Pontevedra[1][3] ou Ponte Vedra[4] é um município (concello em galego) e uma cidade, capital da provínciahomónima[5] na Galiza, no noroeste de Espanha. Pertence à comarca de Pontevedra, tem 117 km² de área e em 2021 a população do município era de 83 114 habitantes (densidade: 710,4 hab./km²).[2] É uma cidade principalmente monumental, administrativa, turística e de serviços.
A cidade é conhecida por se ter tornado um modelo internacional de planeamento urbano[11][12] e de pedonalização. Em 2014 a ONU outorgou-lhe o prémio Habitat pela sua qualidade da vida urbana e políticas de mobilidade tendo-se convertido segundo este organismo internacional numa das melhores cidades europeias para viver. É a cidade galega que tem mais ruas para peões e espaços verdes por habitante. Pontevedra é um modelo a nível internacional[13] e tem recebido prémios em Bruxelas, Nova Iorque, Honcongue ou no Dubai.[14][15][16][17][18] O prestigioso jornal britânico The Guardian qualificou-a em 2018 como o paraíso entre as cidades espanholas.[19] Em 2020 a cidade ganhou o primeiro prémio da Comissão Europeia para a segurança urbana.[20][21][22][23]
Segundo uma lenda de caráter erudito criada no Renascimento para dotar a cidade de uma origem fantástica, Pontevedra teria sido fundada por Teucro, um dos heróis da Guerra de Troia. A lenda afirma que o herói chegou a estas terras após ter sido recusado pelo pai dele, Télamo, e fundou um assentamento com o nome de Helenes, após o que se casou com Helena, filha do rei Putreco que nesse momento dirigia o exército grego até à cidade de Atenas.[carece de fontes?] Possivelmente[carece de fontes?] essa lenda terá sido baseada numa passagem de Estrabão, que citando Asclepíades de Mírlea,[nt 1] relata que ao voltar da Guerra de Troia os companheiros de Teucro se estabeleceram na Galécia (em latim: Callaicia; correspondente à atual Galiza), onde fundaram duas cidades — Helenes e Anfílocos — a segunda em honra a Anfíloco, que lá morrera.[24]
O certo é que os diversos estudos arqueológicos não demonstraram uma presença humana anterior à época romana. A lenda inspirou uma inscrição existente na fachada do ayuntamiento (sede do município):
A historiografia tradicional afirma que a cidade tem origem no assentamento de Ad Duos Pontes. No entanto, estudos mais recentes relacionam a fundação de Pontevedra com o assentamento de Turocqua, na margem sul do Lérez. O topónimo Pontevedra deriva do latim e significa "ponte velha".[nt 2] O nome de Duos Pontes (duas pontes) deve-se à existência de duas pontes na área.
Durante o reinado de Fernando II na Galiza, na última parte do século XII assistiu-se a alguma reativação da atividade comercial, graças à restauração de caminhos e pontes. O local hoje ocupado pela cidade voltou a repovoar-se, depois de se ter assistido a um certo abandono na Alta Idade Média. A ponte romana que tinha dado o nome ao lugar estava então em ruínas, pelo que foi substituída por uma nova, que ainda hoje existe, embora com algumas modificações.
Atualmente já não existe o foral original concedido por Fernando II, mas uma confirmação dele por Afonso X em 1264. Os privilégios e isenções que se foram concedendo à cidade atuaram como importantes dnamizadores da sua atividade económica. Entre as concessões destacam-se o monopólio do fabrico de saín[nt 3] na Galiza e da cura de peixe (não da salga), em 1229, e a adjudicação do porto de carga e descarga da Galiza em 1452.
As sucessivas ampliações do recinto muralhado pontevedrês foram determinadas pelo crescimento demográfico e pelo desenvolvimento de atividades económicas na vila, que necessitava de espaços mais amplos para poder expandir-se. A tudo isto juntava-se o desejo da Coroa de controlar a produção e o trânsito de mercadorias. A economia da cidade alcança o seu maior esplendor durante o reinado de Henrique IV de Castela, que em 1467 concede o privilégio de uma feira franca, de 30 dias de duração, que decorre quinze dias antes da festa de São Bartolomeu. Para a realização destas feiras, a muralha foi novamente ampliada para criar a Praça de Ferrería, onde decorria a feira. Esta foi recuperada no ano 2000, realizando-se no primeiro fim de semana de setembro.
