A eleição municipal da cidade de Ananindeua em 2020 ocorreu no dia 15 de novembro, com o objetivo de eleger um prefeito, um vice-prefeito e 25 vereadores responsáveis pela administração da cidade. O processo eleitoral de 2020 está marcado pela sucessão para o cargo ocupado pelo atual prefeito Manoel Carlos Antunes, Manoel Pioneiro, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que não poderá disputar a reeleição, visto que foi eleito em duas ocasiões: 2012 e 2016, assumindo assim o cargo por duas vezes consecutivas.[1]
Foi eleito como prefeito o deputado estadual, presidente da ALEPA e ex-vereador de Ananindeua, Daniel Santos, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), trazendo como o vice o vereador Erick Monteiro, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), sendo a primeira eleição na história do município e também no Pará desde a redemocratização a ter os caciques políticos MDB e PSDB juntos. Além disso, se destacou também pela expressiva votação do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que apresentou a candidata Lívia Noronha, terminando em segundo lugar, sendo a melhor marca do partido no município desde sua estreia nas eleições municipais em 2008.[2]
Contexto político e pandemia
As eleições municipais de 2020 estão sendo marcadas, antes mesmo de iniciada a campanha oficial, pela pandemia do coronavírusSARS-CoV-2 (causador da COVID-19), o que está fazendo com que os partidos remodelem suas metodologias de pré-campanha. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou os partidos a realizarem as convenções para escolha de candidatos aos escrutínios por meio de plataformas digitais de transmissão, para evitar aglomerações que possam proliferar o vírus.[3] Alguns partidos recorreram a mídias digitais para lançar suas pré-candidaturas.
Além disso, a partir deste pleito, será colocada em prática a Emenda Constitucional 97/2017, que proíbe a celebração de coligações partidárias para as eleições legislativas[4], o que pode gerar um inchaço de candidatos ao legislativo. Conforme reportagem publicada pelo jornal Brasil de Fato em 11 de fevereiro de 2020, o país poderá ultrapassar a marca de 1 milhão de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador neste escrutínio,[5] o que não seria necessariamente bom, na opinião do professor Carlos Machado, da UnB (Universidade de Brasília): “Temos o hábito de criticar de forma intensa a coligação partidária, sem parar para refletir sobre os elementos positivos dela. O número de candidatos que um partido pode apresentar numa eleição, varia se ele estiver dentro de uma coligação, porque quando os partidos participam de uma coligação, eles são considerados como um único partido", afirmou Machado na reportagem.