Criptococose é uma micose causada pelo fungoCryptococcus neoformans ou pelo Cryptococcus gattii. É a única levedura encapsulada que causa doenças conhecidas atualmente, um fator importante para seu diagnóstico com microscópio.[1] Podem afetar pele, próstata, olhos, ossos, trato urinário e sangue.
Existe em todo o mundo e causa um caso de meningite a cada um milhão de habitantes por ano. A infecção se dá pela inalação de esporos, frequentemente em detritos de pombos e o contagio não acontece de pessoa para pessoa. Quase 80% dos casos apareceram em pessoas com AIDS.[2]
Progressão, Sinais e Sintomas
Pneumonia
Após inalação, as leveduras multiplicam-se no pulmão, onde não causam sintomas em 1/3 dos casos. Quando causam sintomas predominam[3]:
Tosse com muco (54%);
Febre (26%);
Tosse com sangue (18%);
Derrame pleural (menos de 10%);
Suores noturnos, emagrecimento e fraqueza também podem estar presentes.
Meningite
Mais tarde, se o indivíduo estiver debilitado, disseminam-se pelo sangue, especialmente para o cérebro. O sistema imunitário destrói os organismos sanguíneos, mas não detecta aqueles já presentes no líquido cefalorraquidiano (uma vez que é muito pobre em linfócitos). O resultado mais frequente é a multiplicação das leveduras nesse liquido rico em glicose gerando inflamação das membranas que envolvem o cérebro, ou seja, meningite. 5 [4]Os sintomas são os mesmos de todas as meningites, mas ao contrário da meningite bacteriana podem durar várias semanas:
Em indivíduos imunodeficientes (como, por exemplo, SIDA/AIDS, pacientes em uso de corticosteroides ou aqueles com outra patologia crônica associada) a condição é mais grave e persistente e pode cursar com encefalite potencialmente mortal. Pode ainda causar lesões na pele e ossos.[5]
Diagnóstico
Amostras de liquido cefalorraquidiano são observadas ao microscópio, mas a cultura pode ser necessária para a identificação. A sorologia, com detecção de anticorpos específicos contra o fungo é usada também[6].
Tratamento
O tratamento vai depender do local da infecção e da disseminação. Geralmente é feita com o fármaco antifúngicoanfotericina B (0,5-1,0 mg/kg/dia) e seus derivados lipídicos ou com a combinação de fluconazol (400 mg/dia) e 5-flucitosina (100 mg/kg/dia).
Referências
↑«CRIPTOCOCOSE: DUAS DOENÇAS?»(PDF). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 1993. 1 páginas. Consultado em 5 de janeiro de 2012. Criptococose é a infecção causada por Cryptococcus neoformans [...], que tudo indica é a única espécie patogênica do gênero Cryptococcus [...]. Nos tecidos do hospedeiro o fungo apresenta-se como levedura encapsulada, fato que o torna único entre os fungos patogênicos [...].