Ele inicia na poesia publicando sua primeira coleção, Poèmes saturniens em 1866, aos 22 anos. Sua vida foi virada de cabeça para baixo quando ele conheceu Arthur Rimbaud, em setembro de 1871, a vida amorosa tumultuada e errante na Inglaterra e na Bélgica levou-os a uma cena violenta: em Bruxelas, Verlaine, com um revólver, machucou o pulso daquele que ele chama de seu "marido infernal".[1] Verlaine foi julgado e condenado, passando dois anos na prisão, reconectando-se ao catolicismo de sua infância e escrevendo poemas que apareceram em suas seguintes coleções: Sagesse (1880), Jadis et Naguère (1884) e Parallel (1889).[2] Desgastado pelo álcool e pela doença, Verlaine morreu aos 51 anos, em 8 de janeiro de 1896, por pneumonia aguda. Ele foi enterrado em Paris no cemitério de Batignolles.[3]
Início da vida
Nascido em Metz, Verlaine frequentou o Liceu Bonaparte (atual Liceu Condorcet), em Paris, e depois começou a trabalhar como funcionário público. Começou a escrever poesia cedo, e foi inicialmente influenciado pelo parnasianismo e seu líder, Charles Leconte de Lisle. A primeira obra publicada de Verlaine, Poèmes saturniens (1866), apesar da crítica negativa de Sainte-Beuve, estabeleceu-o como um poeta original e com um futuro promissor.
Casamento e serviço militar
A vida particular de Verlaine invadiu seu trabalho, começando pelo seu amor por Mathilde Mauté. Mauté tornou-se sua esposa em 1870. Na proclamação da Terceira República no mesmo ano, Verlaine juntou-se ao 160º batalhão da Guarda nacional, e tornou-se Communard em 18 de março de 1871.
Ele veio a ser chefe do escritório de imprensa do Comitê Central da Comuna de Paris. Verlaine escapou das mortais lutas de rua conhecidas como Semana Sangrenta, ou Semaine Sanglante, e foi esconder-se no Pas-de-Calais.
Prisão
Verlaine voltou a Paris em agosto de 1871 e, em setembro, recebeu a primeira carta do poeta
Arthur Rimbaud. Em 1872, ele já havia perdido interesse em Mathilde, e logo abandonou-a com seu filho, preferindo a companhia do seu novo amigo. A tempestuosa relação entre Rimbaud e Verlaine levou-os a Londres, em 1872. Em julho de 1872, estando ambos na Grand Place, em Bruxelas, numa crise de desespero Verlaine disparou dois tiros de pistola sobre Rimbaud, atingindo o seu pulso, mas sem causar sérios danos. Como resultado indireto desse acidente, Verlaine foi preso e encarcerado em Mons, onde ele experimentou uma conversão à Igreja Católica, o que novamente influenciou suas obras e provocou críticas afiadas de Rimbaud. "Romances sans paroles" foi o resultado poético deste período. Depois de sair da prisão, Verlaine viajou novamente para Inglaterra, onde trabalhou por alguns anos como professor e produziu outra obra de sucesso, Sagesse. Voltou a França em 1877 e,
enquanto ensinava Inglês numa escola em Rethel, apaixonou-se por um dos seus alunos, Lucien Létinois, que foi quem o inspirou a escrever os seus próximos poemas. Verlaine ficou devastado quando o garoto morreu de tifo em 1883.
Anos finais
Os últimos anos de Verlaine testemunharam dependência de drogas, alcoolismo e pobreza. Ele viveu em bairros pobres e hospitais públicos, e passava os dias a beber absinto em cafés parisienses. Por sorte, o amor à arte dos franceses foi capaz de lhe dar apoio e alguma ajuda financeira: as suas poesias antigas foram redescobertas, o seu estilo de vida e estranho comportamento em frente a plateias atraíram admiração, e em 1894 ele foi eleito "Príncipe dos Poetas" de França. A sua poesia foi admirada e reconhecida como inovadora, servindo de fonte de inspiração para famosos compositores, como Gabriel Fauré, que transformou vários dos seus poemas em música, incluindo La bonne chanson, e Claude Debussy, que tornou música cinco dos poemas de Fêtes galantes. Paul Verlaine morreu em Paris com 52 anos de idade, a 8 de janeiro de 1896, e foi enterrado no Cimetière des Batignolles.
Numerosos artistas pintaram o retrato de Verlaine. Entre os mais ilustres estavam Henri Fantin-Latour, Antonio de la Gándara, Eugène Carrière, Gustave Courbet, Frédéric Cazalis e Théophile-Alexandre Steinlen.