Na época da Roma Antiga, este rione era um dos mais densamente populados da cidade, pois é nele que fica o Fórum Romano e a Suburra, o local onde viviam os pobres, os fora-da-lei e onde ficavam os bordéis da cidade.
Na Idade Média, a situação mudou radicalmente: os aquedutos romanos foram danificados e era muito difícil levar água até a região de Monti por causa das colinas. Por isso, a maior parte da população se mudou para o Campo de Marte, uma baixada, onde se podia conseguir água diretamente do Tibre.
Da Idade Média até o começo do século XIX, o rione permaneceu uma área repleta de vinhedos e hortas. Além da falta d'água, outro problema crítico era a distância até o Vaticano, o centro da vida cristã na cidade. Contudo, o rione Monti jamais foi completamente abandonado por causa da Basílica de São João de Latrão e do constante fluxo de peregrinos que ela atraía. Os habitantes de Monti eram chamados de "monticiani", que tinham uma forte identidade local: seu dialeto romano era diferente do falado nos outros riones. Seus principais inimigos eram os habitantes de outro rione com uma população fortemente identificada com o local onde viviam, o Trastevere, e os combates entre os dois grupos eram frequentes.
Finalmente, com aumento da urbanização no final do século XIX, já depois de Roma ter se tornado a capital da Itália unificada, grandes mudanças promovidas pelos fascistas alteraram completamente a aparência do lugar. Notavelmente, entre 1924 e 1936, grande parte do rione, até então um emaranhado de ruelas e casas populares, foi destruído para abrir caminho para a Via dei Fori Imperiali, a avenida que divide artificialmente o Fórum Romano e a maior parte dos Fóruns imperiais. Foi nesta época que começaram as escavações arqueológicas nestes fóruns.
«Chiese di Roma - Rione Monti» (em italiano). Laboratorio Roma. Consultado em 2 de setembro de 2015. Arquivado do original em 14 de fevereiro de 2016 (com mapa)