A oitava, também conhecida como oitava rima (do italiano ottava rima), oitava real ou oitava heróica[1] é uma estrofe, surgida no final do século XIII e início do XIV, de oito versos decassílabos, com rima consoante e o seguinte esquema de rimas: ABABABCC.[2]
História
Aparentada com a estância, constituiu-se como veículo ideal e exclusivo para largos poemas narrativos da épica culta, desde que os grandes poetas épicos do Renascimento italiano a utilizaram nas suas obras: Matteo Boiardo no seu Orlando Innamorato (1495), Ludovico Ariosto em Orlando Furioso (1516) e Torquato Tasso na Jerusalém Libertada (1581). Terá surgido primitivamente na obra de Giovanni Bocaccio.
A oitava também foi utilizada para poemas de menor envergadura e temas líricos, como as oitavas camonianas "A D. António de Noronha, sobre o desconcerto do mundo".