O Teatro Ipanema foi idealizado pelos atores e diretores Rubens Corrêa e Ivan de Albuquerque. Leyla Ribeiro, mulher de Ivan de Albuquerque, os ajudou a inaugurar o novo espaço em 1968 após quatro anos de obras. Foi erguido no local de um barracão no quintal da antiga residência de Rubens, o qual era utilizado para ensaio e depósito de cenários. A partir de então, o Teatro Ipanema foi um importante palco na cidade, sobretudo para jovens dramaturgos, diretores e novas companhias, que iriam mudar completamente o teatro brasileiro a partir dos anos 70. Com a morte de Rubens Corrêa e de Ivan Albuquerque, o Teatro Ipanema passou a funcionar sem direção artística definida. O espaço foi adquirido pela Prefeitura do Rio de Janeiro em dezembro de 2011 e passou por obras de restauração. Após sua reestruturação, foi integrado à Rede Municipal de Teatros da Secretaria Municipal de Cultura e voltou a funcionar totalmente em junho de 2012.
Importância histórica
Em 1969, a peça O Assalto de José Vicente começa a abrir novas perspectivas para o Teatro Ipanema ao investir na inquietação experimentalista da época, visando a jovem dramaturgia brasileira. Lá estreiam autores com novas linguagens e textos: Isabel Câmara (As Moças, 1970); José Wilker (A China é Azul, 1972) e José Vicente (Hoje é Dia de Rock, 1971, Ensaio Selvagem, 1974 e A Chave das Minas, 1977). A peça Hoje é dia de rock ficou cerca de três anos em cartaz e fez grande sucesso.
O Teatro Ipanema foi um local de grande experimentação artística e foco de resistência, pois cruzou a ditadura militar, a especulação imobiliária e os revezes da economia cultural brasileira. Diversos autores e atores se lançaram e se consagraram neste espaço histórico.