Esta é uma lista de indivíduos que foram, em dado período de tempo, considerados os herdeiros do trono do Reino da Escócia (843 - 1707), em caso de abdicação ou morte do monarca incumbente. Os herdeiros (presuntivos ou aparentes) que, de fato, sucederam ao monarca escocês são representados em negrito.
A lista inclui nobres a partir de 1124, quando o Rei David I assumiu o trono escocês e liderou uma série de reformas e anexações territoriais que levaram o reino ao seu sistema monárquico mais duradouro, o que ficou conhecido como Revolução Davidiana.[1] Entretanto, os escoceses e estudiosos amplamente consideram Kenneth I como fundador da monarquia escocesa em 843 sob o título real de Rei dos Pictos.[2][3] Ao contrário de outras monarquias então contemporâneas, as leis de sucessão escocesa não contemplavam o sistema sálico sem também garantir liberdades e direitos de sucessão às herdeiras do sexo feminino.[4] Desde 1398, os herdeiros aparentes masculinos ostentavam o título de Duque de Rothesay, criado por decisão de Roberto III em favor do primeiro descendente masculino do monarca escocês.[5] Tal título hoje compõe a lista de titulações ostentadas pelo herdeiro aparente do trono britânico, estando em equivalência com o título de Príncipe de Gales (amplamente utilizado em questões oficiais na Inglaterra).[6]
Ao longo de toda a existência do Reino de Escócia como Estado monárquico independente, alguns herdeiros presuntivos e dois herdeiros aparentes não herdaram de fato o trono de seu antecessor. Em 1504, João Stuart, Duque de Albany foi colocado como herdeiro presuntivo de seu primo Jaime IV até o nascimento de um herdeiro varão ao monarca em 1507, voltando a ocupar a posição repetidas vezes até sua própria morte em 1536. Semelhantemente, Jaime Hamilton, Conde de Arran serviu como herdeiro presuntivo de seu primo Jaime V e, posteriormente, de sua prima Maria I sem nunca ter assumido o trono efetivamente. Em 1688, Jaime VII foi deposto pelo Parlamento Escocês no auge da Revolução Gloriosa e, no entanto, sua filha Maria II e seu genro Guilherme II sucederam-lhe normalmente como monarcas escoceses e reinaram até 1694 e 1702, respectivamente. Ana, Princesa da Dinamarca - também filha de Jaime VII - foi a última herdeira ao trono escocês uma vez que a Coroa da Escócia foi unida à Coroa de Inglaterra no Estado soberano único do Reino da Grã-Bretanha através dos Atos de União de 1707.[7] Carlos I foi o mais recente monarca das Ilhas Britânicas nascido no próprio território da Escócia, tendo nascido em 1600 e reinado de 1625 a 1649.[8]