Spiller iniciou sua carreira na década de 1980 atuando no teatro amador no colégio onde estudava, ainda em sua adolescência. Ela estudou atuação no teatro O Tablado.[3] Ganhou notoriedade ao integrar o time de assistentes de palco do programa Xou da Xuxa, na TV Globo.[4] Mas o reconhecimento como atriz aconteceu em 1994 quando ela atuou na novela Quatro por Quatro, da TV Globo, como a protagonista Babalu.[5] Sua personagem se tornou muito popular, sendo uma das mais memoráveis em sua carreira, e ela venceu diversos prêmios, além de receber uma indicação ao Troféu Imprensa de revelação do ano.[3]
Desde então, passou a ser requisitada para vários outros projetos. Em 1996, protagonizou a primeira fase da novela O Rei do Gado.[6] Em 1999, interpretou sua primeira grande vilã na novela Suave Veneno, no papel de Maria Regina ela recebeu muitos elogios, vencendo o Prêmio Extra e sendo indicada ao Troféu Imprensa de melhor atriz.[2] Em 2000, ela voltou ao posto de protagonista na novela Esplendor. Outros trabalhos importantes marcaram sua carreira, como a heroína Diana em Sabor da Paixão (2002), a ambiciosa Viviane em Senhora do Destino (2004), a perua Maria Eva em Duas Caras (2007), a moderna Betina em Viver a Vida (2009), a vilã Soraya em I Love Paraisópolis (2015) e a primeira-dama Marilda em O Sétimo Guardião (2018).[3]
Biografia
Começou a carreira como atriz em teatro amador, em 1985, no Colégio Sagrado Coração de Maria, onde estudou. Cursou o teatro O Tablado, com o professor Bernardo Jablonski e participou do "Grupo Pessoal do Tom", com Roberto Bomtempo e Roney Vilella. Em 1989, para pagar seus estudos no teatro,[7] entrou para o programa Xou da Xuxa, da Rede Globo, como a paquita Pituxa Pastel.[8]
Em 1990 começou a participar do "Grupo Porão", sediado no Teatro Villa-Lobos, onde desenvolveu uma linguagem pessoal através de investigações cênicas, físicas e vocais. Fez parte deste Grupo até 1994, quando começou a gravar a novela Quatro por Quatro de Carlos Lombardi. Após algumas participações especiais em 1992 no humorístico Os Trapalhões, Leticia fez a estreia em telenovelas ao interpretar a personagem Debbie, uma pequena participação, em Despedida de Solteiro. Em seguida, foi cursar a Oficina de Atores da Globo.[8] Após apenas quinze dias após ter iniciado a Oficina, foi convidada a participar da telenovela Quatro por Quatro. Com a desistência da atriz Adriana Esteves, Leticia ganhou o seu primeiro papel principal, em 1994, quando a atriz estreou como Babalu, uma das protagonistas daquela telenovela das sete. A personagem de Leticia, assim como sua interpretação, foram considerados destaques da novela, transformando a cabeleireira Babalu na personagem mais popular da obra escrita por Carlos Lombardi e uma das mais populares no contexto das telenovelas da década de 90. Seus trejeitos, maneira de andar e roupas eram copiadas pelas meninas da época.[carece de fontes?]
Em 1996 interpretou a personagem Giovanna, na primeira fase da telenovela O Rei do Gado. No ano de 1997 atuou em Zazá, como a cozinheira Beatriz, mais uma vez fazendo par com o então marido Marcello Novaes. Em 1999, Leticia voltou à televisão como a grande vilã Maria Regina, em Suave Veneno.[8] Foi quando precisou cortar os cabelos e pintá-los de preto. Inicialmente foi muito criticada pelos exageros na interpretação da personagem, mas no decorrer da trama, Maria Regina acabou superando as críticas, sendo considerado uma das melhores atuações na trama. Sobre isso, José Wilker disse em entrevista: "É muito bom o trabalho de Leticia Spiller. Ela foi massacrada pela imprensa e, de repente, surpreendeu-me pela maturidade. Com apenas 25 anos, ouviu tudo com a cabeça erguida e, em seguida, reavaliou o que estava fazendo. Hoje, acho que ela faz um dos melhores trabalhos dessa novela."
