Titular José Feliciano de Ataíde Desembargador
Eleito Faustino Albuquerque UDN
As eleições estaduais no Ceará em 1947 ocorreram em 19 de janeiro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima.[1] No Ceará foram eleitos o governador Faustino Albuquerque (o vice-governador Menezes Pimentel foi escolhido posteriormente via eleição indireta), o senador Fernandes Távora e 45 deputados estaduais que teriam poderes constituintes.[2][nota 1]
Nascido em Pacatuba e formado em Direito na Universidade Federal do Ceará em 1910, Faustino Albuquerque foi professor da Escola Normal, do Liceu do Ceará e dirigiu o Teatro José de Alencar. Juiz de direito em Maranguape, Barbalha, Camocim e Baturité,[3] foi nomeado desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará em 1928, presidiu a referida corte durante a maior parte do Estado Novo e por quatro vezes presidiu o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará e nessa condição esteve à frente das eleições estaduais de 1945, tendo se filiado à UDN a fim de eleger-se governador em 1947.[4]
Na eleição para senador venceu Fernandes Távora. Natural de Jaguaribe, ele é formado em Medicina na Universidade Federal da Bahia e em Farmácia na Universidade Federal do Rio de Janeiro onde obteve o Doutorado em 1902. Após clinicar na Amazônia e no Ceará, viveu na Europa até retornar ao Ceará onde participou da Campanha Civilista de Ruy Barbosa a presidente da República em 1910. Eleito deputado estadual por três vezes antes da Revolução de 1930, foi professor do Colégio Militar do Ceará e diretor do jornal A Tribuna. Nomeado interventor federal no Ceará em 8 de agosto de 1930, passou aproximadamente um ano no cargo e foi eleito deputado federal em 1933 e 1945.[5] Em sua família seu filho, Virgílio Távora, e seu irmão, Juarez Távora, também se dedicaram à política.
Foram apurados 272.763 votos nominais.[1][2]
Foram apurados 265.415 votos nominais não havendo informações sobre os votos em branco e nulos.[1][2]
Embora tenha eleito o governador, a UDN ficou em minoria na Assembleia Legislativa do Ceará, encarregada de elaborar a Constituição Estadual de 1947. A contagem final das 45 vagas apontou dezenove cadeiras para o PSD, dezesseis para a UDN, sete para o PSP, duas para o PCB e uma para o PRP.[1][2][6]
Representação eleita PSD: 19 UDN: 16 PSP: 7 PCB: 2 PRP: 1
Representação eleita
Em 7 de dezembro de 1947 houve eleições municipais e nelas a UDN fez a maioria dos prefeitos e o maior número de vereadores.[2]