Em 2014, iniciou-se a produção de edições regionais do jornal.[1] Além de ter um foco local, as edições regionais têm por objetivo alcançar a classe trabalhadora. Por isso, são produzidas em formato tabloide, e distribuídas gratuitamente nas ruas. Atualmente, existem versões regionais no Rio de Janeiro,[3][4] São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco. A edição gaúcha do Brasil de Fato foi lançada em atividades em Santa Maria e Porto Alegre. Nesta cidade, o lançamento deu-se no Memorial Luiz Carlos Prestes, obra de Oscar Niemeyer para homenagear o revolucionário Luiz Carlos Prestes.[5]
Em 24 de junho de 2019 iniciou uma parceria com o Fotos Públicas.[6]
Em 20 de outubro de 2018, fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) apreenderam milhares de exemplares do Brasil de Fato que encontravam-se guardados na sede do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro) em Macaé. A publicação tinha artigos sobre as propostas dos candidatos a presidente do Brasil, Fernando Haddad (PT-SP) e Jair Bolsonaro (PSL-RJ).[9]
Para recolher as edições foram enviados políciais militares que segundo o TRE-RJ, faziam parte da equipe de fiscalização. Estes agiram de forma truculenta. A ação foi presenciada pelo funcionário do Sindipetro. Na nota divulgada pelo sindicato foi informado que os agentes tentaram pular a grade do sindicato para ter acesso aos exemplares, também ameaçaram atirar na instituição, que encontrava-se fechada por estar fora do período de expediente.[9]
A ordem de apreensão foi dada pelo juiz eleitoral Sandro de Araújo Lontra, que disse ter recebido uma denúncia considerou que "o pretenso jornal na verdade possui nítido propósito de propaganda eleitoral do candidato (...) Fernando Haddad, ao passo que contém matérias pejorativas ao seu adversário Jair Bolsonaro" e que a distribuição da publicação no Sindipetro evidenciaria "possível prática de propaganda eleitoral em bem de uso comum". Também foram recolhidas cópias do Boletim Nascente, do periódico semanal do sindicato.[9]
[N]inguém foi citado, apenas aconteceu a busca e apreensão, fora da normalidade (…) uma ofensa e uma agressão à liberdade de imprensa, de expressão e de opinião.[9]
— Patrick Mariano, advogado que representa o Brasil de Fato
A Abraji repudia o recolhimento dos exemplares do Brasil de Fato, um ato de censura incompatível com o regime democrático do país. A ordem do juiz Sandro de Araújo Lontra viola a garantia constitucional da liberdade de expressão. Como tal, deve ser revertida e os jornais, devolvidos à circulação.[9]
Em junho de 2024, o ministro Alexandre de Moraes censurou matérias do Brasil de Fato, Folha de S.Paulo, Mídia Ninja e do portal Terra onde Jullyene Lins acusava seu ex-esposo, o presidente da Câmara dos DeputadosArthur Lira (PP-AL), de que ela teria sido agredida.[10] Moraes reverteu a decisão no dia 19, pois a defesa de Lira pediu a retirada do material por estar sendo publicado "de forma coordenada e orgânica", o que o ministro entendeu que não procedia.[11]