O céu de Suely é um filme teuto-brasileiro-francês de 2006, produzido pela VideoFilmes, do gênero drama, dirigido por Karim Aïnouz. Em novembro de 2015 o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.[4] O filme também recebeu 19 prêmios nacionais e internacionais.[5][6]
Sinopse
Hermila (Hermila Guedes), tem 21 anos, nasceu e foi criada na pequena cidade de Iguatu, Ceará, na Região Nordeste do Brasil. Grávida, tenta a vida em São Paulo com o namorado. Meses depois, não conseguindo emprego, porém, volta à cidade natal. Aguarda por um mês o retorno do namorado, pai da criança, que some, sem deixar pistas. Ao perceber que foi abandonada, resolve mais uma vez fugir daquele lugar, mas desta vez, para o Rio Grande do Sul, onde talvez existam condições melhores. Sem dinheiro para a viagem, ela adota o pseudônimo de Suely, e resolve rifar o próprio corpo entre os homens da cidade. O vencedor terá o que ela define "Uma Noite no Paraíso". Sua atitude gera muita polêmica entre o povo local, e principalmente entre sua família. Enquanto o prêmio da rifa não sai, ela ainda tem que terminar uma questão mal-resolvida com um ex-namorado de adolescência.
Elenco
Produção
Inicialmente o título do filme seria Rifa-me.[7] O título definitivo veio primeiro em sua tradução para o inglês, Suely in the Sky, inspirado pela música "Lucy in the Sky with Diamonds". Foi feita então a tradução para se chegar a O Céu de Suely.[7]
Ainda antes de iniciar o roteiro, Karim Aïnouz e Armando Praça entrevistaram 20 meninos e meninas, perguntando a eles o que era ser jovem no contexto atual e que desejos e sonhos tinham.[3] Este material serviu de base para o desenvolvimento do roteiro.[7]
Todos os atores do elenco passaram por testes, com exceção de João Miguel, Flávio Bauraqui e Marcélia Cartaxo, que foram convidados para seus papeis.[7] Durante as filmagens as atrizes Hermila Guedes, Maria Menezes e Zezita de Matos viveram na mesma casa do filme com as roupas das personagens, como forma de incentivar a interação entre elas.[7][8] Hermila Guedes foi escolhida pelo diretor Karim Aïnouz que a viu no filme Cinema, Aspirinas e Urubus e a chamou para fazer o teste. Inicialmente Hermila Guedes faria Georgina e Georgina Castro faria Hermila, quando o diretor optou por inverter os papeis das atrizes.[9][8]
As filmagens começaram em agosto de 2005, com duração de 7 semanas. Durante este período todo o elenco permaneceu em Iguatu.[7][10]
Lançamento
Foi lançado em 17 de novembro de 2006.[11] Exibido na mostra Première Brasil, no Festival do Rio 2006.[7] Também participou da mostra Horizontes do Festival de Veneza.[12][13][14]
Trilha sonora
Produção musical: Berna Ceppas e Kamal Kassin[15]
Autor da canção: Rossini Pinto
Intérprete: Diana
Autor da canção: Solange Almeida
Intérprete: Aviões do Forró
Autor da canção: Dorgival Dantas
Intérprete: Aviões do Forró
Autor da canção: Lawrence
Intérprete: Lawrence
- 05 -"Eu não vou mais Chorar"
Autor da canção: Dorgival Dantas
Intérprete: Aves de Rapina
Autor da canção: Kelvis Duran
Intérprete: Aves de Rapina
Autor da canção: Gabriela Amaral dos Santos
Intérprete: Gaby Amarantos
Autor da canção: Gabriel Tomas
Intérprete: Autoramas
- 09 -"Suely, o amor é lindo"
Autor da canção: Lucas Duque Barroso
Intérprete: Daniel Lopes
Autor da canção: Michael Sullivan e Paulo Ricardo
Intérprete: Lairton e seus Teclados
Premiações
Festival do Rio 2006
- Venceu nas categorias de melhor longa de ficção, melhor direção e melhor atriz (Hermila Guedes).[11]
Festival de Havana 2006
- Prêmio Coral de melhor longa-metragem de ficção.[2]
Troféu APCA 2006
- Venceu nas categorias de melhor filme, melhor diretor (Karin Aïnouz) e melhor atriz (Hermila Guedes).[16]
Festival Internacional de Cinema de Punta del Este 2007
- Venceu na categoria de melhor filme.[5][6]
Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2008
- Venceu na categoria de melhor atriz (Hermila Guedes).[17]
- Indicado na categoria de melhor atriz coadjuvante (Marcélia Cartaxo).[18]
- Indicado na categoria de melhor ator coadjuvante (João Miguel).[18]
- Indicado na categoria de melhor diretor (Karin Aïnouz).[17]
- Indicado na categoria de melhor longa-metragem de ficção.[17]
- Indicado na categoria de melhor direção de arte.[18]
- Indicado na categoria de melhor direção de fotografia.[18]
- Indicado na categoria de melhor som.[18]
- Indicado na categoria de melhor trilha sonora.[18]
- Indicado na categoria de melhor figurino.[18]
- Indicado na categoria de melhor maquiagem.[18]
- Indicado na categoria de melhor montagem de ficção.[18]
Referências
Ligações externas
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O ano refere-se ao de produção do filme. O prêmio é normalmente entregue no ano seguinte. |
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1979—1989 | |
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1990—1999 | |
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2000—2009 | |
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2010—2019 | |
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