Raul Guilherme Plassmann (Antonina, 27 de setembro de 1944) é um ex-futebolista brasileiro que atuava como goleiro.[1] Também trabalhou como treinador e como comentarista esportivo, em particular na TV Globo.
Carreira
Atlético-PR e São Paulo
Começou sua carreira no Atlético Paranaense, profissionalizou-se no Coritiba em 1964, mas logo transferiu-se para o São Paulo. Contudo, pouco utilizado no tricolor paulista, acabou trocando de clube, em 1965, quando foi para o Cruzeiro, mas antes, com breve passagem pelo Nacional, do Uruguai.
Cruzeiro
E foi aí, em Minas Gerais, que Raul conseguiu demonstrar todo seu potencial, frente à meta. Imortalizado por suas famosas camisas amarelas, acabou se tornando um grande ídolo para a torcida cruzeirense. Jogou treze anos seguidos no clube, suas principais glórias no clube celeste foram, nove títulos mineiros, um título brasileiro e um título da Libertadores.
Na sua estreia pelo Cruzeiro, em 1965, como não havia uma camisa de goleiro que vestisse em Raul, o jogador teve de tomar emprestada uma camiseta amarela. Na época, o uniforme preto era padrão de todos os goleiros, de modo que a camisa amarela de Raul acabou chamando muita atenção. Por ser um goleiro que nunca se deixou abater e começou a se destacar com boas atuações, o que antes fora motivo de escárnio, passou a ser encarado como um talismã pela torcida cruzeirense. Assim, Raul não pôde mais abandonar o uniforme amarelo.[2]
Flamengo
No ano de 1978 foi para o Flamengo, tendo integrado, ao lado de Zico, Júnior, Leandro, Tita e Andrade, entre outros grandes nomes, o time rubro-negro da época.
Deixou o Flamengo com 228 jogos, 130 vitórias, 59 empates e 39 derrotas. Ele foi o goleiro dos principais títulos da geração campeã do mundo em 1981. Além disso, sagrou-se tetracampeão carioca, conquistou três Campeonatos Brasileiros (1980, 1982 e 1983), uma Libertadores da América (1981) e um Mundial (1981).[3]
Aposentadoria
Encerrou sua carreira profissional no ano de 1983, aos 39 anos.
Seleção Brasileira
Apesar de ter brilhado tanto no Cruzeiro como no Flamengo, disputou somente 17 partidas pela Seleção Brasileira, entre 1975 e 1980.
Aos 37 anos, esteve perto de participar da Copa do Mundo FIFA de 1982, realizada na Espanha. No entanto, o treinador Telê Santana acabou optando pela convocação de Waldir Peres, Paulo Sérgio e Carlos, deixando-o de fora.[4]
Comentarista, treinador e dirigente
Depois que encerrou a carreira de futebolista, tornou-se comentarista esportivo da TV Globo, onde permaneceu muitos anos.
Em 1987, iniciou a carreira de treinador à frente do Cruzeiro, mas sem sucesso.
Continuou trabalhando como comentarista, até que voltou a atuar como treinador, em 2003, no Juventude, porém sem grande destaque. Em 2004, tornou-se dirigente do Londrina.
Pouco tempo depois, contudo, desistiu de ser cartola e voltou a trabalhar como comentarista esportivo na Record e Rádio CBN, nas filiais de Curitiba e, mais tarde, reintegrou-se à TV Globo, quando passou a trabalhar para os canais SporTV e Premiere.
Em 2011, voltou ao Cruzeiro. Dessa vez para trabalhar nas categorias de base do clube, como o responsável pela subida de categoria dos atletas "pratas da casa".
