Duque é advogado com especialização em Filosofia e Humanidades da Universidade Sergio Arboleda.[5][6] Em sua formação, conta com estudos executivos em negociação estratégica, políticas de alavancagem ao setor privado e gerencia de capital de risco de curta duração na Escola de Negócios e Governo da Universidade de Harvard.
Em 11 de março de 2018, Duque venceu os pré-candidatos Marta Lucía Ramírez e Alejandro Ordóñez na Grande consulta por Colômbia, sendo escolhido o candidato da direita às eleições presidenciais de 2018.[7][8] Nesse mesmo dia anunciou-se que Marta Ramírez seria a candidata a vice na chapa de Duque. Em 27 de maio de 2018 foi o vencedor do primeiro turno da eleição presidencial na Colômbia, obtendo 39,14% dos votos, que correspondem a 7 569 693 votos, sendo com isso a votação mais alta na história de um primeiro turno em eleição presidencial na Colômbia. Em 17 de junho de 2018 foi eleito Presidente da República ao vencer o segundo turno da eleição presidencial na Colômbia com 54% dos votos, que correspondem a 10 373 080 votos contra 8 034 189 de seu rival Gustavo, obtendo um novo recorde: a votação mais alta na história de um segundo turno em eleição presidencial na Colômbia. Tomou posse como presidente no dia 7 de agosto de 2018.
Biografia
Iván Duque Márquez é o filho da cientista política Juliana Márquez Tom e do advogado Iván Duque Escobar (1937-2016), que foi governador da Antioquia entre 1981 e 1982, ex-ministro de minas e energia e registrador nacional do estado civil durante o Governo de Andrés Pastrana.[9] Iván Duque é casado com María Juliana Ruiz, pai de Luciana, Matías e Eloísa, irmão de Andrés e meio irmão de María Paula Duque Samper, esposa do jornalista Néstor Morais.[10][11][12]
Iniciou sua carreira profissional em 1999 como consultor na CAF-Banco de Desenvolvimento de América Latina, depois foi assessor do Ministério de Fazenda de Colômbia durante o governo de Andrés Pastrana. Posteriormente, entre 2001 e 2013, trabalhou no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como conselheiro principal para Colômbia, Peru e Equador nos diretórios do Banco Interamericano de Desenvolvimento, a Corporação Financeira de Investimentos IIC e o Fundo Multilateral de Investimentos do grupo BID, além de ter sido o chefe da divisão de Cultura, Criatividade e Solidariedade.[13]
Duque também foi assessor internacional do ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, dedicado à defesa da democracia e a promoção de Colômbia no exterior. Entre os anos 2010 e 2011 foi assessor da Organização da Organização de Nações Unidas (ONU).
É autor dos livros Maquiavel na Colômbia, O futuro está no centro, IndignAcción e coautor do livro O Efeito laranja.[14][15] Foi colunista do periódico Portfolio da casa editorial O Tempo na Colômbia.[16]
Iván Duque é casado com a advogada María Juliana Ruiz Sandoval, com quem possui três filhos: Luciana, Matías e Eloisa Duque Ruiz.[17]
Trajetória política
Para as eleições legislativas de 2014, Duque Márquez fez parte da lista fechada ao Senado da República do movimento político Centro Democrático, encabeçada pelo ex-presidente Álvaro Uribe. Duque ocupou a sétima posição da lista e foi eleito senador para o período 2014-2018.[18] Tomou posse no dia 20 de julho de 2014.
