Já no início dos anos 1960, começou o movimento para a emancipação de Itupeva. Distrito pertencente a Jundiaí, não recebia as atenções do poder público quanto aos reclamos da população. A única benfeitoria existente era uma pequena rede de esgotos na rua principal.
Os irmãos José Poli e Luiz Poli (este último, vereador em Jundiaí, representando o distrito de Itupeva), Dorival Raymundo e Xisto Araripe Paraíso lideravam o movimento de emancipação. Constantes idas à Assembleia Legislativa de São Paulo conseguiram, através do deputado Salvador Julianelli, que Itupeva fosse incluída na relação dos distritos que reivindicavam sua autonomia, através de anteprojeto a ser discutido pelos deputados.
Marcado o plebiscito para 3 de outubro de 1963, os eleitores aprovaram a emancipação. 90% disseram "sim" e o governador do estado promulgou Lei nº 8 050 em 31 de Dezembro de 1963, confirmando o desejo dos itupevenses.
A eleição para prefeito foi realizada no dia 31 de outubro de 1964, saindo vencedor Luiz Poli. A posse, porém, com a instalação do município, só veio a ocorrer em 21 de março de 1965. O golpe de 31 de março de 1964 parou as atividades políticas no Brasil, causando o atraso na posse do prefeito.
A prefeitura nessa época funcionava em dois pequenos cômodos alugados de Conceição Pessini, na Avenida Brasil. Um era o gabinete do prefeito e o outro servia para todos os outros serviços.
Separado de Jundiaí, o município teve que caminhar com suas próprias pernas. A primeira aquisição da prefeitura foi uma motoniveladora para conservar as estradas do município. Até então, esse serviço era executado pelo trator do Juca Tonoli, que o alugava para a prefeitura quando era necessário. Foi a Caixa Econômica Federal que financiou esta compra.
A segunda realização foi a implantação do serviço de água e esgoto, ampliando a pequena rede já existente. O abastecimento de água até então era de responsabilidade dos moradores, pois as casas tinham cisterna (poço) para retirada de água.