várias revistas literárias tais como "O Mundo Brasileiro",[5] que reputava a si mesmo o destaque de ser a mais importante revista comercial e industrial da América Latina e que tinha, o cidadão italiano, naturalizado brasileiro em 1922), Antônio Maselli era gerente administrativo e estava sediada à Av. Rio Branco, n.º 137, 1.º andar, Rio de Janeiro. "A Cidade" (1916), "'O Brasil Centenário" e a conhecida "Revista Souza Cruz", onde atuou com secretário e, sucedendo depois a Castro Menezes, como diretor da parte literária,[6] entre outras. A revista "Souza Cruz" estampava em suas páginas os trabalhos poéticos da nata da intelectualidade de então, como Jorge Jobim, Walfredo Martins, Gilka Machado, Rodolfo, Ulysses Sarmento, Damasceno Vieira, os romances de Clara dos Anjos, artigos diversos, crônicas de costumes, etc. Já o "Jornal das Moças", trazia uma penca interminável de poetas e contistas, eram eles Leôncio Corrêa, Renato Travassos, Renato Lacerda, Humberto Lima, Carlos de Magalhães, Raymundo Magalhães, Theodor Bloch, contos de E. Daudet, traduzidos por A. Kreisler, José Stornine, Oliveira Aguiar, Gonçalo Jacome, Alice de Almeida, Nestor Guedes, J Brito, Domingos Beguito, Otto Carlos Filho, Octavio R Ribeiro, A. S. Pinto, etc. Por volta de 1919, Rodolfo entrou para a redação do matutino "Jornal do Comércio", onde foi redator.
Rodolfo, chamado de "o cantor da nossa natureza" e, conhecido por seu "Impressões de Paquetá'",[7] foi, ativamente, um dos colaboradores.
Olavo escreveu com Luiz Leitão para o "Teatro São José" uma revista em três atos com o título Zuarte.[32]
Em algumas destas revistas ele atuou como chefe e, durante sua passagem, tornou-as veículos legítimos da expressão da cultura e do valor da nossa literatura.[33] E teve seus trabalhos publicados, entre outros,
A morte de Rodolfo, além de prematura, foi quase inesperada. Poucos são os registros que atestem os momentos finais que antecedem esta fatalidade. Ele estava, até onde é sabido, em pleno gozo de sua saúde.[42] O laudo médico atesta, entretanto, que ele morreu vitimado por uma meningite,[43] deixando esposa e dois filhos.
Durante certo tempo vários periódicos publicaram e comentaram sobre o artigo / conferência "O esplendor e a decadência do beijo" realizada no salão nobre do "Jornal do Comércio" no dia 1 de setembro de 1921.[45][46] e cuja súmula foi a seguinte: — "Concepção do beijo", — "Os primeiros dias do Éden", — "O protoplasto", — "Origem do amor", — "Considerações do Dolphus Martin, Segouvo e Ponsard", — "O beijo através do Oriente", — "A poesia árabe e o poeta Al-Nabigha", — "O cântico dos cânticos e Sulamita", — "A dinastia dos Guoridas", — "O Japão e a China", — "A virtude e o pecado", — "O beijo do Mal", — "Roma e o Paganismo", — "O Cristianismo e a purificação dos sentimentos", — "Síntese do ósculo materno", — "A fundação da primeira igreja e o beijo religioso", — "O beijo nas cerimônias sociais da Inglaterra, Alemanha e França", — "Uma referência crítica de Voltaire", — "A Idade Média e as Cavalarias", — "O beijo nos torneios", — "O símbolo medieval do Amor", — "Os doze de Inglaterra", — "O espírito de religião e os deveres da honra", — "As criações dos Tribunais de Amor", — "Altivez, respeito e crença", — "O esplendor do beijo", — "As influências da Idade Média e o Renascimento", — "O beijo entre os dois sexos", — "Política feminina", — "As Duquesas Georgina de Devonshire e de Gordon", — "A Idade Moderna", — "Considerações", — "Fase contemporânea: O beijo e a guerra", — "A França e o beijo Clemenceau", — "Os alemães e o beijo", — "Um conflito em Neuhof", — "O beijo nos Estados Unidos", — "O projeto do Deputado Waro", — "Um leilão interessante", — "A decadência do ósculo", Parte final: — "Considerações sintéticas do beijo na poesia antiga e moderna", — "Citações de Jean Second, Edmond Rostand, Victor Hugo, Paul Verlaine, Olavo Bilac, Antonio Corrêa de Oliveira, Vicente de Carvalho, Luiz Delfino, Raimundo Corrêa, Bruno Seabra, Antonio Feijó, Gilka Machado e Ramon de Campoamor.[47]