Durante seu período como senador, foi autor de quatro Leis da República:
Lei 1.822 do 4 de janeiro de 2017, que aumentou a licença de maternidade. O objetivo da lei é que as mães passem o maior tempo com seus filhos recém nascidos, benefício que também se estende a mães de filhos adotivos.[19][20]
Lei 1.831 do 2 de maio de 2017, para a instalação de desfibriladores em estabelecimentos públicos e lugares de alta frequentação popular com o fim de salvar vidas, em razão do infarto ser a principal causa de morte em Colômbia.[21]
Lei 1.809 de 29 setembro de 2016, para o uso do seguro- desemprego para pagamento dos seguros educativos, para que mais famílias possam enviar seus filhos à universidade.[22]
Lei 1.834 do 23 de maio 2017, a Lei Laranja, para a promoção, alavancagem e proteção das indústrias criativas e culturais.[23][24]
Em 10 de dezembro de 2017 foi eleito candidato à Presidência da República de Colômbia pelo partido Centro Democrático para as eleições de 2018. Duque ficou 29,47% pontos percentuais a frente dos outros dois pré-candidatos, Carlos Holmes Trujillo, que obteve o 20,15%, e Rafael Nieto, que obteve 20,06%.[25]
Em janeiro de 2018, anunciou-se a Coalizão da Centro Direita, consulta interpartididária também denominada A Grande Consulta por Colômbia, com os candidatos Iván Duque, Marta Lucía Ramírez e Alejandro Ordóñez, para definir o candidato do grupo à presidência. Em 11 de março de 2018, Duque se sagrou campeão da Consulta com um total de quatro milhões de votos. Marta Ramírez ficou em segundo lugar com um milhão e meio de votos. Alejandro Ordóñez obteve o terceiro lugar com 385 mil votos.[26] Durante seu discurso, Duque anunciou Marta Lucía Ramírez como sua vice-presidente na chapa.
Durante a campanha presidencial de 2018, Duque acusou seu rival Gustavo Petro de ser apoiador de políticas dos ex-presidentes latino-americanos Fidel Castro e Hugo Chávez, associando a imagem do adversário aos governos de Cuba e da Venezuela.[27][28][29][30]
Vários integrantes do partido Centro Democrático, incluindo-o, têm afirmado que sua gestão estará focada em «vencer a ameaça da esquerda, e combater a miséria que traz o socialismo do século XXI a Colômbia».[31] Afirmando que a possível chegada ao poder de Petro levaria a que a Colômbia se converta numa “segunda Venezuela”.[32]
Por sua vez, vários analistas políticos têm afirmado que ditas declarações fazem parte de uma estratégia política e publicitária para ganhar adeptos por meio do medo e a desinformação sobre as políticas propostas por Petro.[33][34]
Durante seu governo, ocorreu a greve nacional colombiana de 2019 e 2021.[38][39] Desde que chegou ao poder, com o apoio do empresariado colombiano, Duque enfrentou uma crescente mobilização social, lidando com protestos estudantis e indígenas. A greve geral de 2019 emergiu em um momento de fragilidade política, de um governo que perdeu a maioria no legislativo, somada à desaprovação de 69% e à forçada renúncia do Ministro da Defesa, Guillermo Botero.[38]
Durante sessão no Senado sobre Botero, tomou-se conhecimento de uma operação militar resultante de oito menores mortos, no departamento de Caquetá, contra forças dissidentes das FARC, impulsionando a revolta da população que tomou as ruas.[40] As manifestações tiveram pautas diversas e foram convocadas pelo Comando Nacional Unitário, unindo as principais centrais sindicais e dos trabalhadores, contra várias políticas econômicas, inclusive as reformas que afetam o mercado do trabalho e o sistema previdenciário.[41] No episódio, Duque negou qualquer projeto legislativo para reformas previdenciárias, apesar dos Ministros do Trabalho e Finanças posicionarem-se a favor de reformas nessa seara. [42]
Em 2021, uma nova greve geral foi convocada contra uma reforma tributária,[43] mas acabaram ampliando a agenda agenda incluindo várias demandas, como pedido de mais empregos; acesso à saúde e à educação; renda básica mínima no período da pandemia; fim do uso do glifosato, utilizado para destruir as plantações de coca; e uma reforma da polícia nacional, controlada pelo Exército.[44]
Após um mês dos protestos, foram registradas dezenas de mortes no embate entre a polícia e os manifestantes,[45] o governo de Iván Duque e os líderes da greve anunciaram um "pré-acordo".[46][47]
Iván Duque também foi colunista dos diários O Colombiano, Portfolio e O Tempo, da Casa Editorial O Tempo e O País de Espanha. Teve os seguinte livros publicados:
2007: Pecados Monetários
2010: Maquiavel na Colômbia 19
2013: A Economia Laranja: Uma Oportunidade Infinita (Coautor)