A minissérie é dividida em duas fases e acompanha a vida de Juscelino Kubitschek desde a infância, sendo que no primeiro episódio é retratada a morte de seu pai, João César Oliveira, quando ele ainda era um garoto. Logo, porém, a minissérie avança para a vida adulta de Juscelino que, tendo se formado em Medicina e se casado com uma jovem aristocrata, passa a participar da vida política de Belo Horizonte e Minas Gerais. Grande parte do apelo dramático da minissérie se encontra, durante este momento, na tensão entre o desejo reprimido de Juscelino em lançar-se à vida pública e sua relação com a esposa, Sarah, que não deseja que o marido se torne político como seu pai. Esta tensão gerou um conflito que perdurou durante praticamente toda a primeira fase da minissérie. Na segunda fase, estando a família Kubitschek já acostumada à vida pública de Juscelino, focaliza-se a ascensão política de Juscelino e, segundo previsões, o desafio enfrentado por ele para chegar à presidência (enfrentando tentativas de golpe) e a construção daquele que seria seu maior e mais criticado empreendimento, a cidade de Brasília.
Um dos pontos mais polêmicos da produção, porém, segundo algumas das críticas publicadas pela imprensa, foi o da inclusão de todo um conjunto de personagens fictícios que, segundo a minissérie, possuiria relações familiares com o protagonista, Kubitschek. Este conjunto de personagens criou um segundo núcleo dramático à minissérie, sendo muitas vezes mais focalizado que o núcleo principal durante diversos episódios e que contribui para atribuir um tom relativamente folhetinesco à produção, que do contrário ficaria restrita aos acontecimentos pretensamente históricos.
Ambiente
Além do estúdio, no Projac, foram gravadas cenas em ambientes externos. Durante 32 dias foram gravadas 140 cenas em Tiradentes, onde segundo o diretor Dennis Carvalho, parecia uma cidade cenográfica pois os habitantes da cidade já se acostumaram com o elenco, e quando foram embora até sentiriam falta. Algumas das cenas, principalmente as do primeiro capítulo, na cidade natal de Juscelino, a famosa Diamantina, nas ruas do centro histórico de Santos, e também em Belo Horizonte. A fazenda do Coronel Licurgo também é um ambiente externo.
Para reproduzirBrasília em um cerca de um mês tiveram que usar muita computação gráfica. Na cena da comemoração da posse, na Avenida Rio Branco, com multidão e muitos carros, que vai ao ar na estreia, também foi usada computação.
Danças
Juscelino sempre teve fama de pé-de-valsa e por isso muitos dos atores tiveram aulas de dança para se adaptar as danças da época. As aulas de dança aconteceram com o professor, bailarino e coreógrafo Jaime Arôxa. O professor ficou satisfeito com o resultado. Entre os que atores que tiveram que aprender a dançar estão os que interpretam JK, Sarah, Salomé, Naná, Amália, Leonardo Faria, Zinque, entre outros. Entre os estilos da época que aparecem na minissérie estão a valsa, o tango, o cake walk, e o maxixe.
Produção
Para criação do personagem, Wagner Moura estudou a política da época e precisou fazer fonoaudióloga para anular ao máximo seu sotaque baiano e incorporar o mineiro.[3]José Wilker estudou sociologia e passou uma temporada fazendo pesquisa com a própria família de JK.[3]
A minissérie passou a ser reexibida apenas para o Distrito Federal (que não possui eleições municipais) a partir do dia 19 de agosto de 2008, após o Jornal Nacional. A partir do dia 01 de setembro de 2008 o sinal da reprise da minissérie pode ser captado em todo o Brasil através de antena parabólica, pois a partir deste dia o sinal da reapresentação da minissérie foi disponibilizado pela emissora via satélite.
Foi reprisada pelo Viva entre 18 de setembro e 21 de novembro de 2012, às 23:15,[4] sendo substituída por Presença de Anita.[5]