Séculos XVI–XVIII
Desde o Baixa Idade Média e até ao século XVI, Pontevedra torna-se na cidade mais populosa da Galiza, com um grande porto pesqueiro ligado ao comércio internacional, no qual se destaca a exportação de peixe salgado para Portugal. A nau Santa Maria, usada por Cristóvão Colombo na viagem em que descobriu a América, foi construída em Pontevedra pelo poderoso Grémio de Mareantes, o que está na origem do seu cognome A Galega.
No entanto, a partir do fim do século XVI, a cidade entraria em decadência, primeiro devido ao abandono por parte da Coroa de Castela e depois devido a sucessivas guerras e, principalmente, pela diminuição da profundidade do rio Lérez, o que levaria ao desaparecimento das relações comerciais que se desenvolviam no antigo bairro marítimo da Moureira. A crise, cujos sinais começaram a ser notórios no final do século XVI, aprofundou-se nos séculos XVII, XVIII e XIX.
Durante os séculos XVII e XVIII a decadência agudizou-se devido à instabilidade política provocada pelas constantes guerras que ocorreram nesse período (Portugal e a sucessão espanhola, a ocupação inglesa, etc.), que contribuíram para o declínio do comércio exterior. A população de Pontevedra reduziu-se para metade, quando na Galiza duplicou e no resto da comarca de Pontevedra triplicou. Esta crise demográfica foi provocada por epidemias e graves doenças.
Século XIX
No início do século XIX, a economia de Pontevedra baseava-se fundamentalmente na atividade artesã, no comércio e, em menor escala, na pesca e na agricultura. Em 1833, com a criação das províncias, torna-se a capital da província homónima, o que deu origem a que se tornasse um importante centro administrativo. Nesta época, devido à necessidade de ter espaços para edificação, a cidade muda a sua fisionomia, derrubando-se muralhas e abrindo-se novas ruas, como a que hoje vai de Oliva até Virje do Caminho (atual Rua García Camba) ou a que vai desde a Rua do Comércio até Michelena. Foram também empreendidas obras de infraestrutura e saneamento, construídas escolas e hospitais, criados espaços de uso público como a Alameda do Arquiteto Alejandro Sesmero, e chega o caminho-de-ferro.
Em 1936 tem lugar o levantamento militar do general Franco, que deu origem à Guerra Civil Espanhola, fomentada pelos ódios acumulados durante anos. À guerra seguiu-se a repressão dos triunfadores, que assassinaram, fuzilaram ou obrigaram a fugir para o exílio numerosas pessoas. As duas primeiras décadas da ditadura franquista são de grandes dificuldades económicas para a maioria da população. Nos anos 1940-1960, o governo da ditadura franquista concedeu uma Zona Franca e um Pólo de Desenvolvimento à cidade vizinha de Vigo, um caso raro em Espanha (para uma cidade que não é uma capital provincial), o que favoreceu o desenvolvimento desta cidade na província de Pontevedra em detrimento da capital provincial, Pontevedra, tornando-se cidades rivais.
A situação começou a mudar na década de 1960, que se caraterizou por um desenvolvimento sustentado que se tornou mais notório no início dos anos 1970, coincidindo com a morte de Franco em 1975 e com a transição democrática. Durante este período desenvolveu-se extraordinariamente o setor da construção, que até à atualidade é um dos grandes motores da economia local.
Nos últimos anos, a cidade tem vindo a prestar homenagem a diversas personalidades galegas. Em 1999, a Câmara Municipal de Pontevedra rendeu pela primeira vez uma homenagem institucional a Alexandre Bóveda, uma figura chave da história contemporânea da Galiza, assassinado a 17 de agosto de 1936 pelos franquistas, bem como a outras figuras importantes na história política de Pontevedra que foram fuziladas a 12 de novembro do mesmo ano por defenderem a Galiza, a liberdade e a justiça social: o comandante Ramiro Paz, o mestre Xermán Adrio, o advogado e ex-governador civil Xosé Adrio, os médicos Amancio Caamaño, Luis Poza Pastrana e Telmo Bernárdez, o capitão Juan Rico González, o professor Paulo Novás, o industrial Benigno Rey Pavón e o escritor Víctor Casas.
