O começo do outono, assim como o começo da primavera, é marcado pelo exato instante que os raios solares incidem perpendicularmente à linha do Equador. Isso resulta em dias e noites com duração iguais, fenômeno que é chamado de equinócio e ocorre duas vezes por ano. O outono nunca ocorre ao mesmo tempo nos dois hemisférios: se no Norte é outono, no Sul é primavera.[3][4]
Características
As características gerais do outono são:[4][5][6][7]
é uma estação típica de regiões com clima temperado ou subtropical
os dias vão ficando mais curtos e as noites mais longas (gradativa redução da luz solar diária ao longo dos dias)
há queda gradativa da temperatura, conforme o transcorrer dos dias
O outono do Hemisfério Norte tem início em 22 ou 23 de setembro e termina em 21 ou 22 de dezembro. A estação é típica de países mais afastados da Linha do Equador (acima do Trópico de Câncer, portanto) e é mais curta conforme a proximidade do Polo Norte. Na nórdicaIslândia, por exemplo, o outono costuma durar apenas dois meses, entre setembro (temperatura média de 11 ºC) e outubro (temperatura média de apenas 7 ºC), até as temperaturas baixarem significativamente.[8]
Um fenômeno comum do outono no centro e no leste dos Estados Unidos e na Europa é o chamado "verão indiano" (em inglês Indian summer), um período de "calor fora da estação" que geralmente ocorre no final de outubro ou novembro. Em Portugal tem o nome de "verão de São Martinho" e, assim como nos EU, ocorre por volta do final de outubro e início de novembro. No outono do Sul do Brasil seu equivalente seria o "verãozinho de maio" ou "veranico de maio".[4][9][10]
"Outubro quente, traz o diabo no ventre." (Provérbio português)[11]
Segundo o CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), no outono no Brasil é "uma estação de transição entre o verão e inverno, quando se verificam características de ambas, ou seja, mudanças rápidas nas condições de tempo, maior frequência de nevoeiros e registros de geadas em locais serranos das Regiões Sudeste e Sul. Nota-se uma redução das chuvas em grande parte do país, com o registro dos maiores totais de chuva, superiores a 700 mm, no extremo norte das Regiões Norte e Nordeste e no leste do Nordeste, onde se inicia o período mais chuvoso. No restante do país, predominam totais de chuva entre 150 mm e 400 mm. Nas Regiões Sul, Sudeste e parte da Região Centro-Oeste do Brasil, as temperaturas tornam-se mais amenas devido à entrada de massas de ar frio, com temperaturas mínimas que variam entre 12 ºC e 18 ºC, chegando a valores inferiores a 10 ºC nas regiões serranas. Nestas mesmas áreas, as temperaturas máximas oscilam entre 18 ºC e 28 ºC. Nas Regiões Norte e Nordeste, as temperaturas são mais homogêneas: a mínima variando em torno de 22 ºC e a máxima variando entre 30 ºC e 32 ºC".[6]
De acordo com o Climatempo: "de forma geral, a principal característica da estação é a grande redução da frequência e do volume de chuva na maior parte do país. Porém, para muitas áreas da Região Norte e do Nordeste, outono é sinônimo de aumento da chuva. Na costa norte do Nordeste, entre o Rio Grande do Norte e o Maranhão, outono é o pico da estação chuvosa. Na costa leste do Nordeste, já podem ocorrer os DOL - Distúrbios Ondulatórios de Leste que trazem chuva forte e volumosa para a faixa leste, especialmente entre o Rio Grande do Norte e a região de Salvador".[12]
Outono no Sul do Brasil
Por ser a única região de clima subtropical no país e que, portanto, tem as quatro estações bem definidas, o outono é bem característico nesta região, com a queda gradativa das temperaturas e o aumento da incidência de ventos, por exemplo. As frentes frias não são incomuns, o que pode fazer as temperaturas caírem para abaixo dos 10 ºC algumas vezes. Pode haver nevoeiros, geadas e até queda de neve conforme as semanas avançam rumo a junho, quando inicia o inverno.[7][13]
Já em maio, ao menos no Rio Grande do Sul, o "veranico de maio" é bastante tradicional.[9][14]
Além disto, há também a frutificação e a queda das folhas de diversas espécies de árvores.
Muitos pássaros (e algumas outras espécies) iniciam a migração rumo a regiões mais quentes do planeta para escapar do frio.[4][15] Além destes, diversas espécies de animais, como esquilos e marmotas, recolhem alimentos na estação para estocá-los para o inverno, quando hibernam.[4][16]
Ver também
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