As galerias romanas da Rua da Prata ou criptopórtico da Rua da Prata (anteriormente designadas por termas dos Augustaesn[1], termas dos Augustais[2], termas romanas de Olisipo, termas romanas de Lisboa, conservas da Rua da Prata,[3] conservas de água da Rua da Prata[3] e termas romanas da Rua da Prata), são uma estrutura arquitectónica que se encontra no subsolo da Rua da Prata (antiga Rua Bela da Rainha) e da Rua da Conceição, estendendo-se até à Rua do Comércio, na baixa de Lisboa.
Esta estrutura é hoje considerada como tendo sido um criptopórtico, uma grande plataforma artificial nivelada, sobre a qual terão sido construídos diversos edifícios, como suporte para fazer face à pouca consistência dos solos nesta zona. Actualmente a estrutura que hoje resta teria sido primitivamente um vasto complexo de galerias do qual não se conhece a dimensão total. A construção é datada da época da ocupação romana, durante o governo do imperador Augusto, entre os séculos I a.C. e I d.C.
As galerias compõem-se de corredores abobadados, paralelos uns aos outros, com cerca de 3 metros de altura e por 2 a 3 metros de largura, as paredes são planas e verticais, com abóbadas em arcos de volta circular.
O criptopórtico foi descoberto em 1770, quando Manuel José Ribeiro construia o seu prédio na rua da Prata (nos hoje números 57 a 63).
Nessa altura foi encontrada a lápide consagrada a Esculápio, colocada então no próprio edifício e hoje depositada no Museu Arqueológico.
A inscrição constante da lápide, com as dimensões de 0,72 m por 0,74 m, é a seguinte:
Duas vezes por ano, normalmente no mês de setembro e abril a água que inunda as galerias é retirada pelos bombeiros municipais de forma a permitir a visita em grupo, durante três dias sob orientação de técnicos do Museu da Cidade. A entrada para as galerias localiza-se na Rua da Conceição. A entrada atual, pelo fato de ser através de uma tampa de bueiro no meio da rua, não é recomendada para pessoas com problemas de mobilidade ou deficiências.[5] A abertura das galerias ao público realiza-se pelo menos desde 1986[6] Desde 1906 eram permitidas visitas apenas a jornalistas e investigadores.