1º - 17 de outubro de 1988 até 15 de março de 1990 2º - 15º de março de 1991 até 1.º de janeiro de 1995 3º - 1º de janeiro de 1999 até 31 de março de 2006
Joaquim era diabético, teve uma perna amputada em 30 de agosto de 2017.[4] Morreu em Brasília, em 27 de setembro de 2018, aos 82 anos de idade, vítima de choque séptico, decorrente de complicações clínicas de uma pneumonia.[5]
Carreira política
Vereador de Luziânia, deputado federal e vice-governador
Foi eleito vereador de sua cidade natal nos anos 70. Em 1978 candidatou-se a deputado estadual por Goiás e venceu, sendo o candidato mais votado pelo MDB no estado.[6]
Entre 15 de março e 29 de março de 1990, foi ministro da Agricultura e Reforma Agrária no governo Collor, renunciando ao cargo para disputar o governo do Distrito Federal.
Governador do Distrito Federal
Teve sua pretensão novamente ao Distrito Federal contestada pelos adversários sob o argumento de que, como já exercera o mandato há poucos meses do pleito, não poderia concorrer à reeleição para um cargo executivo. Contudo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou sua candidatura ao considerar que, no período em que Roriz governou o Distrito Federal, o fizera por nomeação e não por eleição.
Em outubro de 1990, foi eleito em primeiro turno pelo extinto Partido Trabalhista Renovador (PTR), após anos filiado ao MDB/PMDB. Na primeira eleição distrital para governador, Joaquim Roriz teve como vice-governadora Márcia Kubitschek, (filha de Juscelino Kubitschek).
Em 1 de janeiro de 1991 (data prevista pela Constituição Federal de 1988), o Distrito Federal ganhou autonomia política, tal como as demais unidades federativas do país e, nesse mesmo dia, tomaram posse Joaquim Roriz e sua vice, Márcia Kubitschek.
Em 1994, o candidato a governador apoiado por Roriz, Valmir Campelo, perdeu as eleições. Com isso, Roriz entregou o governo a Cristovam Buarque, então no PT.
Roriz é responsável por muitas obras na capital e pela fundação de várias das cidades-satélites. É tido por seus aliados como um grande "tocador de obras", como a Ponte JK, vários viadutos e o Metrô do Distrito Federal o qual, em pouco mais de dez anos, consumiu bilhões de reais em recursos e permanece incompleto.[8] Seus adversários, a classe média brasiliense e a opinião pública o acusam de ter depauperado e favelizado o Distrito Federal, com a distribuição em massa de lotes semi-urbanizados em cidades-satélite, incentivando a forte migração de pessoas de baixa renda sem o provimento devido de emprego e condições mínimas de subsistência, aumentando em mais de um milhão de habitantes a população do Distrito Federal, de estimular e se beneficiar da grilagem de terras[9] e de superfaturar obras públicas em favor de construtoras e empreiteiras de seus aliados políticos.[10][11]
Retorno ao governo do Distrito Federal
Nas eleições de 1998, disputou contra Cristovam Buarque e foi eleito no segundo turno governador pelo PMDB, ao lado de Benedito Domingos (do antigo PPB, atual PP), como vice-governador, em uma eleição ganha por pequena vantagem de votos (51,26% a 48,74%). Em 2002 Roriz foi reeleito, derrotando no segundo turno Geraldo Magela, do PT. Roriz venceu mais uma vez, em disputa apertada, e assumiu seu quarto mandato como governador do Distrito Federal, sendo o único governador do DF a conseguir se reeleger até 2022 desde que a reeleição foi instituída em 1998.
Após treze anos intercalados como governador do Distrito Federal (1988/1990, 1991/1995, 1999/2006) Roriz renunciou em favor de sua vice, Maria Abadia para lançar-se candidato ao Senado Federal pelo PMDB em 2006. Sua sucessora disputou a reeleição pelo PSDB, com o intuito de permanecer no cargo até 2010, mas foi derrotada no primeiro turno pelo então pefelista José Roberto Arruda, que teve apoio informal de Roriz, e, em contrapartida, a chapa de Arruda foi composta por um candidato a senador pouco conhecido, ajudando na eleição de Roriz para o Senado.[12]
Senador
Em 2006, se candidatou ao Senado pelo PMDB e foi eleito em 1º de outubro do mesmo ano. Assumiu em 1º de fevereiro de 2007 e renunciou ao cargo em 4 de julho do mesmo ano, após se envolver no escândalo do BRB, escapando do processo de cassação do mandato que poderia deixar 8 anos inelegível. Depois de renunciar, não abandonou a política.
Saída do PMDB
Em 24 (vinte e quatro) de maio de 2009, num encontro regional do PMDB, houve um bate boca com seu antigo aliado o deputado federal Tadeu Filippelli, a quem Roriz chamou de "vagabundo" e "mentiroso". A confusão aconteceu quando Filippelli resolveu discutir a vida política de Jaqueline Roriz deputada distrital e filha do ex-governador, filiada ao PSDB, ao dizer que ela seria aliada do governador Arruda do DEM.[13]
No dia 16 de setembro Roriz anuncia sua saída do PMDB e que seria candidato ao governo do Distrito Federal[14] filiando-se ao PSC em 30 de setembro.[15]
Após denúncias oriundas de grampos telefônicos, que pesam contra ele com relação a recursos do Banco de Brasília (BRB), e pressões de setores políticos, Roriz renunciou ao cargo de senador no dia 4 de julho de 2007, ao que parece foi o mandato mais rápido da história do Brasil, deixando um impasse sobre quem seria o próximo a ocupar sua vaga, já que seu primeiro suplente, Gim Argello possui inúmeras acusações, além do TSE agendar para agosto o julgamento sobre crime eleitoral, que poderá cassar a chapa inteira (Roriz e os dois suplentes). No dia 17 de julho, Gim Argello assume, e no mesmo dia é protocolado um documento contra ele no Senado Federal.
