«Paulo, em pé, no meio do Areópago, disse: "Homens de Atenas, em tudo vos vejo muitíssimo religiosos. Percorrendo a cidade e considerando os monumentos de vosso culto, encontrei também um altar com esta inscrição: 'A um Deus desconhecido.' O que adorais sem o conhecer, eu vo-lo anuncio!"» (Atos 17:22–23) [4]
A Grécia rapidamente se tornou um dos antigos centros da Cristandade, com diversos apóstolos passando por seu território e livros do cânone do Novo Testamento tendo importantes ligações ao atual território, com epístolas paulinas dedicadas às comunidades de Corinto, Filipos e Salonica, em seu atual território, e o Livro do Apocalipse escrito na ilha de Patmos. Sua igreja local esteve subordinada ao Patriarcado Ecumênico, que em 381, no Primeiro Concílio de Constantinopla, recebeu a primazia da honra sobre o Oriente. Visto isso, por muitos séculos o centro do cristianismo grego esteve em Constantinopla, capital do Império Bizantino brevemente retida pelo Império Latino quando este chegou a conquistar parte do território grego. Neste período, a Ortodoxia subsistia no Despotado do Epiro, enquanto bispos gregos eram expulsos de suas dioceses e, em seu lugar, eram nomeados bispos latinos. Com a expulsão dos cruzados, no entanto, isto foi revertido.[5]
Influenciados pela onda nacionalista que se espalhou pela Europa, o sentimento antiotomano por parte dos gregos se intensificou no século XVIII, resultando finalmente na Revolução Grega, que libertou o sul da atual Grécia do jugo otomano, dando origem à Primeira República Helênica em 1822. Em 1833, após a instalação de uma monarquia no país, regentes bávaros agindo em nome do Rei Oto declararam autocefalia da Igreja nacional, o que só seria finalmente reconhecido pelo Patriarca Ecumênico em 1850.
A Ortodoxia grega vinha se enfraquecendo ao longo do século XIX, prejudicada pelo descaso por parte do governo, mas passou por dois grandes movimentos de reavivamento: o Anaplasis na década de 1880 e o Zoë, fundado em 1911. Em 1928, após o fim do Império Otomano, o Patriarcado Ecumênico cedeu 35 dioceses à administração da Igreja da Grécia, apesar de estas permaneceram canonicamente território do Patriarcado. Durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Civil da Grécia, igrejas foram queimadas e centenas de padres e monges foram mortos, tanto por alemães quanto por comunistas, mas houve um reerguimento geral, com a atual população ortodoxa do país estimada entre 88% e 94%.[7][8][9][10]
Hierarquia
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Metrópole de Tebas e Livadeia: Georgios Matzouranis (2008–)
Metrópole de Tira, Amorgos e as Ilhas: Epiphanios (Michael) Artemis (2003–)
Metrópole de Trifília e Olímpia: Chrysostomos (Alexandros) Stavropoulos (2007–)
Metrópole de Trikke e Stagi (a Metrópole de Trikke foi separada da de Stagi em 1981 mas ainda carrega este nome]]): Alexios (Theodoros) Mihalopoulos (1981–)
Metrópole de Zacinto e Estrófades: Dionysios (Dimitrios) Sifnaios (2011–)
Metropolitas titulares
Metrópole de Euripo: Vasileios Panagiotakopoulos (2000–)
Diocese de Rentina: Seraphim Kalogeropoulos (2009–)
Diocese de Andrusa: Theoklitos (Theodoros) Kloukinas (2009–)
Diocese de Epidauro: Kallinikos (Konstantinos) Korombokis (2009–)
Diocese de Oleni: Athanasios (Aristedis) Bahos (2009–)
Referências
↑Miller, James Edward (2009). The United States and the Making of Modern Greece: History and Power, 1950-1974. [S.l.]: Univ of North Carolina Press. p. 12. ISBN9780807832479. The creation of a national church of Greece, which the patriarch reluctantly recognized in 1850, set a pattern for other emerging Balkan states to form national churches independent of Constantinople.