Jogos Sul-Americanos de 2018, oficialmente XI Jogos Sul-Americanos (em espanhol: XI Juegos Sudamericanos, em inglês: 11th South American Games), foi a décima primeira edição do evento multi-desportivo no qual se fazem presentes atletas das nações filiadas à Organização Desportiva Sul-Americana (ODESUL).
Pela segunda vez na história, este evento teve como país-sede a Bolívia. A primeira ocasião foi em 1978, na sua capital La Paz.
Os comitês olímpicos de Bolívia, Venezuela e Peru registraram o seu interesse perante a ODESUR, para sediar os Jogos Sul-Americanos de 2018. Lima (capital peruana) e Puerto La Cruz (cidade venezuelana) se candidataram para receber os Jogos.
Algum tempo antes do fim do processo de escolha, as duas citadas cidades desistiram de receber o evento. Com isso, em dezembro de 2013, a Cochabamba foi aclamada como sede dos Jogos Sul-Americanos de 2018.[2]
Em 2015, a possibilidade de Cochabamba perder o direito de sediar o evento foi levantada, em virtude dos atrasos nas obras.[3] A ODESUL, desta forma, deu como prazo o dia 30 de outubro de 2015 para confirmar a permanência do evento na cidade.[4]
A construção de 11 locais de competição, bem como o master plan dos Jogos, foram anunciados em janeiro de 2016.[5]
A 29ª Assembleia Ordinária Geral da ODESUL, realizada em 21 de maio de 2016, ratificou Cochabamba como sede da competição de 2018. Nesta ocasião, foi relatada a expectativa desta edição alcançar o recorde de participação de atletas (passando a marca de 4 mil competidores). Pela primeira vez na história dos Jogos Sul-Americanos, foram disputadas as 28 modalidades obrigatórias presentes no programa olímpico, incluindo o pentatlo moderno.[6]
Em 23 de outubro de 2014, foi oficializada a criação do Comitê Organizador do XXI Jogos Sul-Americanos Cochabamba 2018 (CODESUR).[7] Após diversas tentativas de nomeação para a presidência do CODESUR, Jorge Ledezma Cornejo assumiu o cargo em novembro de 2015 e renunciou ao mesmo em junho de 2016. Após este fato acabou assumindo, interinamente, o Ministro dos Esportes Tito Montaño, até que José Luis Zelada assumisse definitivamente o cargo, o que acabou ocorrendo no final daquele mês.[8][9][10][11]
Em 20 de maio de 2016, foram oficialmente apresentados os mascotes dos Jogos Sul-Americanos de 2018. São eles a onça-pintada de nome Nuna (que significa "espírito") e o urso-andino chamado Juki. O comitê organizador decidiu por incluir uma fêmea e um macho, em defesa da igualdade de gênero.[12]
A marca oficial dos Jogos, incluindo o logotipo, foi desenhado por Ariel Prado e Verónica Flores, graduados em Design Gráfico e Comunicação na Universidade de San Simón. O logotipo é uma Cantuta em forma da chama olímpica que tem cores diferentes, sendo a sua base verde, seguido de amarelo, laranja e vermelho, tudo estando próximo da frase "Cocha XI Jogos Sul-Americanos de 2018".[12]
Participaram deste evento quatorze comitês olímpicos nacionais, assim como na última edição dos Jogos Sul-Americanos em Santiago. São todos eles são filiados à Organização Desportiva Sul-Americana: doze países da América do Sul, um país da América Central (Panamá) e um território autônomo do Caribe (Aruba).[13]
Diferentemente da última edição, quando o objetivo do Brasil foi liderar o quadro de medalhas e preparar os atletas para os Jogos Olímpicos de 2016, o Comitê Olímpico Brasileiro enviou para Cochabamba uma delegação menor, com o objetivo de classificar equipes para os Jogos Pan-Americanos de 2019 em eventos que servem de qualificação e preparar jovens atletas nas demais modalidades.[14] A delegação brasileira foi formada por 316 atletas (que competiram em 30 modalidades diferentes), sendo a sexta maior deste evento (ficando atrás de Bolívia, Argentina, Venezuela, Peru, Chile e Colômbia).[14]
O programa destes Jogos foi composto de trinta e cinco esportes (todos reconhecidos pela ODEPA), estando eles no programa dos Jogos Pan-Americanos (os vinte e oito esportes olímpicos obrigatórios, um olímpico opcional e mais seis pan-americanos). Alguns eventos esportivos serviram de qualificatórias sul-americanas para os Jogos Pan-Americanos de 2019, que serão celebrados em Lima, a capital do Peru (sendo este o caso do hóquei sobre a grama e do handebol, por exemplo).
Esta foi a primeira edição em que todos os eventos olímpicos estiveram no programa oficial. Retornam aos Jogos Sul-Americanos (após ausência em Santiago-2014) o badminton, a ginástica de trampolim e o polo aquático. Dentro da categoria de eventos opcionais, o Comitê Organizador de Cochabamba-2018 escolheu pela inclusão do futsal.[15]
País-sede destacado[16][17]