Embora seja impossível apontar um autor, um dia, uma hora, e termos de apontar o seu aparecimento como sendo sobretudo criação colectiva dessa conturbada época, quem na verdade se refere a esta trilogia primeiro parece fora desse contexto revolucionário. Ela pertence ao humanistacristãoÉtienne de La Boétie, amigo de Montaigne e colaborador de Michel de l´Hôpital, que a escrevera, já por volta de 1550, no seu "Discours de la servitude volontaire" ("Discurso da servidão voluntária").[1]
Em seguida, encontramos os três princípios nas obras de alguns autores católicos do século XVII com igual propósito, nomeadamente em Antoine Arnauld que propõe, em 1644, uma tradução do "De moribus ecclesiæ catholicæ", de Santo Agostinho no qual se lê que: a Igreja reúne os homens em fraternidade, que os religiosos vivem a igualdade por não terem propriedades, que os fiéis “vivem na caridade, na santidade e na liberdade cristã”.[2]
A sua fidelização, enquanto divisa simbólica, surgirá reforçada logo em 1793 com o hebertistaAntoine-François Momoro ordenando aos seus cidadãos, de Paris, a pendurarem nas suas casas, em grandes caracteres, as seguintes palavras: "Unidade, Indivisibilidade da República, Liberdade, Igualdade, Fraternidade, ou a Morte”[5] e que estava dentro do seu espírito ateu e grande divulgador do Culto da Razão.[carece de fontes?]
↑A divisa original da Maçonaria, muito bem explorada pela Maçonaria britânica e norte-americana de forma simbólica, ritualística e filosófica era antes “Fraternidade, Alívio e Verdade”. .... Alguns estudiosos procuram relacionar tais grandes princípios com as virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade. A Verdade estaria ligada à Fé, pois Deus é a Verdade; o Alívio seria a demonstração de Caridade; e a Fraternidade representaria a Esperança de um dia todos os homens se tratarem como irmãos - O Legítimo Lema da Maçonaria, por Kennyo Ismail, 26 de Fevereiro de 2012