A Operação Aquarela acabou levando para cadeia o ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura, que presidiu a organização durante os 8 anos de governo de Roriz no Distrito Federal. O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios abriu denuncia contra Joaquim Roriz e mais cinco pessoas por improbidade administrativa. O Grupo é acusado de utilizar o BRB (Banco de Brasília) para simular um transação bancária para repassar dinheiro a Roriz em 2007. O MP pede ainda que os investigados devolvam 223 milhões aos cofres públicos.[17]
Joaquim Roriz teve seu nome envolvido no Escândalo do Mensalão no Distrito Federal, deflagrado a partir da Operação Caixa de Pandora, em 27 de novembro de 2009. O noticiário político sustenta a versão de que Durval Barbosa, autor das gravações que incriminariam José Roberto Arruda e seu grupo político, fez as denúncias para beneficiar Roriz, com vistas à eleição para governador do Distrito Federal em 2010.
Segundo reportagem do Correio Braziliense de 3 de dezembro de 2009, "uma série de eventos ocorridos nos últimos dois meses criaram a convicção no grupo de José Roberto Arruda de que o ex-governador Joaquim Roriz sabia da investigação da Polícia Federal (PF) que culminou com a Operação Caixa de Pandora". De acordo com a reportagem, "aliados de Roriz vinham criando um clima no meio político de que em breve denúncias graves relacionadas ao governo atual viriam à tona. Também se falava bastante nos bastidores que as fitas gravadas por Durval Barbosa estavam circulando e sendo exibidas a diversas pessoas em salas fechadas".
A mesma matéria informa: "Há 2 (dois) meses, o ex-governador deu uma entrevista na qual apontou que Arruda não seria candidato à reeleição. Ele chegou a declarar que sabia o motivo, mas não poderia revelar. Pessoas próximas do ex-governador relatam que seus aliados mais próximos ofereceriam uma sessão das fitas comprometedoras com bastante desenvoltura. E garantiam que em breve o material viria a público. O próprio Roriz afirmou que em breve mudaria a história política da cidade".
Ainda segundo o Correio Braziliense, "um dia antes da ação da Polícia Federal, Roriz disse a um grupo de interlocutores, num jantar na casa do Pastor Ricardo Espíndola, que a política do Distrito Federal sofreria em breve um forte abalo e um revés. Ele não deu detalhes, mas estava confiante sobre as chances reais de ver seu adversário político abatido por acusações graves que seriam apresentadas publicamente".[19]
No dia 4 de agosto de 2010, o TRE do Distrito Federal negou por 4 votos a 2 a candidatura de Roriz ao Governo do Distrito Federal, com base na lei[21] com base na lei Ficha Limpa, em 2007 Roriz renunciou o mandato de senador para escapar da cassação por quebra de decoro parlamentar do Conselho de Ética do Senado.[22]
No 25 de agosto de 2010, a Comissão Parlamentar de Inquérito CPI que investigou o suposto esquema de corrupção no Governo do Distrito Federal aprovou o relatório que pede o indiciamento dos ex-governadores Joaquim Roriz (PSC) e José Roberto Arruda (sem partido), além de outras 20 pessoas.[23]
No dia 31 de agosto de 2010, por seis votos a favor e um contra, o TSE negou o pedido da candidatura de Joaquim Roriz (PSC) ao Governo do Distrito Federal.[25]
Em sessão inédita ocorrida no dia 23 de setembro de 2010 o STF Supremo Tribunal Federal com votos dos 10 (dez)ministros (o quorum da casa no total é de onze membros), deixou empatada a decisão cabendo ao STF escolher entre 3(três) alternativas que beneficiará ou não Joaquim Roriz entre outros; alternativa a)empate - beneficiará a Lei ficha limpa, alternativa b) escolha de um novo ministro pelo presidente da república após as eleições, ou alternativa c) o presidente do STF poderá utilizar um segundo voto conforme estatuto regimental interno do STF desempatando e promulgando seu resultado.[27]
Desistência da candidatura ao GDF
Em 24 de setembro de 2010 temendo o veredicto do Supremo Tribunal Federal desistiu de disputar o governo do Distrito Federal se reunindo com sua assessoria em Brasília e indicou em seu lugar a esposa Weslian Roriz,[28] após avaliar que seria um risco esperar pela decisão do STF sobre a validade da lei da Ficha Limpa pois se Roriz vencesse em primeiro turno à 3 de outubro poderia não assumir, e se levasse a disputa para o segundo turno ou não poderia disputar[29] ou não seria possível trocar o candidato.
Morte
Morreu em 27 de setembro de 2018, vítima um choque séptico decorrente de complicações da infecção pulmonar.
Referências
↑«Portal Senadores». Senado Federal do Brasil. Consultado em 30 de agosto de 2010. Arquivado do original em 3 de março de 2016