Para isso, para a sua fundação, terá tido como um dos principais dignatários Gomes Freire de Andrade e o patrocínio de Augusto Frederico, Duque de Sussex, embora este último tivesse sido, ao que se julga, grão-mestre da maçonaria inglesa. A influência francesa acontecerá com o general Junot durante a sua estada em Portugal e as suas pretensões de dirigir esta grande loja[2].
Grande Oriente Lusitano
O Grande Oriente Lusitano integra-se na corrente maçónica de defesa da liberdade, da democracia e do combate ao dogmatismo.
História
Desde a fundação que a sua história está intimamente ligada à do País. Algumas das grandes mudanças que Portugal conheceu nos séculos XIX e XX tiveram uma forte influência da ação da Maçonaria:
Fernando Pessoa, apesar de assumidamente profano, publicou um artigo no Diário de Lisboa em defesa da Maçonaria e, concretamente, do Grande Oriente Lusitano.
Durante o período de clandestinidade, o Grande Oriente Lusitano viu os seus bens confiscados e o Palácio Maçónico ocupado pela Legião Portuguesa.
Com a revolução de 25 de Abril de 1974 e a revogação da Lei n.º 1901, o Grande Oriente Lusitano pôde voltar à luz do dia, tendo-lhe sido devolvidos os bens anteriormente confiscados.
Entre os seus membros contam-se figuras de grande relevo na história de Portugal.
Ritos
Sob os auspícios do Grande Oriente Lusitano trabalham lojas simbólicas do Rito Escocês Antigo e Aceito e do Rito Moderno. Estes ritos são administrados pelas respectivas potências filosóficas com as quais o Grande Oriente Lusitano tem tratado:
Supremo Conselho dos Grandes Inspectores-Gerais do 33.º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito para Portugal e sua jurisdição;[10]
As potências estão representadas na sociedade civil através do Grémio Lusitano, associação cultural e recreativa, com sede em edifício próprio na Rua do Grémio Lusitano, em Lisboa.
O Palácio Maçónico como é designado, alberga também o Museu Maçónico Português, considerado um dos melhores da Europa na sua especialidade, que está aberto ao público, de Segunda a Sexta-Feira, das 14:30 às 17:30 horas.
Pela sua qualidade e prestígio, está prestes a integrar a rede nacional de museus.
O grão-mestre
Fernando Cabecinha foi eleito grão-mestre do Grande Oriente Lusitano em 2021 sucedendo a Fernando Lima, que por sua vez sucedeu a António Reis. Foi iniciado na R∴ Loja O Futuro, tendo anteriormente liderado quatro vezes a Grande Dieta, parlamento maçónico.[12]
Referências
↑Carta patente de 1802 da Grande Loja dos Antigos, de Londres. Cf. Marques 1986, pp. 674-684
CARVALHO, António Carlos. Para a história da maçonaria em Portugal (1913-1935): alguns subsídios recolhidos por António Carlos Carvalho. Lisboa, Editorial Veja, 1976.
DIAS, Graça Silva; DIAS, J. S. da Silva. Os primórdios da maçonaria em Portugal. Lisboa, Instituto Nacional de Investigação Científica, 1980, 2 volumes, 4 tomos.
Marques, A. H. de Oliveira (1986). Dicionário da Maçonaria Portuguesa. Lisboa: Editorial Delta
MARQUES, A. H. de Oliveira (apresentação, introdução e anotações). Figurinos maçónicos oitocentistas: um «guia» de 1841-42. Lisboa, Editorial Estampa, 1983.