O governo municipal de Pontevedra foi até 1999 um espécie de feudo do Partido Popular da Galiza (PPdeG), mas nesse ano as eleições municipais foram ganhas pelo médico Miguel Anxo Fernández Lores, do Bloco Nacionalista Galego (BNG). Miguel Anxo governou o concelho em coligação com María Teresa Casal, do Partido dos Socialistas da Galiza (PSdeG ou PSdeG-PSOE). Nas eleições de 2011, os socialistas perderam metade dos seus vereadores e o BNG ganhou mais quatro; desde então o executivo municipal é dirigido por Miguel Anxo em coligação com o PSdeG-PSOE.
Geografia
O município situa-se a nordeste, leste e sudeste do início da ria de Pontevedra, prolongando-se até ao início da ria de Vigo e ao rio Verdugo, através das paróquias de A Canicouva e Ponte Sampaio, as quais formam uma espécie de exclave. Na zona sul de O Castelo e existe uma pequena ilha com o mesmo nome que também faz parte do município de Pontevedra. O município ocupa os vales fluviais do Lérez e do rio dos Gafos; a parte sudoeste ocupa a margem sul da ria de Pontevedra.
Pontevedra situa-se no fundo da ria de Pontevedra, na margem esquerda do rio Lérez que desemboca na ria a quatro quilómetros da cidade. Assenta numa elevação rochosa relativamente aplanada pela erosão, que embora não seja muito alta, obriga o rio Lérez a rodeá-la pelo norte antes de desembocar na ria. Esta situação faz com que as únicas ruas com inclinação assinalável sejam as que baixam para a zona costeira e do rio. A localização sempre foi importante estrategicamente, pois é o ponto mais ocidental (mais próximo do mar) onde se pode cruzar a ria no sentido norte-sul através de uma ponte.
O concelho é constituído por mais 18 paróquias civis:
Pontevedra é uma cidade que conta com muitos bairros. Historicamente, o mais conhecido é O Burgo, famoso pela sua ponte e por estar situado entre os sapais de Alba e do Lérez. Monte Porreiro é uma zona residencial por excelência, juntamente com Campolongo, situado no centro urbano. Mollavao carateriza-se por ter muitos militares entre os seus residentes. A Parda encontra-se em expansão e se continuar a crescer ao ritmo dos últimos anos tornar-se-á um dos bairros mais importantes da cidade. Outros bairros importantes são A Moureira, Valdecorvos, A Seca e Salgueiriños.
Pontevedra tem vários jardins e parques espalhados pela cidade. No seu conjunto, e não contando com os mais pequenos, eles ocupam uma área de 190 000 m², ou seja, 2,3 m²/habitante.
Parque das Palmeiras — Embora não exista oficialmente, chama-se Parque das Palmeiras ao conjunto dos Jardins de Colombo (Colón), de Vincenti e da Deputação Provincial, ocupando uma área de 20 000 m². Tem continuidade com a Alameda e a Gran Vía de Montero Ríos, o que faz dele o parque mais importante e mais central da cidade.
Parque de Campolongo — Construído nos anos 1970 para servir a população da nova área residencial de Campolongo, conta com cerca de 19 000 m² de passeios, jardins, instalações desportivas e uma igreja (San Xosé de Campolongo).
Ilha das Esculturas — Também chamada Ilha do Covo, situa-se na foz do rio Lérez. Tem aproximadamente 130 000 m² e alberga esculturas de artistas conhecidos de diversos países, um pequeno desvio do Lérez, zonas verdes e passeios. É o maior parque da cidade.
O clima é temperado e chuvoso, com uma temperatura média anual de 15 °C e amplitude térmica de 10 °C (entre 10 °C em janeiro e 20 °C em julho). A precipitação média anual é de 1 691 mm, podendo oscilar entre os 1 600 e os 1 800 mm, concentrando-se principalmente no final do outono e no inverno e diminuindo substancialmente entre junho e agosto. Há uma grande propensão para trovoadasatlânticas durante o outono e o inverno, frequentemente com alguma violência. É a cidade galega com mais horas de sol.
