Na mesma época, em Paris, apareceram uma série de artistas que não representavam a realidade explicitamente. O pós-guerra criou um ambiente de dúvida, absurdo, falta total de grandes projetos, pelo qual os artistas não tinham causas pelas quais lutar, de maneira a que se comprometeram com a própria verdade. Foi o auge da experimentação. Desenvolveram uma estética abstrata ou "informal" para traduzir os seus sentimentos e impressões, a sua expressividade.
Numerosas denominações interferem-se entre elas, ao abranger correntes, movimentos, grupos e subgrupos dentro do qual é, em geral, as tendências informalistas e matéricas:
a expressão "abstraction lyrique" (Abstração lírica, foi utilizada pela primeira vez por Jean-José Marchand e Georges Mathieu na exposição "L'imaginaire" (O imaginário), organizada em 1947; o termo "Abstração lírica" acostuma ser usado sobretudo em relação a as obras de Wols.
O termo "tachisme" (Tachismo) foi usado pelo crítico Charles Estienne em 1954, e é o que acostuma ser usado para estas tendências informalistas na França.
O termo "informalismo" foi utilizado pela primeira vez por Antoni Tàpies ao falar de "Signifiants de l'informel" (1950) na nova pintura.[1] De "art informel" falou ao ano seguinte (1951) o crítico de arte Michel Tapié numa exposição sobre o tema "Tendances extrêmes de la peinture non figurative" (Tendências extremas da pintura não figurativa). Esta expressão caracteriza, portanto, as práticas pictóricas abstratas do pós-guerra na Europa, relacionadas ao expressionismo abstrato norte-americano.
André Malraux apoiou com interesse a arte informal, o mesmo que Antonin Artaud.
Em Argentina conforma-se o Movimento informalista. Fundado por Kenneth Kemble, Luis Alberto Wells e Alberto Greco, incorporam-se depois Pucciarelli, Maça, Olga López, Towas e o fotógrafo Jorge Roiger. Realizam em 1959 duas exposições.
Práticas pictóricas
Dentro desta tendência, cada artista, Laurent Jiménez-Balaguer, deixa toda a liberdade ao imprevisto das matérias (gosto pela mancha e pelo acaso) e à aleatoriedade do gesto, recusando o desenho e a esta arte, e o controle, bem como a concepção tradicional da pintura e do seu desenvolvimento, que vai da ideia à obra terminada, passando pelos rascunhos e os projetos; é uma obra aberta que o espectador pode ler livremente. A aventura pictórica é completamente nova: em vez de ir de um significado para construir signos, o artista começa pela fabricação de signos e dá a seguir o senso. A contribuição da música produziu a arte informal musical.
Características plásticas desta pintura são: a espontaneidade do gesto, o automatismo, o emprego expressivo da matéria, inexistência de ideias preconcebidas, a experiência do feito faz nascer a ideia, a obra é o lugar e o momento privilegiado em que o artista se descobre; é o final da reprodução do objeto para a representação do tema que se torna na finalidade da pintura, com um aspecto às vezes caligráfico, podendo falar-se de uma "Abstração caligráfica" em relação a a obra de Georges Mathieu, Laurent Jiménez-BalaguerHans Hartung ou Pierre Soulages.
Bibliografia
LENGERKE, Ch. von, «La pintura contemporánea. Tendencias en la pintura desde 1945 hasta nuestros días», en Los maestros de la pintura occidental, Taschen, 2005, ISBN 3-8228-4744-5
Referências
↑Lengerke, Ch. von, "A pintura contemporânea", pág. 621
Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «informalismo».