Do ponto de vista da astronomia, a primavera do Hemisfério Sul inicia-se no equinócio de setembro e termina no solstício de dezembro e a do Hemisfério Norte inicia-se no equinócio de março e termina no solstício de junho. A estação, assim como as demais, não ocorre simultaneamente nos dois hemisférios: enquanto num deles é primavera, no outro é outono.[1]
no primeiro dia da primavera, por ser uma data equinocial, o dia e a noite têm a mesma duração na linha do equador
durante a estação, os dias vão se tornando mais longos e as noites, mais curtas
A primavera no Hemisfério Norte
A "primavera boreal" tem início em 20 de março e termina em 21 de junho, podendo estas datas variar um pouco a cada ano.[2]
A estação é característica na maioria dos países deste hemisfério, aqueles mais distantes da Linha do Equador e com as quatro estações bem definidas, tanto nos localizados mais ao norte, como a Rússia, quanto os localizados mais ao sul, como o Japão, onde no início da primavera ocorrem os tradicionais festivais populares para observar a floração das cerejeiras (sakura em japonês).
Nesta região, por ser maior a parte continental, as temperaturas costumam aumentar mais rapidamente do que na primavera do Hemisfério Sul.
A primavera no Hemisfério Sul
A "primavera austral" tem início, aproximadamente, em 23 de setembro e fim em 21 de dezembro, mas estas datas podem variar um pouco de ano para ano.[2]
Na primavera do hemisfério sul, os oceanos meridionais ainda estão frios e vão aos poucos aquecendo, fazendo com que a estação seja de temperaturas amenas.
A estação é característica apenas em regiões que estão mais afastadas da Linha do Equador.
A primavera no Brasil
No Brasil, em grande parte do território, com exceção do Sul, as quatro estações não são bem definidas, sendo apenas nomeadas como "inverno seco" e "verão úmido".[1]
De forma geral, no entanto, com a chegada dessa estação, as chuvas começam a intensificar-se na maior parte do país, tornando então as temperaturas mais amenas e aumentando a umidade do ar, que, no inverno (estação anterior à primavera), são bastante reduzidas (com exceção do Sul, onde as chuvas se intensificam no inverno).[1]
Nordeste: a estação seca continua, com exceção dos estados da Bahia, do Maranhão e do Piauí. As temperaturas continuam altas, o que é característico na região o ano inteiro
Norte: as chuvas aumentam gradativamente, especialmente entre outubro e novembro. As temperaturas não mudam muito e costumam ser altas o ano inteiro
Centro-Oeste e Sudeste: as chuvas ficam mais intensas e mais frequentes e muitas vezes são acompanhadas de ventos fortes e granizo
A primavera no Sul do Brasil: a mais típica
A região Sul do Brasil, onde o clima é subtropical e as quatro estações são bem definidas, a primavera tem as características tradicionais, como o aumento gradual da temperatura e o reflorescimento da flora. Quanto às chuvas, elas continuam frequentes e em boa quantidade, assim como acontecia no inverno. Mais: nos dois estados mais ao sul, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, grandes enchentes não são raras nesta época.[3]
"Aumenta a ocorrência de raios e de “complexos convectivos”, sistemas que provocam grande quantidade de chuva em períodos relativamente curtos", escreveu o CPTEC.[4]
Segundo o site Climatempo, os fenômenos meteorológicos que normalmente influenciam a Região Sul durante a primavera são:[5]
Ventos de moderados a fortes também não são incomuns, causados pelos fenômenos típicos citados acima: as áreas de baixa pressão, os sistemas e complexos convectivos (causam rajadas de vento) e os ciclones extratropicais (que, apesar de dificilmente tocarem solo, "mandam" seus ventos do alto-mar para a terra às vezes por dois ou três dias seguidos).
Nos fenômenos de "baixa pressão atmosférica", por exemplo, "simultaneamente, existe ar superior que se desloca para substituir o ar quente em elevação, o que dá origem a ventos".
Consequências
Durante esta estação, os animais que hibernaram no inverno, costumam deixar suas tocas, muitas vezes com filhotes
Espécies como borboletas e abelhas costumam ficar mais ativas e, com a polinização, interferem significativamente no ciclo reprodutivo dos vegetais