O quadro apresenta como característica eletrocardiográfica a pré-excitação ventricular, intervalo PR curto (< 120 milissegundos), com a ativação dos ventrículos (complexo QRS) iniciando-se pela porção miocárdica em contato com a via acessória e não passando pelo sistema His-Purkinje, portanto mais lenta, formando uma aberrância no QRS conhecida como onda delta.[6][7] Antes do término da ativação ventricular, o restante das fibras do sistema His-Purkinje são ativadas, tornando, portanto, a parte final do QRS estreita, sendo observado pequeno intervalo PR de 0,08 segundos e o longo complexo QRS de 0,12 segundos e frequentemente verificam-se alterações da repolarização do segmento ST-T secundárias.[8]
O tratamento geralmente consiste na administração de medicamentos ou ablação por cateter por radiofrequência.[4] A condição afeta entre 0,1 e 0,3% da população.[1] Em pessoas que não manifestam sintomas, o risco de morte por ano é de cerca de 0,5% em crianças e 0,1% em adultos.[5] Em pessoas sem sintomas, a vigilância da condição pode ser suficiente.[5] Em pessoas em que a SWPW é complicada pela presença de fibrilhação auricular, pode ser necessária cardioversão ou administração de procainamida.[9] A condição é assim denominada em homenagem a Louis Wolff, John Parkinson e Paul Dudley White, que em 1930 foram os primeiros a descrever os achados no eletrocardiograma.[3]
↑ abcdeKim, SS; Knight, BP (maio de 2017). «Long term risk of Wolff-Parkinson-White pattern and syndrome». Trends in Cardiovascular Medicine. 27 (4): 260–268. PMID28108086. doi:10.1016/j.tcm.2016.12.001
↑Chhabra, Lovely; Goyal, Amandeep; Benham, Michael D. (2023). «Wolff-Parkinson-White Syndrome». Treasure Island (FL): StatPearls Publishing. PMID32119324. Consultado em 25 de outubro de 2023