Na televisão, teve seu primeiro papel de destaque em 1993, como Khadijah James na sitcomLiving Single. Também apresentou seu próprio talk showThe Queen Latifah Show, que foi exibido de 1999 a 2001, e novamente de 2013 a 2015.[8] Desde 2021, ela atua como Robyn McCall no seriado da CBSThe Equalizer.[9]
Biografia
Latifah nasceu em 18 de março de 1970, em Newark, New Jersey, e viveu principalmente em East Orange, New Jersey.[10] É filha de Rita (falecida em 21 de março de 2018),[11] uma professora e Lancelot Owens, um policial;[12][13] Ela também tinha um irmão mais velho, Lance Owens Jr. (falecido em 1992), que também era policial.[14] Seus pais se divorciaram quando ela tinha oito anos.[15]
Latifah foi criada na Igreja Batista[16] e estudou em uma escola católica em Newark.[17] Seu nome artístico Latifah, significa "delicada" e "muito gentil" em árabe; Ela encontrou o nome em um livro islâmico de nomes quando tinha oito anos. Sempre uma garota alta, Latifah foi uma ala-pivô no time de basquete feminino da escola.[18][19] Seu primeiro contato com atuação e canto, foi quando ela interpretou a música "Home" do musical The Wiz em uma peça da escola primária.[20]
Música
Sucesso Musical (1988-1998)
Latifah começou fazendo beatbox no grupo de hip-hop "Ladies Fresh" e também como uma das integrantes do grupo de MC'sFlavor Unit. Em 1988, com a ajuda de seu amigo DJ King Gemini, Latifah produziu uma fita demo, com uma faixa intitulada Princess of the Posse. A música chamou a atenção da gravadora Tommy Boy Records, que assinou com Latifah. Em 1989, aos 19 anos de idade, Latifah lançou seu álbum de estreia All Hail the Queen,[21] deixando sua marca no rap e no hip-hop, sendo uma das primeiras mulheres a fazer sucesso como rapper. Ela costumava usar trajes africanos durante aparições públicas e videoclipes, looks que se tornaram sua marca registrada. Suas músicas abordavam temas relacionados as mulheres afro-americanas como, violência doméstica e assédio sexual, isso em uma cultura que até aquele ponto, já tinha sido dominada pela misoginia.
Em 1991, Latifah continuou fazendo sucesso com o lançamento de seu segundo álbum Nature of a Sista.[22] Seu terceiro álbum, Black Reign, lançado em 16 de novembro de 1993,[23] se tornou seu álbum de maior sucesso comercial; Ela recebeu certificação de ouro pela RIAA, por vender mais de 500 mil cópias, e se tornou o primeiro álbum de uma rapper solo a receber uma certificação. Desse álbum saiu o single U.N.I.T.Y., que trouxe em sua letra um discursou contra o desrespeito às mulheres na sociedade, abordando questões de assédio sexual, violência doméstica e insultos contra mulheres na cultura hip-hop. O single foi aclamado pela critica e chegou ao top 30 da Billboard Hot 100, e rendeu para Latifah o Grammy de "Melhor Performance de Rap Solo" em 1995.[24]
Em 1998, após um hiatus na música, Latifah lançou seu quarto álbum de estúdio Order in the Court, pela Motown Records.[25] No mesmo ano, ela se apresentou no show do intervalo do Super Bowl XXXII, tornando-se a primeira rapper a se apresentar no evento.[26]
Mudança de Estilo (2004-2007)
Em 2004, Latifah lançou seu quinto álbum de estúdio The Dana Owens Album, pela A&M Records.[27] O álbum leva seu nome de nascimento, e diferente de seus lançamentos anteriores, foi focando no gênero jazz. O álbum recebeu certificação de ouro nos Estados Unidos[28] e uma indicação ao Grammy na categoria de "Melhor Álbum Vocal de Jazz".
