A princesa Maria foi aluna de Ary Scheffer, praticou escultura e desenho e tornou-se uma artista de talento. Muitos dos seus trabalhos ainda existem hoje em dia e encontram-se em exposição do Museu de Dordrecht nos Países Baixos.
Contudo, depois das revoltas que afectaram a França em abril de 1834, a corte de Nápoles exigiu que Maria recebesse imediatamente a parte da fortuna da família de Orleães que lhe pertencia devido às partilhas que Luís Filipe tinha feito entre os seus filhos a 7 de agosto de 1830 na noite em que tinha ascendido ao trono. Luís Filipe achou que esta exigência era despropositada e as negociações de casamento terminaram.
Em 1837, a princesa Maria casou-se com o duque Alexandre de Württemberg. O casamento não foi considerado prestigiante e deveu-se sobretudo à intervenção do tio do noivo, o rei Leopoldo I da Bélgica, que também era cunhado da noiva. A cerimônia realizou-se a 17 de outubro no Grand Trianon em Versalhes, que tinha sido restaurado pelo rei Luís Filipe para se tornar a sua residência privada. A cerimónia civil realizou-se na chancelaria de Pasquier e a cerimónia católica foi celebrada pelo bispo de Versalhes, Louis-Marie-Edmond Blanquart de Bailleul e a cerimónia luterana pelo pastor Cuvier. A lua-de-mel durou vários dias e foi oferecida pelo rei e pela rainha.
Maria e Alexandre tiveram apenas um filho, o duque Filipe de Württemberg, que herdou o ducado da família do pai em 1865 e se casou com a arquiduquesa Maria Teresa da Áustria, filha do arquiduque Alberto, Duque de Teschen e que é antepassado dos actuais pretendentes do trono de Württemberg.
Em 1838, Maria começou a mostrar os primeiros sintomas de tuberculose e mudou-se para a cidade de Pisa com o marido na esperança de que o clima mais ameno a ajudasse a recuperar. O seu irmão, Luís, Duque de Némours, foi depois enviado para a acompanhar na viagem de regresso, mas chegou mesmo antes da sua morte a 6 de janeiro de 1839. Maria foi enterrada a 27 de janeiro na Capela Real de Dreux.
Artista
Segundo seu professor, Ary Scheffer, ela "sonhava com uma vida levada como artista e com uma profunda influência sobre a arte na França".[2] Muitos de seus trabalhos sobreviveram, em coleções no Instituto Clark de Arte[3] Museu de Arte de Snite[4] e no Museu de Dordrecht.[5]
↑Easterday, Anastasia (1997). «"Labeur, Honneur, Douleur": Sculptors Julie Charpentier, Félicie de Fauveau, and Marie d'Orléans». Woman's Art Journal. 18 2 ed. pp. 11–16. JSTOR1358545. doi:10.2307/1358545