A região foi, primeiramente, habitada pelos povos indígenasgoitacazes. Com os movimentos sertanistas paulistas, diversos povoados foram fundados, em volta dos rios e riachos, entre eles Mercês.[5]
Capelinha das Mercês era como se designava o local, a princípio. Era uma pequena capela coberta com folhas de palmito. Aí se formou a povoação designada, às vezes, por Mercês do Pomba, com gente oriunda principalmente de Barbacena. O padre Jacó Henrique Pereira Brandão foi o primeiro capelão e quem instituiu o patrimônio, conforme escritura de 10 de outubro de 1791.[6]
Em 1811 a capela foi ampliada e melhorada, por iniciativa do alferes José Gonçalves Jorge, José da Costa Batista, Narciso José Cristo e outros moradores. Um novo cemitério foi construído, então, mais próximo à nova igreja. Como a estrada que ligava Vila Rica ao Rio de Janeiro passava pelo povoado de Mercês do Pomba, novas construções foram surgindo ao longo da estrada, o que explica a extensão e mau alinhamento da rua principal.[6]
Em 7 de abril 1841 foi criada a freguesia como Nossa Senhora das Mercês. Em 1882 foi construída a Matriz, por iniciativa do vigário, padre Luís Carlos da Rocha. Em 30 de agosto de 1911 foi criado o município de Mercês do Pomba, desmembrado do de Rio Pomba. Em 7 de setembro de 1923 o município passou a ser denominado "Mercês".[6]
Até os anos 60, Mercês era a ponta terminal de uma importante ferrovia local, o Ramal de Mercês (também conhecido como Ramal do Piranga) da Estrada de Ferro Central do Brasil, que escoava a produção cafeeira, canavieira e agrícola e a pecuária da região, além de transportar passageiros do município à cidade próxima de Santos Dumont, onde se entroncava com a linha principal da ferrovia que seguia para o Rio de Janeiro. O ramal foi desativado e extinto em 1969.[7][8][9]
O antigo leito ferroviário deu origem a uma estrada vicinal, que corta várias fazendas e áreas rurais da região e onde ainda restam alguns resquícios da antiga ferrovia como restos de dormentes dos trilhos e a Antiga Estação Ferroviária de Mercês (atual agência dos Correios).[8][9]
A altitude da sede é de 520 m. O clima é do tipo tropical de altitude com chuvas durante o verão e temperatura média anual em torno de 18 °C, com variações entre 24 °C (média das máximas) e 13,8 °C (média das mínimas). (ALMG)
A principal comemoração é o Jubileu de Nossa Senhora das Mercês, padroeira da cidade, ocorrendo de 16 a 24 de setembro.[10][11]
Há também a Exposição agropecuária, seguida de um Torneio Leiteiro, com data móvel, geralmente ocorrendo na primeira semana de julho. Na programação do evento ocorrem shows e diversas ações culturais.[12][13]