O pequeno Município de Alpiarça[3] com 95,36 km² de área[4] e 6 976 habitantes (2021),[5][6] o que corresponde a uma densidade demográfica de 73,15 hab/km², é um dos seis municípios de Portugal que possuem apenas uma freguesia,[3] correspondente à totalidade do território do município. O município é limitado a nordeste e leste pelo município da Chamusca, a sueste e sudoeste por Almeirim e a noroeste por Santarém.
Toponímia
O nome da localidade adveio da ribeira homónima, que se encontra nas cercanias.[7]
Quanto às origens do nome dessa ribeira, de acordo com o linguista português José Pedro Machado, tal fica-se a dever à custosa navegabilidade desse curso de água, causada pela grande profusão de moliços e algas que nela medravam[7]. Assim. o nome «Alpiarça» será derivado da palavra «peaça»[8], que por sua vez é uma corruptela da palavra «peia»[9], que significa 'entrave, embaraço ou estorvo'.
Ao étimo «peaça» foi, ainda, adicionado o prefixo arábe al-, durante a ocupação mourisca. [7]
História
Até 1836, fez parte do concelho de Santarém, tendo então sido integrada no município de Almeirim. Em 17 de Fevereiro de 1906, foi elevada à condição de vila, tendo-se tornado sede de concelho autónoma, composta por uma única freguesia, em 2 de Abril de 1914, pela lei n.º 129.
Entre 1919 e 1926, no entanto, o concelho chegou a integrar a vizinha freguesia de Vale de Cavalos (que abrangia as atuais freguesias de Vale de Cavalos e Parreira), actualmente no município da Chamusca.
Órgãos Autárquicos
Presidente da Câmara Municipal de Alpiarça - Sónia Isabel Fernandes Sanfona Cruz Mendes (PS)
Presidente da Assembleia Municipal de Alpiarça - Maria Regina Sardinheiro do Céu Furtado Ferreira (PS)
Presidente da Junta de Freguesia de Alpiarça - Jorge Costa (PS)
O povoado do Alto do Castelo, localizado entre as necrópoles do Tanchoal e do Meijão, é conhecido, desde o inicio do século XIX, por Mendes Corrêa, e na década de 80 foi estudada pelo Instituto Arqueológico Alemão. A sua cronologia é anterior à época romana, tendo sido ocupado durante a Idade do Bronze Final ou a Idade do Ferro. Foi também ocupado pelos romanos, uma vez que se encontraram materiais desse período, como moedas e fragmentos de cerâmica.
O Cabeço da Bruxinha foi ocupado provavelmente na Idade do Bronze Final ou Idade do Ferro, e posteriormente pelos romanos. Aí foram encontrados materiais de cerâmica e cerâmica de construção. O Cabeço da Bruxa localiza-se na Quinta da Gouxa a cerca de 600 metros a oeste da Estrada Nacional 118 de Alpiarça a Almeirim. Esta estação arqueológica é conhecida desde a década de 30, tendo sido alvo de escavações arqueológicas feitas em 1979 também pelo Instituto Arqueológico Alemão. Os materiais aí encontrados têm várias cronologias, datando da Pré-História, Idade do Bronze, Época Romana e outras.
A Quinta da Gouxa é uma estação arqueológica ocupada desde a Pré-História até à época Romana.
Segundo alguns autores, em Alpiarça passava uma das vias romanas em direcção a Mérida, como provam os vários marcos miliários encontrados dedicados ao imperador romano Trajano.[10]
Desde 1983 que a Câmara Municipal de Alpiarça assume o desafio da realização da ALPIAGRA – FEIRA AGRÍCOLA E COMERCIAL DE ALPIARÇA, traduzindo-se a mesma, na maior montra do sector agrícola e comercial do Município.
Organizado pelo município de Alpiarça, este certame representa uma mostra privilegiada das actividades económicas e comerciais do respectivo território, bem como uma mostra de convívio e divulgação da Cultura e Património de Alpiarça. [11]
Transportes
A vila de Alpiarça é acessível mediante transporte público, através de um conjunto de carreiras rodoviárias da Rodoviária do Tejo:
Interurbanas Santarém-Abrantes e Santarém-Torres Novas (via margem esquerda), mais os respetivos desdobramentos parciais;
Rápida Lisboa-Chamusca
Além destas, existe igualmente a carreira Expresso que faz a ligação Lisboa-Abrantes pela margem esquerda do Tejo entre Santarém e Abrantes, contemplando paragem em Alpiarça.
Pela lei nº 129, de 02/04/1914, foi constituído o concelho de Alpiarça com lugares desanexados do concelho de Almeirim. Daí que os censos etários só comecem a ser publicados a partir de 1920.
★ Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.
★★ De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
↑INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia»(XLSX-ZIP). Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_ALENTEJO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013