Em 25 de setembro de 2007, foi lançado seu sexto álbum Trav'lin' Light, seguindo o estilo musical do anterior,[29] e traz participações especiais de Jill Scott, Erykah Badu, Joe Sample, George Duke, Christian McBride e Stevie Wonder. O álbum recebeu uma indicação ao Grammy na categoria de "Melhor Vocal em Álbum de Pop Tradicional". Em 11 de julho de 2007, Latifah cantou no Hollywood Bowl, como atração principal em um concerto de jazz; Ela foi apoiada por uma orquestra de 10 peças e três vocalistas de apoio.[30]
Retorno ao Hip-Hop (2008-2011)
Em 2008, Latifah foi perguntada se ela faria outro álbum de hip-hop. Ela afirmou que o álbum já estava pronto e se chamaria "All Hail the Queen II", porém o mesmo nunca foi lançado. Em junho de 2019, o The New York Times listou Latifah entre os artistas cujo material teria sido destruído no incêndio da Universal Music em 2008.[31]
Em 2009, Latifah retorna ao hip-hop com o lançamento de seu sétimo disco Persona.[32] A música "Cue the Rain" foi lançado como primeiro single. O álbum também traz uma parceria com a rapper Missy Elliott.[33] No mesmo ano, Latifah se juntou com o NJPAC Coro Júbilo,[34] onde gravaram a faixa-título do álbum Oh, Happy Day: An All-Star Music Celebration, cover da música gospel que Edwin Hawkins.[35]
Latifah começou sua carreira cinematográfica em 1991, com um papel em Jungle Fever, dirigido por Spike Lee; Ela também atuou no filmes House Party 2 e Juice, e participou de dois episódios da segunda temporada de The Fresh Prince of Bel-Air. De 1993 a 1998, Latifah teve um papel principal na série da FoxLiving Single, que ganhou altas classificações entre público negro.[38] Em 1996, ela interpretou a personagem principal Cleo, no filme de drama e ação Set It Off, que foi um sucesso de critica e bilheteria.[39] Posteriormente, teve um papel de apoio no filme Living Out Loud (1998). Em 1999, ela desempenhou o papel de Thelma no filme The Bone Collector, ao lado de Denzel Washington e Angelina Jolie. Em 13 de setembro de 1999, ela lançou seu próprio talk show, The Queen Latifah Show, que foi exibido pelo canal CBS até 31 de agosto de 2001.[40]
Em 2007, Latifah atuou na versão cinematográfica do sucesso da BroadwayHairspray.Também em 2007, ela interpretou uma mulher portadora do vírus HIV no telefilmeLife Support, pelo qual ela ganhou um Globo de Ouro, um Screen Actors Guild e uma nomeação Emmy.[43] Em 2008, Latifah apareceu na comédia Mad Money, ao lado de Diane Keaton, Katie Holmes e Ted Danson. Em 2009, ela participou do Oscar, cantando "I'll Be Seeing You" durante o segmento de homenagem aos profissionais falecidos, e também discursou no memorial de Michael Jackson, embora, tenha revelado em uma entrevista que não chegou a conhece-lo.[44]
De 2016 a 2019, atuou como Carlotta Brown na série musical da FoxStar.[49] Em 5 de novembro de 2019, Latifah interpretou a vilã Úrsula no especial da ABCThe Little Mermaid Live!.[50] Embora a produção em si não tenha sido bem recebida, os críticos elogiaram amplamente a performance de Latifah, com o The Hollywood Reporter chamando sua performance de "o melhor momento da noite".[51]
Em junho de 2011, Latifah recebeu um doutorado honorário em Letras Humanas pela Delaware State University.[63][64] Em 2019, a Universidade de Harvard concedeu a ela uma medalha por suas contribuições culturais.[65]
Em 2020, a revista Vogue, considerou Latifah um ícone da moda que "ajudou a iniciar uma conversa sobre a imagem corporal que continua até hoje", creditando-a entre as pioneiras na "inclusão da moda para todos os tamanho".[66] Em 2021, ela recebeu um BET Lifetime Achievement Award.[67]
Em 2023, o álbum de estreia de Latifah, All Hail the Queen, foi adicionado ao Registro Nacional de Gravações da Biblioteca do Congresso.[68][69][70] No mesmo ano, ela se tornou a primeira rapper mulher a ser homenageada pelo Kennedy Center.[71]
Vida pessoal
Latifah é reservada quanto sua vida pessoal; Ela tem um filho adotivo chamado Rebel, que nasceu em 2019.[72] Ela é casada com Eboni Nichols.[73] Isso só foi revelado em 2021, pela própria Latifah quando ela recebeu um premio no BET Awards, e durante seu discurso de aceitação, ela reconheceu publicamente sua parceira de longa data Eboni e seu filho Rebel.[74] Seu filho só foi fotografado pela primeira vez em 2022, durante um passeio.[75][76]
Em 1992, seu irmão mais velho, Lance Owens Jr., morreu em um acidente de moto. A moto que ele estava pilotando tinha sido um presente recente de Latifah. Ela usou a chave da moto em um colar no pescoço, que podia ser visto em suas cenas na série Living Single. Em 1999, ela lançou sua autobiografia "Ladies First: Revelations of a Strong Woman",[77] e revelou que a morte de seu irmão a levou a um surto de depressão e abuso de drogas.[78]
Em 1995, Latifah e seu então namorado, Sean Moon, foram assaltados quando estavam dirigindo pelo Harlem. Embora o casal tenha desistido do veículo sem resistência, os dois assaltantes atiraram em Sean no estômago. Ele sobreviveu, mas o incidente abalou Latifah e ela começou a andar com uma arma de fogo para proteção; isso a levou a ser presa em Los Angeles em 1996, e acusada de porte de arma carregada (e posse de maconha).[79][80] Em 2002, ela foi presa novamente por dirigir sob influência de álcool no condado de Los Angeles.[81] Ela foi condenada a três anos de liberdade condicional.[82]
Em 2003, ela fez uma cirurgia de redução de mama, como uma maneira de reduzir dores nas costas e ombro.[83]
↑. Owens frequentou o Essex Catholic Girls' High School em Irvington, mas formou-se em Irvington High SchoolHyman, Vicki (18 de julho de 2007). «The Queen holds court». The Star-Ledger. Consultado em 21 de julho de 2007
↑Fitzgerald, PreezyPreezyContributing Authors: Trent (9 de fevereiro de 2024). «13 Best Hip-Hop Halftime Performances». XXL Mag (em inglês). Consultado em 5 de novembro de 2024