Em 2021 o município tinha 83 114 habitantes. A zona urbana de Pontevedra (Pontevedra, Poio, Marín, Sanxenxo, Bueu, Vilaboa, Cotobade, Barro, Ponte Caldelas, Soutomaior) em redor da sua ria, incluindo alguns municípios do interior, tem mais de 200 000 habitantes. Pontevedra é uma cidade em crescimento, com a população mais jovem da Galiza e a maior esperança de vida. É a cidade galega que atrai mais pessoas para viver, juntamente com Santiago de Compostela.[28]. É tambén a cidade galega com o melhor crescimento natural.[29]
Gráfico da evolução da população de Pontevedra entre 1842 e 2012 [30]
Nota: Nos casos em que há dados disponíveis para a população de facto e de jure é indicado o valor mais alto dos dois. Entre o censo de 1857 e o anterior a área do município aumentou com a inclusão de Verducido. Entre o censo de 1877 e o anterior, o município foi novamente expandido com a anexação de Alba, Mourente y Salcedo. Entre o de 1950 e o anterior, foi incorporado Xeve e no censo de 1960 foi incorporado Ponte Sampaio.
Economia e transportes
Economia
A economia da cidade é baseada em vários setores diversificados. Os serviços administrativos da província de Pontevedra, que ali têm a sua sede, o turismo cultural e a indústria, especialmente a madeireira e a indústria automóvel auxiliar, o comércio, o exército (A Brilat e a escola Naval de Marín) e a construção. Entre os motores da área metropolitana de Pontevedra está a actividade industrial, comercial e pesqueira do Porto de Marín-Pontevedra. A cidade é o lar de importantes empresas como a cadeia de supermercados Froiz ou outras como a Setga e a EDF Solar.
Transportes
No que diz respeito aos transportes públicos, Pontevedra tem duas linhas de autocarros urbanos no centro da cidade[31]:
A linha 1 (vermelha), com 8,4 quilómetros de comprimento, liga o bairro de Monte Porreiro, um dos mais povoados da cidade com mais de 7.000 habitantes e onde se situa o Centro Regional da Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED), ao bairro da A Xunqueira e às estações de comboios e autocarros e tem 19 paragens.
A linha 2 (azul) tem 7,6 quilómetros de comprimento e liga o distrito de Monte Porreiro ao Hospital de Montecelo e à Praça da Galiza, no bairro de Campolongo, com 15 paragens.
Existe também um serviço de autocarros urbanos de alta frequência entre Pontevedra e Marín, que está localizado na área metropolitana de Pontevedra e com o qual a cidade forma um contínuo urbano virtual.
A empresa ferroviária nacional espanhola Renfe opera em Pontevedra, ligando a cidade com várias povoações galegas e do resto de Espanha. O serviço de alta velocidade passa pela Estação Ferroviária de Pontevedra. Esta linha encurtou a duração das viagens a partir de Pontevedra para 30 minutos para Santiago, para 60 minutos para a Corunha, para 82 minutos para Ourense e para 14 minutos para Vigo. O serviço é feito em comboios regionais de alta velocidade Avant e Alvia. A Renfe também tem o apeadeiro de Pontevedra-Universidade na cidade para servir o campus da Xunqueira e os bairros Monte Porreiro, Tafisa e A Seca.
Urbanismo e espaços urbanos
A cidade é conhecida pelo seu planeamento urbano, pela sua pedonalização e pelo encanto do seu centro histórico. Tornou-se uma referência mundial em termos de pedonalização, acessibilidade e desenvolvimento sustentável. Nos últimos anos tem recebido vários prémios internacionais pela sua qualidade de vida urbana, acessibilidade e política de mobilidade urbana, incluindo o Prémio Europeu Intermodes em 2013 em Bruxelas; o Prémio Internacional ONU-Habitat em 2014 no Dubai (Emirados Árabes Unidos), o Prémio de Excelência Urbana do Center for Active Design em 2015 em Nova Iorque, ou o 1.º Prémio de Segurança Urbana da Comissão Europeia em 2020, entre outros. Vários estudos europeus ou americanos sobre o seu planejamento urbano exemplar têm sido realizados nos últimos anos. O prestigioso jornal britânico The Guardian definiu-a em Setembro de 2018 como um paraíso entre as cidades espanholas.
