Feo-hifomicose é qualquer infecção fúngica causada pela formação de hifas ou pseudo-hifas negras (fungos melanizados), pertencentes à família dematiacea. Pode se manifestar de forma cutânea, subcutânea ou disseminada, formando quistos, e pode afetar também pacientes com boa imunidade, sendo especialmente comum em pacientes imunodeprimidos por medicamentos usados no transplante de órgão. [1]
Causas
A feo-hifomicose geralmente é causada pelos fungos Exophiala (E. jeanselmei, E. moniliae, E.spinifera), Alternaria (A. alternata e A. tenuiissima), Phialophora (P. richardisiae e P. verrucosa), Bipolaris australiensis, Curvularia lunata ou Phaeoacremonium spp. Esses fungos são amplamente encontrados no ambiente e penetram por feridas causadas por espinhos, picadas ou cortes, principalmente quando entram em contato com plantas ou terra. Além de infectar humanos, também infectam diversos outros animais.[2] Também pode causar feo-hifomicose pulmonar, disseminada e fungemia quando esporos de dematiaceas são inalados por pessoas imunodeprimidas.
Tratamento
Extração cirúrgica dos nódulos ou quistos e itraconazol, fluorocitocina ou fluconazol por via oral durante 6 a 12 meses. [1] Não se recomenda usar cetonazol nem anfotericina B porque apesar de boa resposta in vitro, alguns Exophiala possuem resistência in vivo, e causam danos renais em sua forma mais usual. O tratamento mais recomendado é itraconazol mais extirpação cirúrgica.[3]