Os árabes tinham uma atitude diferente frente às representações figurativas. Maomé também condenou a idolatria, como os iconoclastas, e proibiu os ídolos, especialmente estátuas, consideradas como inspiradas por Satanás.
Quanto à pintura, a relação foi ambígua. Nenhuma tradição pictural existia entre os árabes e por isso a pintura religiosa só podia se inspirar em fontes estrangeiras. Os árabes aceitaram a arte figurativa secular dos territórios conquistados. Só mais tarde, por influência de judeus convertidos, se encontram censuras severas à figuração. Imaginava-se que ao representar seres vivos o artista usurpava um poder criador reservado só a Deus.
Objetos decorados
As imagens de seres vivos podiam ser reproduzidas em artefatos de uso corrente e em tamanho pequeno. Os árabes, como eram nômades, tinham predileção por objetos portáteis, que se tornaram ainda mais elaborados com as novas influências dos gregos, romanos e bizantinos.
Pintura
A tradição da pintura foi mantida graças a artistas de outras religiões. Havia uma procura para a ilustração de textos científicos, que, muitas vezes, eram traduzidos de fontes gregas. Pode-se também perceber influências da pintura chinesa, fruto de contatos com o Oriente, especialmente nas paisagens e iluminuras que as acompanham. Uma das mais belas obras da pintura islâmica é a Ascensão de Maomé. A composição mescla elementos orientais (dourado flamejante) e cristãos (movimento agitado da composição). O rosto do Profesta está em branco, por se entender que seria uma heresia representá-lo.