A Moureira — Estende-se ao longo do rio Lérez pela Avenida das Corvaceiras. Antigo bairro marítimo, de que hoje resta pouco devido às construções dos anos 1970, o seu urbanismo é algo caótico por ter a mesma planta que tinha há vários séculos. Ali se encontram a capela de São Roque, o porto desportivo e o Grémio de Mareantes. Entre A Moureira e a Praça de Espanha encontra-se a Praça Concepción Arenal.
Campolongo — Área residencial surgida nos anos 1970 nos terrenos do antigo pazo de Paco Leis. Dispõe de um parque, uma igreja e um grande centro admistrativo da Junta da Galiza e do Ministério da Fazenda, situado na Avenida María Victoria Moreno.
Santo Antoniño-Santa Clara — É provavelmente um dos primeiros bairros de habitação social da cidade. As casas subvencionadas encontram-se sobretudo na Rua de San Antoniño. A Praça de Barcelos é uma das mais abertas da cidade. Outros pontos de interesse são o Estádio da Xuventude em Pai Fernando Olmedo, o convento de Santa Clara e a Ponte dos Tirantes.
A Eiriña — Antiga aldeia da qual já nada resta, ali se encontra o Hospital Provincial de Pontevedra e um numerosas casas recentes, cujo número continua a crescer.
Os Salgueiriños — Nasceu como uma urbanização social e atualmente é uma área quase exclusivamente residencial, construída nos anos 1950 e que constitui a entrada oriental da cidade. A sua rua principal é a Loureiro Crespo (estrada de Ourense).
Valdecorvos — É um bairro que surgiu no final dos anos 2000, na entrada oriental da cidade. A sua rua principal é Prado Novo, muito perto da rua Loureiro Crespo e da estrada de Ourense. É um bairro quase 100% residencial.
A Seca — Outro bairro residencial, onde antigamente se situava a fábrica madeireira Tafisa. Há planos para que o Campus de Pontevedra seja ampliado para esta zona.
A Parda — Zona totalmente residencial moderna onde se situam a Cidade da Justiça de Pontevedra, o Colégio Sagrado Coração, o conservatório e o centro de saúde da Parda.
Josefina Arruti-estações — Zona de construção muito recente em redor da avenida do mesmo nome. Ali se situa o Nó Pino, onde todos os dias há grandes congestionamentos rodoviários devido a ali confluírem as estradas PO-10 (circunvalação de Pontevedra), a N-550, um dos principais eixos rodoviários da Galiza (Tui-Corunha) e a PO-542.
San Amaro — Área residencial onde há muitas vivendas unifamiliares onde se encontra o cemitério e a capela homóninas.
Avenida de Lugo-Santa Margarida — A Avenida de Lugo é a saída da cidade em direção a Cotobade e Ourense. Tem grandes superfícies comerciais, restaurantes de fast-food bem conhecidos e concessionários de automóveis. O principal atrativo de Santa Margarida é a sua capela e o seu carvalho.
Mollavao-A Ruibal — Antiga aldeia à beira-mar atualmente convertida em zona residencial de média e baixa densidade. É atravessada pela Autoestrada do Atlântico (AP-9) e pela estrada para Marín.
San Brais-Fontesanta — Zona de chalés e antigas casas de habitação social já perto de Salcedo, ali se encontra uma capela dedicada a San Brais e um hipermercado.
Papagaio Ravachol, escultura criada pelo escultor José Luis Penado em 2006.
Dorna. Escultura criada pelo artista Xaime Quesada em 2001.
Pontes
Ponte do Burgo — Construída no século XII sobre as ruínas de uma antiga ponte romana, muito modificada ao longo do tempo, faz parte do Caminho Português de Santiago. Ali se assinou a chamada Paz de Lérez, entre o rei Fernando II de Leão e o rei Afonso Henriques de Portugal.
Ponte dos Tirantes — Construída em 1995, é formada por uma torre de 56 metros de altura que sustenta o tabuleiro mediante cabos (daí o seu nome). Outras duas filas de cabos decorativos são rematados por duas rotundas. É uma das pontes mais originais da Espanha.
