Paulo Pessoa Guerra (Nazaré da Mata , 10 de dezembro de 1916 — Recife , 9 de julho de 1977 ) foi um político brasileiro que foi governador de Pernambuco , estado que também representou no Congresso Nacional .
Era pai do também político Joaquim Pessoa Guerra .
Estreia na vida pública
Filho de João Pessoa Guerra e de Maria Gaião Pessoa Guerra, ingressou na Faculdade de Direito do Recife em 1935 , bacharelando-se em 1939 . Ligado ao interventor Agamenon Magalhães ,[ Nota 1] foi nomeado prefeito de Orobó e, a seguir, de Bezerros durante o Estado Novo .[ Nota 2] Por indicação de seu padrinho político, foi nomeado delegado do Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda (1941 ) e, depois, da Penitenciária Agrícola de Itamaracá, cargo que exerceu por três anos (1942 -1945 ).
Mandatos eletivos
Deposto Getúlio Vargas em 29 de outubro de 1945 , foram convocadas eleições para Presidente da República e para a Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1946 [ 1] e nesse pleito Paulo Guerra foi eleito deputado federal pelo PSD e reeleito em 1950 . De volta a Pernambuco , foi eleito deputado estadual em 1954 e 1958 e, por ocasião da renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961 , era presidente da Assembleia Legislativa.
Governador de Pernambuco
Paulo e Virginia Guerra com os filhos no Palácio do Campo das Princesas , em 1956.
Em 1962 foi eleito vice-governador na chapa de Miguel Arraes ,[ 2] tomando posse em 31 de janeiro de 1963 .[ Nota 3] Ao longo do governo entrou em divergência com Arraes e, com a deposição deste pelo Regime Militar de 1964 , assumiu o governo do estado.[ Nota 4]
Durante seu governo estimulou a eletrificação rural, a industrialização do estado e investiu em infraestrutura. Criou a Fundação do Ensino Superior de Pernambuco (hoje Universidade de Pernambuco ) e construiu o Hospital da Restauração , que substituiu o antigo Hospital de Pronto Socorro. Criou também o Colégio da Polícia Militar de Pernambuco (CPM) em 1966.
Em 27 de outubro de 1965 o Ato Institucional Número Dois instituiu o bipartidarismo e, em razão disso, Paulo Guerra ingressou na ARENA . Dedicou-se à pecuária após deixar o Palácio do Campo das Princesas . Retornou à política em 1970 , quando foi eleito senador , chegando ao posto de vice-líder do governo Ernesto Geisel . Em 1977 o governo outorgou o Pacote de Abril , que visava a garantir a maioria governista em 1978 e nesse ínterim Paulo Guerra aceitou renovar seu mandato por via indireta , contudo faleceu três meses depois.[ 3] Seu lugar no senado ficou nas mãos de Murilo Paraíso e a vaga de "senador biônico" coube a Aderbal Jurema .
Notas e referênciasNotas
Referências
Século XXI Século XX Século XIX