Contribuir para o estudo, a discussão e o desenvolvimento das práticas da medicina, cirurgia, saúde pública e ciências afins, além de servir como órgão de consulta do Governo brasileiro sobre questões de saúde e de educação médica.[1]
Sede
Av. General Justo, 365 7º e 8º andares, Loja B e Av. General Justo 375, Loja 101 – Centro
A Academia Nacional de Medicina é uma associação de direito privado, sem fins econômicos,[3] fundada no Brasil em 30 de junho de 1829 pelo médico Joaquim Cândido Soares de Meireles sob o nome de Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro. Pelo decreto da Regência de 8 de maio de 1835, a Sociedade passou a denominar-se Academia Imperial de Medicina. Com a instauração do regime republicano, o decreto nº 9, de 21 de novembro de 1889, instituído pelo Governo Provisório, suprimiu o título “imperial” de várias instituições dependentes do Ministério dos Negócios do Interior, entre estas a Academia Imperial de Medicina, que passou a ser denominada Academia Nacional de Medicina.[4]
A revista Anais da Academia Nacional de Medicina é a publicação oficial da Academia Nacional de Medicina, sendo o periódico mais antigo do país, com circulação regular desde 1830
A academia é constituída de membros votantes titulares e eméritos, que ocupam 100 cadeiras, possuindo ainda honorários nacionais, internacionais e correspondentes.[5]
História
Até a fundação da Academia Nacional de Medicina floresciam no Brasil curandeiros, alguns charlatães e feiticeiros. O primeiro médico prático da cidade foi Aleixo Manuel, o velho, em meados do século XVII. Os caboclos empregavam a vaga medicina dos pajés e os negros, seus amuletos e ervas. Em certas ruas, barbeiros apregoavam drogas, faziam sangrias. Não havia Faculdade de Medicina e os cariocas que desejavam curar seus semelhantes eram obrigados a ir estudar em Coimbra. O ensino oficial da medicina começaria em 5 de novembro de 1808 quando, por decreto de D. João VI, foi criada a Escola Anatômico-Cirúrgica e Médica, precursora da atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A medicina do tempo do Primeiro Reinado, embora D. João VI tivesse trazido alguns bons médicos para o Rio de Janeiro, era do ´tipo caseiro´: rodelinhas de limão nas frontes para enxaquecas, suadouros de sabugueiro e quina, para as febres: cataplasmas contra as asmas: antipirina para as dores de cabeça; banhos de malva para as dores nas cadeiras; um ´cordial´ contra a insônia e, para os loucos, o Hospício, na Praia Vermelha.
Com a maioridade do Imperador D. Pedro II, este tornou-se o maior patrono da Casa, e durante 50 anos frequentou as suas sessões e presidiu as solenidades da Academia.[5]