O Partido Socialista Operário Húngaro (em húngaro: Magyar Szocialista Munkáspárt, MSzMP) foi um partido político comunista da Hungria, que liderou o regime comunista húngaro de 1956 até ao seu fim em 1989.
O partido foi fundado durante a Revolução Húngara de 1956, como sucessor do Partido dos Trabalhadores Húngaros, para disputar as prometidas eleições democráticas, mas com a supressão soviética da Revolução de 1956, o novo partido reafirmou-se como comunista e completamente fiel à URSS[1].
Apesar desta fidelidade ao regime soviético, o regime húngaro do MSzMP tornou-se o mais liberal dos países sob controlo soviético, adoptando uma nova política económica e social, conhecida como Comunismo Goulash, inventado por János Kádár, que foi o líder húngaro de 1956 a 1988[2].
Em 1988, com a saída de Kádár do partido, a ala reformista do partido viria a ganhar o controlo do partido, e, em 1989, na onda da liberalização promovida por Gorbachev na URSS, a ala reformista introduziu um sistema democrático multi-partidário e a promessa de realização de eleições livres o mais depressa possível[1].
Além destas reformas no país, a ala reformista alterou os estatutos do partido, abandonando o comunismo e o marxismo-leninismo como ideologias, adoptando o nome de Partido Socialista Húngaro e afirmando-se como um partido de centro-esquerda e social-democrata[1]. Apesar disto, uma ala minoritária, rejeitou tais alterações e criou o Partido Comunista dos Trabalhadores Húngaros[1].