Lygia Maria Lessa Bastos (Rio de Janeiro, 9 de setembro de 1919 – 7 de outubro de 2020) foi uma professora e política brasileira deputada federal pelo Rio de Janeiro.[2]
Dados biográficos
Filha de José Lessa Bastos e Maria Flora Lessa Bastos. Formada em 1937 via Instituto de Educação com especialização em Educação Física via Ministério da Educação[2] foi professora na Escola Nacional de Educação Física e Desportos, na Escola Técnica Secundária Paulo de Frontin e no próprio Instituto de Educação, dentre outros locais, além de dirigir o departamento feminino do Vasco da Gama e do Tijuca Tênis Clube. Suas atividades fizeram-na integrar a Cruz Vermelha Brasileira, a União das Professoras Primárias do Rio de Janeiro e a Associação dos Professores de Educação Física do Rio de Janeiro.[2]
Filiada à UDN após o Estado Novo, foi eleita vereadora pelo então Distrito Federal em 1947, 1950, 1954 e 1958. Criada a Guanabara, elegeu-se deputada estadual em 1960, 1962, 1966 e 1970 tendo se filiado à ARENA com o advento do Regime Militar de 1964. Eleita deputada federal pela Guanabara em 1974 passou a representar o Rio de Janeiro após a fusão entre os dois estados em 15 de março de 1975[3] sendo reeleita em 1978, encerrando o seu mandato já filiada ao PDS.[4]
Durante seu mandato na Câmara Federal, foi uma das maiores críticas da fusão dos estados do Rio de Janeiro e Guanabara[5] e tentou impedir a demolição do Estádio de General Severiano, vendido pelo Botafogo para a Companhia Vale do Rio Doce.[6] Em 1979 completou trinta e três anos em mandatos seguidos (entre Câmara de Vereadores, Assembléia Legislativa e Câmara Federal) e tornou-se a parlamentar mais longeva do mundo, superando a estadunidense Margaret Chase Smith.[7][8]
Neta do general João Gomes Ribeiro Filho, ministro da Guerra (1935-1936) de Getúlio Vargas, foi a única mulher eleita para o Congresso Nacional em 1974 e a segunda mulher a representar os fluminenses após Júlia Steinbruch.[2]
Referências
- ↑ «Missa de sétimo dia - Lygia Lessa Bastos». Consultado em 21 de outubro de 2022
- ↑ a b c d «Câmara dos Deputados do Brasil: deputada Lygia Lessa Bastos». Consultado em 3 de julho de 2019
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Lei Complementar nº 20 de 01/07/1974». Consultado em 4 de janeiro de 2014
- ↑ «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 4 de janeiro de 2014
- ↑ «Deputada ataca o Governo da fusão». Jornal do Brasil, ano LXXXVI, edição 337, página 12/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. 16 de março de 1977. Consultado em 23 de outubro de 2022
- ↑ «Deputada vê construções prejudiciais». Jornal do Brasil, ano LXXXVI, edição 13, página 18/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. 21 de abril de 1976. Consultado em 23 de outubro de 2022
- ↑ Murilo Melo Filho (21 de julho de 1979). «Lygia Lessa Bastos». Manchete, ano 28, edição 1422, página 41/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 23 de outubro de 2022
- ↑ Marlene Anna Galeazzi (1979). «O Poder Feminino no Congresso». Manchete, ano 28, edição 1423, páginas 116-118/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 23 de outubro de 2022