Marcha da Maconha (em inglês: Global Marijuana March, Ganja Day ou J Day), também conhecida como Dia Mundial da Maconha e Dia da Liberação da Maconha, é um evento que ocorre anualmente em diversos locais do mundo. Trata-se de um dia de luta e manifestações favoráveis a mudanças nas leis relacionadas a maconha, em favor da legalização da cannabis, regulamentação de comércio e uso (tanto recreativo quanto medicinal e industrial, tendo em vista as milhares de aplicações da cannabis em várias áreas). A Marcha da Maconha ocorre mundialmente no primeiro final de semana do mês de maio, porém no Brasil, como a data coincide com o Dia das Mães, pode ocorrer em outros finais de semana (geralmente em maio). Além da marcha em si ocorrem reuniões, caminhadas, encontros, concertos, festivais, mesas de debates, entre outros.
O evento começou em 1994. Mais de 485 cidades participam desde então:[1] A marcha caracteriza-se também por celebrar os estudos científicos que revelam os diversos usos da cannabis: medicinal, industrial, religioso, entre outros. Uma das principais organizadores do evento desde 1999 é Dana Beal[2] e a CannabisCulture.com e suas publicações: Cannabis Culture Magazine. Eles enviaram para muitos lugares banners e notícias por todo o mundo durante vários anos ajudando na divulgação dos eventos.[3]
No Brasil ocorreram passeatas seguindo o calendário internacional, pelo menos, desde 2002 no Rio de Janeiro. Em 2007 um grupo de membros do Growroom se articulou e criou um site e uma identidade visual em torno do nome "Marcha da Maconha". A partir daí houve uma tentativa de fazer a Marcha da Maconha no Brasil em doze capitais no dia 4 de maio de 2008, mas houve uma grande repressão devido decisões judiciais que proibiam a Marcha na maioria delas. Os juízes alegaram desde apologia ao uso de drogas até formação de quadrilha. A marcha deveria ocorrer em Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, João Pessoa, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, mas só ocorreu legitimamente em Recife, onde houve confusão e prisões.[4][5] Em 15 de junho de 2011, entretanto, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, pela legitimidade da manifestação por meio da Arguição de descumprimento de preceito fundamental ADPF 187, entendendo que ela não faz apologia ao crime e considerando que sua proibição é uma ameaça à liberdade de expressão, garantida pela Constituição.[6]
O "Dallas, Texas 2008 GMM" foi o evento sobre o tema mais bem sucedido nos Estados Unidos. Mais de 100 participantes marcharam da Earle Cabell Federal Building até o Dealey Plaza, onde protestaram no Grassy Knoll, até o West End, onde acabaram com o festival Cinco de Mayo que estava ocorrendo ali. Então voltaram até o edíficio federal. O evento foi patrocinado por DFW NORML e no final do evento, Barry Cooper anunciou sua candidatura ao senado dos Estados Unidos para a plataforma pró-descriminilização.[13]