Ponte das Correntes — Ponte em arco que cruza o rio Lérez, inaugurada em 28 de junho de 2012. É constituída por dois arcos metálicos os quais saem 17 cabos que seguram o tabuleiro. Nas duas extremidades há dois tubos que ligam as duas margens, com uma zona de peões uma ciclovia no interior.
Basílica de Santa Maria Maior — Construída por iniciativa do Grémio de Mareantes, data do século XVI e foi realizada em estilo gótico tardio com influências manuelinas e renascentistas. Destaca-se a fachada principal, de estilo plateresco, realizada por Cornielis da Holanda e o português João Nobre e, na fachada sul, os relevos didáticos com cenas de história sagrada e fábulas, bem como representações da cidade com as suas muralhas.
Capela do Nazareno, barroca — Antiga capela do convento de clausura das Irmãs Emparedadas, data do século XIV. A imagem do Cristo Nazareno é muito venerada pelos crentes.
Igreja da Virgem Peregrina — Santuário de Nossa Senhora Peregrina, padroeira da província de Pontevedra e do Caminho Português de Santiago, foi edificado no século XVIII. A sua planta simula uma concha de vieira, símbolo do Caminho de Santiago. Na sua fachada há imagens da Virgem, São José e Santiago, todos vestidos como peregrinos. No interior há uma imagem da Virgem do século XIX.
Igreja de São Francisco — Datada do século XIII, fazia parte do Convento de São Francisco. A fachada românica é tudo o que resta da construção original, pois tanto a igreja como o convento sofreram muitas modificações ao longo do tempo, especialmente na Idade Média e Idade Moderna. Em 1836, com a desamortização de Mendizábal, tanto o convento como a igreja foram deixados ao abandono, o que esteve na origem de grandes estragos e inclusivamente a destruição de uma capela. Desde a sua origem foi lugar de enterro das famílias ilustres da cidade. No seu interior destacam-se vários sarcófagos do século XV e os de Paio Gómez Chariño, trovador e almirante, e da sua esposa.
Convento de Santa Clara — A comunidade das freiras clarissas instalou-se em Pontevedra no século XIII; a igreja do convento data do século XIV. O convento foi célebre na cidade por ser o lugar escolhido pelas famílias ilustres para o retiro das filhas solteiras.
Mosteiro de San Salvador de Lérez. Em estilo renascentista-barroco, num local pitoresco, este antigo mosteiro beneditino tem uma igreja (do século XVIII) cuja fachada é ladeada por duas torres. Adjacente à igreja, encontra-se uma das galerias do antigo claustro renascentista do século XVI.
Casa consistorial de Pontevedra — Sede do governo municipal, é uma obra de Alejandro Sesmero, inspirada no estilo Luís XV (Rococó). Ao lado do acesso da traseiro encontra-se a escultura de Ramón Conde intitulada "O Fiel contraste", que recorda o ato de fiscalizar os pesos e medidas à entrada da cidade.
Convento de São Francisco — Edifício onde funcionava a delegação provincial das finanças (hacienda), fez parte das instalações conventuais do Convento de São Francisco. Integrada na fachada encontra-se a única porta da muralha da cidade que ainda se conserva.
Teatro Principal — Edifício curioso, construído em 1864 com materiais provenientes da fortaleza dita das Torres Arcebispais no espaço da Igreja de São Bartolomeu, o Velho. Foi inaugurado em 1874 e reinaugurado em 1987 segundo um projeto do arquiteto José Miyer Caridad, depois de um incêndio em 1980. Além de um auditório com capacidade para 434 pessoas, tem duas salas de exposição.
Casa dos Sinos — Construída no século XV e de estilo gótico, considera-se o edifício civil mais antigo da cidade e está ligado a Benito Soto, um pirata e aventureiro pontevedrês do século XIX famoso pela sua crueldade e conhecido como "o último pirata do Atlântico".
Casa dos Vaamonde — Construída por volta de 1500 e de estilo gótico-renascentista, é um dos edifícios mais antigos da cidade.
Casa do Correio Velho — Construída no século XVI e de estilo gótico, é um dos edifícios mais antigos da cidade.