Estatísticas como jogador
Atualizadas até 6 de fevereiro de 1990
Clubes
Clube
|
Temporada
|
Campeonato nacional
|
Copa nacional[a]
|
Competições continentais[b]
|
Outros torneios[c]
|
Total
|
Jogos
|
Gols
|
Assist.
|
Jogos
|
Gols
|
Assist.
|
Jogos
|
Gols
|
Assist.
|
Jogos
|
Gols
|
Assist.
|
Jogos
|
Gols
|
Assist.
|
Flamengo
|
1978 |
0 |
0 |
0 |
— |
— |
0 |
0 |
0 |
20 |
0 |
0
|
1979 |
0 |
0 |
0 |
— |
— |
0 |
0 |
0 |
7 |
0 |
0
|
1980 |
0 |
0 |
0 |
— |
— |
0 |
0 |
0 |
50 |
0 |
0
|
1981 |
0 |
0 |
0 |
— |
10 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
56 |
0 |
0
|
1982 |
0 |
0 |
0 |
— |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
34 |
0 |
0
|
1983 |
0 |
0 |
0 |
— |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
60 |
0 |
0
|
Total |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
227 |
0 |
0
|
Flamengo
|
1990 |
— |
— |
— |
1 |
0 |
0 |
1 |
0 |
0
|
Total |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
1 |
0 |
0 |
1 |
0 |
0
|
Total na carreira
|
0
|
0
|
0
|
0
|
0
|
0
|
0
|
0
|
0
|
0
|
0
|
0
|
228
|
0
|
0
|
|
Data
|
Local
|
Resultado
|
Adversário
|
Gols
|
Assist.
|
Competição
|
Flamengo
|
|
7 de agosto de 1981 |
Maracanã, Rio de Janeiro, Brasil |
2–2 |
Atlético Mineiro |
0 |
0 |
Copa Libertadores da América de 1981
|
|
11 de agosto de 1981 |
Defensores del Chaco, Assunção, Paraguai |
4–2 |
Cerro Porteño |
0 |
0 |
Copa Libertadores da América de 1981
|
|
14 de agosto de 1981 |
Defensores del Chaco, Assunção, Paraguai |
0–0 |
Olimpia |
0 |
0 |
Copa Libertadores da América de 1981
|
|
21 de agosto de 1981 |
Serra Dourada, Goiânia, Brasil |
0–0 |
Atlético Mineiro |
0 |
0 |
Copa Libertadores da América de 1981
|
|
15 de setembro de 1981 |
Maracanã, Rio de Janeiro, Brasil |
2–0 |
Boca Juniors |
0 |
0 |
Amistoso
|
|
2 de outubro de 1981 |
Pascual Guerrero, Cáli, Colômbia |
1–0 |
Deportivo Cali |
0 |
0 |
Copa Libertadores da América de 1981
|
|
13 de outubro de 1981 |
Félix Capriles, Cochabamba, Bolívia |
2–1 |
Jorge Wilstermann |
0 |
0 |
Copa Libertadores da América de 1981
|
|
23 de outubro de 1981 |
Maracanã, Rio de Janeiro, Brasil |
3–0 |
Deportivo Cali |
0 |
0 |
Copa Libertadores da América de 1981
|
|
13 de novembro de 1981 |
Maracanã, Rio de Janeiro, Brasil |
2–1 |
Cobreloa |
0 |
0 |
Copa Libertadores da América de 1981
|
|
20 de novembro de 1981 |
Estádio Nacional, Santiago, Chile |
0–1 |
Cobreloa |
0 |
0 |
Copa Libertadores da América de 1981
|
|
23 de novembro de 1981 |
Estádio Centenário, Montevidéu, Uruguai |
2–0 |
Cobreloa |
0 |
0 |
Copa Libertadores da América de 1981
|
|
13 de dezembro de 1981 |
Estádio Nacional, Tóquio, Japão |
3–0 |
Liverpool |
0 |
0 |
Copa Europeia/Sul-Americana de 1981
|
Títulos
- Cruzeiro
- Flamengo
- Seleção Brasileira
Prêmios individuais
Referências
Ligações externas