A Academia Brasileira de Ciências (ABC)[1] é uma academia de ciências que divulga e fomenta a produção científica no Brasil desde 3 de maio de 1916,[2] tendo sido fundada por 27 cientistas e ainda sediada no Rio de Janeiro, com o nome Sociedade Brasileira de Sciencias, alterado em 1921 para sua atual denominação.
Henrique Charles Morize foi seu primeiro presidente, à frente da diretoria provisória (1916–1917), sendo reconduzido a essa posição por três mandatos sucessivos.
A partir de 1928, Arthur Alexandre Moses, acadêmico participante das diretorias em dez gestões como presidente, passou a desempenhar papel primordial na Academia. Moses reativou a publicação dos Anais da Academia Brasileira de Ciências e, após vários empreendimentos bem sucedidos, conseguiu, em 1959, recursos governamentais para a compra de um andar inteiro de um prédio, moderno para a época, onde até hoje está instalada a sede da Academia.
Na década de 1960, o presidente da República autorizou a doação de um número significativo de bônus do Tesouro Nacional, resgatáveis em vinte anos, através da influência de Carlos Chagas Filho, que sucedeu Moses na presidência da Academia. Estes recursos, correspondentes a um milhão de dólares, cuja aplicação não estava submetida a nenhuma determinação específica, fortaleceu consideravelmente o potencial da Academia.
Do final da década de 1960 até o início da década de 1980, a Academia foi liderada por dois renomados cientistas: Aristides Pacheco Leão e Maurício Peixoto, presidentes por sete e cinco mandatos consecutivos, respectivamente.
A Academia tem desempenhado papel relevante em várias atividades ligadas à ciência no Brasil, como por exemplo, liderando e influenciando na criação de diversas instituições, viabilizando publicações científicas, desenvolvendo programas e eventos científicos, estabelecendo convênios internacionais, e disponibilizando recursos para a sociedade acadêmica.
Durante a década de 1970, a Academia recebeu substancial apoio financeiro do Governo Federal, especialmente através da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Esse apoio possibilitou a expansão de suas atividades, com a participação em importantes programas nacionais e internacionais.
Após um substancial declínio na década de 1980, durante a década de 1990 marca o retorno do apoio financeiro do governo, liderada pelos presidentes Oscar Sala (mandato entre 1991 e 1993) e Eduardo Moacyr Krieger (mandato entre 1993 e 2007), o que tem possibilitado a organização de vários novos programas e uma maior interação com a comunidade científica internacional.
Em 2009, Jacob Palis, presidente até 23 de março de 2016, criou as vice-presidências regionais, em um total de seis: Espírito Santo, Minas Gerais e Centro-Oeste; Nordeste; Norte; Rio de Janeiro; São Paulo; e Sul.
O físicoLuiz Davidovich foi eleito para presidir a Academia no triênio de 2016 a 2019. Em 22 de março de 2019, Davidovich foi reeleito, tendo Helena Nader como vice-presidente [3]. Desde 2022, a biomédica Helena Nader é a presidente da academia, sendo a primeira mulher a ocupar a posição em mais de um século.[4]