Pazo dos Condes de Maceda ou Casa del Barón — Pazo atualmente convertido num Parador Nacional (hotel), o primeiro da Galiza, inaugurado em 1955. O palacete foi construído sobre uma antiga vila romana. Pertenceu à família do marquês de Figueroa e da Atalaya, passou depois para a posse de Eduardo Cea y Naharro, barão de Goda, que lhe deu o ar palaciano que tem atualmente.
Casa das Caras - Situada na praça da Estrela, é de estilo barroco e neoclássico do século XVIII.
Pazo de Mugartegui — Situado na praça homónima, este palacete do século XVII é um dos melhores exemplares de arquitetura urbana barroca da Galiza. Atualmente é a sede do Conselho Regulador da Denominação de OrigemRias Baixas.
Paço de Lourizán. Grande Palácio Art Nouveau desenhado pelo arquitecto Genaro de la Fuente no final do século XIX. O político e advogado Montero Ríos vivia lá. Tem 54 hectares de terra divididos em jardim botânico e um bosque com quase 2.000 espécimes de diferentes espécies.
Museu de Pontevedra — Repartido entre seis edifícios (Ruínas de San Domingos, García Flórez, Fernández López, Sarmiento, Castro Monteagudo e Edifício Castelao), conta com 60 salas de exposição permanente e tem no seu acervo mais de 16 000 peças, entre pinturas, esculturas, mobiliário, desenhos, ilustrações, objetos arquelógicos e etnográficos, moedas, instrumentos musicais, joias, etc., recolhidas principalmente na Galiza e em particular na província de Pontevedra.
As festas do padroeiro da cidade, São Sebastião, celebram-se no dia 20 de janeiro. As festas da padroeira, a Virgem do Ó realizam-se em 18 de dezembro. Durante o Carnaval, o enterro do papagaio Ravachol é celebrado e imortalizado.
Contudo, as festas mais importantes e mais famosas são as da Virgem Peregrina, padroeira da província, que são celebradas entre o segundo sábado e o terceiro domingo de agosto, acompanhadas duma feira taurina. O dia da Peregrina é o segundo domingo de agosto, dia em que se realiza uma procissão, que termina com a atuação do grupo de danças Duos Pontes e o seu tradicional baile de fitas, no fim do qual é soltada uma pomba.
Outras festas importantes são as de Santiaguiño, padroeiro da paróquia do Burgo, no dia 25 de julho, a romaria de San Benitiño de Lérez, padroeiro da paróquia de Lérez, em 11 de julho, e a Feira Franca, no primeiro sábado de setembro.
Associações Culturais
Existem várias associações culturais importantes na cidade, tais como o Ateneo de Pontevedra, o Cineclube de Pontevedra o Liceo Mutante ou a Aula Castelao de Filosofia.
Mídia
Meios de comunicação impressos
Os principais jornais em Pontevedra são:
Diario de Pontevedra, o principal jornal diário da cidade e da sua região urbana, fundado em 1889.
Pontevedra Viva, um importante jornal online da cidade de Pontevedra e da sua área urbana, fundado em 2012.
A cidade tem também uma edição específica do principal jornal galego, La Voz de Galicia.
Audiovisual
RTVE, a Rádio e Televisão Pública Espanhola, e RTVG, a Rádio e Televisão Pública Galega, emitem programas de informação locais nos seus canais. Entre 1994 e 2012, Pontevedra teve uma estação de televisão local, Localia Pontevedra. A maioria das estações de rádio nacionais emitem os seus programas na região de Pontevedra, incluindo a Rádio Nacional, Cadena Ser, Cadena COPE, Onda Cero e Punto Radio.
A cidade tem também um vasto número de escolas públicas e privadas de ensino básico e secundário públicas e privadas, vários centros de formação profissional, um centro de educação contínua para adultos (EPA) e vários conservatórios. Tem também uma escola de gestão hoteleira (Carlos Oroza), o Centro Galego de Tecnologia Desportiva, a única escola de banda desenhada na Galiza e uma escola oficial de línguas (EOI) onde se ensina inglês, francês, português, italiano, alemão e galego.
Texto inicialmente baseado na tradução dos artigos «Pontevedra» na Wikipédia em galego (acessado nesta versão) e «Pontevedra» na Wikipédia em castelhano (acessado nesta versão).