Pedro Costa (Lisboa, 3 de março de 1959)[1][2][3][4][5] é um realizadorportuguês, com reconhecimento internacional. Os seus trabalhos com maior destaque terão sido, primeiro, a trilogia "Cartas das Fontainhas", composta pelos filmes Ossos (Veneza), No Quarto da Vanda (Cannes e Locarno) e Juventude em Marcha (Cannes) e, posteriormente, pelo díptico Cavalo Dinheiro (Locarno) e Vitalina Varela (Locarno).
Estudou na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa, tendo sido aluno, entre outros professores, do cineasta António Reis, que sobre si exercerá uma grande influência. Realizou a sua primeira longa-metragem no ano de 1989: O Sangue. No mesmo ano, António Reis realizava o seu último filme com Margarida Cordeiro: Rosa de Areia.
Realizou, no início dos anos 90, o filme Casa de Lava, rodado em Cabo Verde. Os habitantes dos locais de filmagem entregaram ao realizador um conjunto de cartas para que este as entregasse aos seus familiares em Portugal. Estas cartas conduziram Pedro Costa ao Bairro das Fontainhas e aos seus habitantes, que continua a filmar hoje, largos anos após a demolição do Bairro.
Pedro Costa filma regularmente com pequenas câmaras digitais, inicialmente em mini-DV. O filme No Quarto da Vanda valeu-lhe o Prémio France Culture atribuído ao Cineasta Estrangeiro do Ano, no Festival de Cannes de 2002. Juventude em Marcha (2006) foi um dos filmes candidatos à "Palma de Ouro" (Palme d'Or), o prémio máximo do Festival de Cannes.
Em 2010, a Cinemateca Francesa dedicou uma retrospetiva à obra de Pedro Costa.[6] Em setembro de 2012, no Festival Internacional de Cinema de Split, Pedro Costa foi galardoado com um prémio de carreira.[7] O realizador conta, atualmente, com uma série de premiações no Festival de Cinema de Locarno: em 2014, foi-lhe atribuído o "Leopardo para a Melhor Realização", por referência ao seu filme Cavalo Dinheiro.[8][9] Em 2019, por sua vez, venceu o prémio máximo do mesmo Festival, o "Leopardo de Ouro" (Pardo d'Oro) pelo filme Vitalina Varela. Foi o segundo realizador português a receber este prémio, depois de José Álvaro Morais pelo filme O Bobo, em 1987. Simultâneamente, Vitalina Varela foi reconhecida com o "Leopardo para Melhor Atriz" pela sua interpretação no filme homónimo.