Manuel de Espinosa de los Monteros Bartolomé Pérez Casas (harmonização) Francisco Grau (orquestração)
Adotado
1770
Amostra de áudio
Marcha Real é o hino nacional da Espanha. É um dos raros hinos nacionais que não contém letra (os outros são os da Bósnia e Herzegovina e San Marino)[1]. Foi documentado primeiramente em 1761 e adaptado diversas vezes, sendo promulgado pela última vez em 1997.
História
Bartolomé Pérez Casas em 1908 foi convidado pelo rei Afonso XIII a fazer uma harmonização da Marcha Real. O compositor registrou a obra como sua em 1931 e, quando em 1942, os seus arranjos foram considerados a versão oficial do hino nacional espanhol, começou a receber os respetivos direitos de autor.
Cada vez que o hino nacional espanhol é reproduzido, seja numa cerimónia oficial com os reis, num estádio de futebol, na televisão ou como toque de telemóvel, 5% da verba referente aos direitos de exploração vai para seis elementos da família Andrés. Em 1997, o Estado pagou 130 milhões de pesetas (cerca de 780 mil euros) a esta família pela titularidade da Marcha Real, mas no acordo ficou estabelecido que até a obra entrar no domínio público continuam a receber 5%.[2]
Letra
Hoje em dia o hino nacional da Espanha não tem letra, embora já tenham sido propostas inúmeras "letras", inclusive algumas com certa aceitação.
A última letra foi escrita em 1928, mas por ter sido, embora erroneamente, confundida com o regime franquista (cujo nome foi mudado para ¡Viva España!), foi abandonada no final do governo de Francisco Franco. Em 2007 o Comitê Olímpico Espanhol promoveu um concurso para escrever uma letra não oficial para o hino, ganho por Paulino Cubero, um desempregado manchego de 52 anos[3].
Vida, vida, futuro de la Patria,
que en tus ojos es
abierto corazón.
Púrpura y oro: bandera inmortal;
en tus colores, juntas, carne y alma están.
Púrpura y oro: querer y lograr;
Tú eres, bandera, el signo del humano afán.
Gloria, gloria, corona de la Patria,
soberana luz
que es oro en tu Pendón.
Púrpura y oro: bandera inmortal;
en tus colores, juntas, carne y alma están.
Glória, glória, coroa da Pátria,
soberana luz
que é ouro em teu Pendão.
--
Vida, vida, futuro da Pátria,
que nos teus olhos é
aberto coração.
--
Púrpura e ouro: bandeira imortal;
em tuas cores, juntas, carne e alma estão.
--
Púrpura e ouro: querer e lograr;
Tu és, bandeira, o sígno do humano afão.
--
Glória, glória, coroa da Pátria,
soberana luz
que é ouro em teu Pendão.
--
Púrpura e ouro: bandeira imortal;
em tuas cores, juntas, carne e alma estão.
¡Viva España!
Letra de José María Pernán escrita em 1928, portanto, antes do regime franquista. É o hino mais conhecido.