Com o sucesso de sua personagem anterior, Leticia foi convidada para protagonizar Esplendor, telenovela exibida no horário das 18h, em 2000. No ano seguinte a atriz precisou recusar o papel de Jade, a protagonista de O Clone - que acabou ficando com Giovanna Antonelli -, porque estava em processo de produção do espetáculo teatral O Falcão e o Imperador, em que foi responsável pela adaptação do texto, produção, direção e atuação, ao lado da artista Jac Fagundes.[8] Baseado na obra do gregoNikos Kazantzakis e do persa Rumi, o espetáculo foi apresentado em diversas cidades brasileiras e é descrito pela atriz como o trabalho de sua vida. Leticia afastou-se da televisão por um ano porque precisou raspar os cabelos em virtude do personagem Falcão na peça. Em seguida, fez o espetáculo A Leve, o Próximo Nome da Terra, de Hamilton Vaz Pereira.[8][9]
Voltou à televisão em 2002, quando interpretou mais uma protagonista das 18h, a Diana de Sabor da Paixão. Em 2004 foi convidada por Aguinaldo Silva para participar de Senhora do Destino, trama exibida às 20 horas. Leticia deu vida a antagonista Viviane Perón, ambiciosa primeira-dama da Vila de São Miguel e apaixonada esposa de Reginaldo, interpretado por Eduardo Moscovis. Leticia afirmou em uma entrevista que se inspirou em Lady Macbeth, de Shakespeare, para compor seu papel.[carece de fontes?]
No cinema atuou em Oriundi (1999), ao lado de Anthony Quinn. Anthony e Leticia cultivaram uma estreita amizade e Leticia recebeu muitos ensinamentos. Em 2000 atuou como Mindinha a segunda esposa do compositor Heitor Villa-Lobos, em Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão (2000). Em 2002 viveu a personagem-título de A Paixão de Jacobina.[9] Participou ainda de dois curtas-metragens: o premiado O Pulso (1997), de José Pedro Goulart, e O Problema (2004), em que foi dirigida por Frederico Benedini e repetiu a parceria com Eduardo Moscovis.[9]
No fim de 2007, fez parte da novela das 20h, Duas Caras, no papel da perua Maria Eva Duarte. Em 2009, depois de um ano longe das novelas, trabalhou pela primeira vez com o autor Manoel Carlos, em Viver a Vida. Leticia interpretou Betina, uma mulher avançada e moderna, às voltas com a infidelidade do marido, que a trai com a própria prima, e o namoro da filha adolescente. Atuou na 19.ª temporada de Malhação, que foi ao ar de 29 de agosto de 2011 a 10 de agosto de 2012. Em 2011, após o nascimento de sua filha Stella, participou do espetáculo teatral Outside, um Musical Noir, inspirado em um poema do músico David Bowie, interpretando a personagem Peggy Gugenheim.
Depois de sua participação na novela, ensaia e estreia em janeiro de 2016, no Espaço Tom Jobim (Jardim Botânico), no Rio de Janeiro, a peça Doroteia - Uma Farsa Irresponsável em Três Atos, seu primeiro espetáculo da obra de Nelson Rodrigues e direção de Jorge Farjalla. Interpretando o papel-título ao lado de Rosamaria Murtinho, a peça foi considerado um sucesso pela crítica e realizou pequena temporada, viajando por algumas cidades brasileiras.[carece de fontes?] Em 2016, vive a conflituosa Lenitta, na novela Sol Nascente, novamente atuando com o ex-marido Marcello Novaes, que interpreta seu par romântico, Vittorio.[16]
Em 2018, integra o elenco principal da novela O Sétimo Guardião, retomando a parceria com o autor Aguinaldo Silva, onde surge no papel da fútil Marilda, primeira dama da cidade fictícia serro azul, uma divertida socialite totalmente obcecada por juventude e que surpreende a todos por sua beleza, que utiliza de uma fonte de águas mágicas para manter-se jovem, sendo um dos papéis centrais da trama.
Música
Desde 2017, Spiller é uma das integrantes do "Coletivo El Camino", grupo que nasceu da união de seis artistas de lugares diferentes; seus espetáculos envolvem teatro, música, artes plásticas e literatura. A trupe é formada pelo designer e fotógrafo Flávio Jardim, a atriz e artista plástica Maureen Miranda, o músico e compositor Neco Yaros, o ator Adriano Petermann e o músico e compositor Pablo Vares. Em 2019, e integra o duo "Lo Que Hay", ao lado do namorado, Pablo Vares.[17]
Vida pessoal
Em 1995 começou a namorar o atorMarcello Novaes, com quem foi morar junto no mesmo ano, após alguns meses de namoro. O casal permaneceu em união até 2000. Juntos, têm um filho, o também ator Pedro Spiller Pena Novaes, nascido em 17 de outubro de 1996. Após outros relacionamentos, iniciou um namoro em 2007 com o diretor Lucas Loureiro. Ambos foram viver juntos em 2009. Em 20 de janeiro de 2011 nasceu a filha do casal, Stella Spiller Pena Loureiro. Em 2016 o casal separou-se.
Seus dois filhos nasceram de parto normal, no Rio de Janeiro. Desde sua segunda separação Leticia é vista eventualmente em relacionamentos afetivos casuais.[18][19]